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Archive for agosto \22\-03:00 2012

Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!

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Fonte: A grande guerra

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Dom Williamson
Número CCLXVI (266) – 18 de agosto de 2012
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O menosprezo da “doutrina” é, hoje, um imenso problema. O “melhor” dos católicos em nosso século XXI fala da boca para fora sobre a importância da “doutrina”, mas eles sentem, em seus ossos modernos, instintivamente, que mesmo a doutrina católica é um tipo de prisão para suas mentes, e mentes necessitam de não serem aprisionadas. Em Washington, D.C., próximo à abóboda interior do Jefferson Memorial, esse templo semi-religioso do campeão da liberdade dos Estados Unidos, permanece sua citação semi-religiosa: jurei sobre o altar de Deus eterna hostilidade contra qualquer forma de tirania sobre a mente do homem. Seguramente ele tinha, dentre outras, a doutrina católica em mente. A semi-religião do homem moderno exclui ter qualquer doutrina fixada.
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Entretanto, uma sentença do Eleison Comments de duas semanas atrás (EC 263, de 28 de julho) dá um ângulo diferente sobre a natureza e a importância da “doutrina”. Ei-la: Enquanto Roma acreditar na doutrina conciliar, ela está obrigada a usar qualquer tipo de acordo (não doutrinal) para puxar a FSSPX na direção do Concílio (Vaticano II). Em outras palavras, o que impele Roma supostamente a desconsiderar a “doutrina” e a todo custo reconciliar a FSSPX é sua crença própria em sua doutrina conciliar. Assim como a doutrina católica tradicional é – espera-se – a força impelidora da FSSPX, assim a doutrina conciliar é a força impelidora de Roma. As duas doutrinas divergem, mas cada uma delas é uma força impelidora.
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Em outras palavras, “doutrina” não é somente um conjunto de idéias na cabeça do homem, ou uma prisão mental. Quaisquer idéias que escolha o homem para reter em sua cabeça, sua doutrina real é esse conjunto de idéias que dirige sua vida. Agora, um homem pode mudar esse conjunto de idéias, mas ele não pode não ter nenhuma. Eis como Aristóteles expõe-no: “Se você quer filosofar, então você deve filosofar. Se você não quer filosofar, então você ainda deve filosofar. Em todo caso um homem tem de filosofar.” Semelhantemente, os liberais podem desdenhar todo conjunto de idéias como sendo uma tirania, mas sustentar que qualquer conjunto de idéias seja uma tirania é ainda uma idéia principal, e é a idéia que guia hoje a vida de zilhões de liberais, e também de muitos católicos. Esses devem saber melhor, mas todos nós modernos temos o culto da liberdade em nossa corrente sanguínea.
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Portanto, a doutrina em seu sentido real não é apenas um conjunto de idéias aprisionador, mas a noção central de Deus, homem e vida, que dirige a vida de todo homem vivo. Mesmo se um homem estiver cometendo suicídio, ele está sendo dirigido pela idéia de que a vida é terrivelmente infeliz para valer a pena continuá-la. Uma noção de vida centrada em dinheiro pode impelir um homem a tornar-se rico; em prazer, a tornar-se libertino; em reconhecimento, a tornar-se famoso, e assim por diante. Mas como um homem concebe centralmente a vida, esse conceito é sua doutrina real.
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Deste modo, os romanos conciliares são dirigidos pelo Vaticano II como sendo sua noção central para destruir a FSSPX que rejeita o Vaticano II, e, até que tenham conseguido mudar essa noção central, eles continuarão a ser impelidos a destruir a FSSPX do Arcebispo Lefebvre. Em sentido contrário, a diretriz central do clero e do laicato da FSSPX deve ser obter o Céu, a idéia viva que Céu e Inferno existem, e Jesus Cristo e Sua verdadeira Igreja proporcionam o meio – o único seguro – de obter o Céu. Essa doutrina impelidora, eles sabem que não é nenhuma invenção fantasiosa deles próprios, e é esse o porquê de eles não quererem o que a mina ou subverte ou corrompe provindo dos desditosos neomodernistas da Nova Igreja, dirigidos por sua falsa noção conciliar de Deus, homem e vida. A divergência é total.
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Tampouco pode ser evitada, como sonham-no poder os liberais. Se a falsidade ganhar, eventualmente até as pedras das ruas clamarão (Lc XIX, 40). Se ganhar a verdade, continuará suscitando erro atrás de erro, até o fim do mundo. Mas “aquele que perseverar até o fim será salvo”, diz Nosso Senhor (Mt XXIV, 13).
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Kyrie eleison.

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Assunção de Nossa Senhora

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CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA DO PAPA PIO XII

MUNIFICENTISSIMUS DEUS

DEFINIÇÃO DO DOGMA DA ASSUNÇÃO
DE NOSSA SENHORA
EM CORPO E ALMA AO CÉU

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Introdução 

1. Deus munificentíssimo, que tudo pode, e cujos planos de providência são cheios de sabedoria e de amor, nos seus imperscrutáveis desígnios, entremeia na vida os povos e dos indivíduos as dores com as alegrias, para que por diversos caminhos e de várias maneiras tudo coopere para o bem dos que o amam (cf. Rm 8,28).

2. o nosso pontificado, assim como os tempos atuais, tem sido assediado por inúmeros cuidados, preocupações e angústias, devido às grandes calamidades e por muitos que andam afastados da verdade e da virtude. Mas é para nós de grande conforto ver como, à medida que a fé católica se manifesta publicamente cada vez mais ativa, aumenta também cada dia o amor e a devoção para com a Mãe de Deus, e quase por toda parte isso é estímulo e auspício de uma vida melhor e mais santa. E assim sucede que, por um lado, a santíssima Virgem desempenha amorosamente a sua missão de mãe para com os que foram remidos pelo sangue de Cristo, e por outro, as inteligências e os corações dos filhos são estimulados a uma mais profunda e diligente contemplação dos seus privilégios.

3. De fato, Deus, que desde toda a eternidade olhou para a virgem Maria com particular e pleníssima complacência, quando chegou a plenitude dos tempos (Gl 4,4) atuou o plano da sua providência de forma que refulgissem com perfeitíssima harmonia os privilégios e prerrogativas que lhe concedera com sua liberalidade. A Igreja sempre reconheceu esta grande liberalidade e a perfeita harmonia de graças, e durante o decurso dos séculos sempre procurou estudá-la melhor. Nestes nossos tempos refulgiu com luz mais clara o privilégio da assunção corpórea da Mãe de Deus.

4. Esse privilégio brilhou com novo fulgor quando o nosso predecessor de imortal memória, Pio IX, definiu solenemente o dogma da Imaculada Conceição. De fato esses dois dogmas estão estreitamente conexos entre si. Cristo com a própria morte venceu a morte e o pecado, e todo aquele que pelo batismo de novo é gerado, sobrenaturalmente, pela graça, vence também o pecado e a morte. Porém Deus, por lei ordinária, só concederá aos justos o pleno efeito desta vitória sobre a morte, quando chegar o fim dos tempos. Por esse motivo, os corpos dos justos corrompem-se depois da morte, e só no último dia se juntarão com a própria alma gloriosa.

5. Mas Deus quis excetuar dessa lei geral a bem-aventurada virgem Maria. Por um privilégio inteiramente singular ela venceu o pecado com a sua concepção imaculada; e por esse motivo não foi sujeita à lei de permanecer na corrupção do sepulcro, nem teve de esperar a redenção do corpo até ao fim dos tempos.

6. Quando se definiu solenemente que a virgem Maria, Mãe de Deus, foi imune desde a sua concepção de toda a mancha, logo os corações dos fiéis conceberam uma mais viva esperança de que em breve o supremo magistério da Igreja definiria também o dogma da assunção corpórea da virgem Maria ao céu.

Petições para a definição dogmática

7. De fato, sucedeu que não só os simples fiéis, mas até aqueles que, em certo modo, personificam as nações ou as províncias eclesiásticas, e mesmo não poucos Padres do concílio Vaticano pediram instantemente à Sé Apostólica esta definição.

8. Com o decurso do tempo essas petições e votos não diminuíram, antes foram aumentando de dia para dia em número e insistência. Com esse fim fizeram-se cruzadas de orações; muitos e exímios teólogos intensificaram com ardor os seus estudos sobre este ponto, quer em privado, quer nas universidades eclesiásticas ou nas outras escolas de disciplinas sagradas; celebraram-se em muitas partes congressos marianos nacionais e internacionais. Todos esses estudos e investigações mostraram com maior realce que no depósito da fé cristã, confiado à Igreja, tatmbém se encontrava a assunção da virgem Maria ao céu. E de ordinário a conseqüência foi enviarem súplicas em que se pedia instantemente a definição solene desta verdade.

9. Acompanhavam os fiéis nessa piedosa insistência os seus sagrados pastores, os quais dirigiram a esta cadeira de S. Pedro semelhantes petições em número muito considerável. Quando fomos elevado ao sumo pontificado, já tinham sido apresentadas a esta Sé Apostólica muitos milhares dessas súplicas, vindas de todas as partes do mundo e de todas as classes de pessoas: dos nossos amados filhos cardeais do Sacro Colégio, dos nossos veneráveis irmãos arcebispos e bispos, das dioceses e das paróquias.

10. Por esse motivo, ao mesmo tempo que dirigíamos a Deus intensas súplicas, para que concedesse à nossa mente a luz do Espírito Santo para decidirmos tão importante causa, estabelecemos normas especiais em que determinamos que se procedesse com todo o cuidado a um estudo mais rigoroso da matéria, e se reunissem e examinassem todas as petições relativas à assunção da santíssima virgem, enviadas à Sé Apostólica desde o tempo do nosso predecessor de feliz memória, Pio IX, até ao presente.(1)

Consulta ao episcopado

11. Mas como se tratava de assunto de tanta importância e transcendência, julgamos oportuno rogar direta e oficialmente a todos os nossos veneráveis irmãos no episcopado, que nos quisessem manifestar explicitamente a sua opinião. Para tal fim, no dia 1° de maio de 1946, dirigimos-lhes a carta encíclica “Deiparae Virginis Mariae” em que fazíamos esta pergunta: “Se vós, veneráveis irmãos, na vossa exímia sabedoria e prudência, julgais que a assunção corpórea da santíssima Virgem pode ser proposta e definida como dogma de fé, e se desejais que o seja, tanto vós como o vosso clero e fiéis”.

Doutrina concorde do magistério da Igreja

12. E aqueles que “o Espírito Santo colocou como bispos para reger a Igreja de Deus” (At 20, 28) quase unanimemente deram resposta afirmativa a ambas as perguntas. Essa “singular concordância dos bispos e fiéis” (2) em julgar que a assunção corpórea ao céu da Mãe de Deus podia ser definida como dogma de fé, mostra-nos a doutrina concorde do magistério ordinário da Igreja, e a fé igualmente concorde do povo cristão – que aquele magistério sustenta e dirige – e por isso mesmo manifesta, de modo certo e imune de erro, que tal privilégio é verdade revelada por Deus e contida no depósito divino que Jesus Cristo confiou a sua esposa para o guardar fielmente e infalivelmente o declarar. (3) De fato, esse magistério da Igreja, não por estudo meramente humano, mas pela assistência do Espírito de verdade (cf. Jo 14,26), e portanto absolutamente sem nenhum erro, desempenha a missão que lhe foi confiada de conservar sempre puras e íntegras as verdades reveladas; e pelo mesmo motivo transmite-as sem contaminação e sem lhes ajuntar nem subtrair nada. “Pois – como ensina o concílio Vaticano – o Espírito Santo foi prometido aos sucessores de Pedro não para que, por sua revelação, expressem doutrinas novas, mas para que, com sua assistência, guardassem com cuidado e expusessem fielmente a revelação transmitida pelos apóstolos, ou seja o depósito da fé”. (4) Por essa razão, do consenso universal do magistério da Igreja, deduz-se um argumento certo e seguro para demonstrar a assunção corpórea da bem-aventurada virgem Maria. Esse mistério, pelo que respeita à glorificação celestial do corpo da augusta Mãe de Deus, não podia ser conhecido por nenhuma faculdade da inteligência humana só com as forças naturais. É, portanto, verdade revelada por Deus, e por essa razão todos os filhos da Igreja têm obrigação de a crer firme e fielmente. Pois, como afirma o mesmo concílio Vaticano, “temos obrigação de crer com fé divina e católica, todas as coisas que se contêm na palavra de Deus escrita ou transmitida oralmente, e que a Igreja, com solene definição ou com o seu magistério ordinário e universal, nos propõe para crer, como reveladas por Deus”.(5)

Testemunhos da crença na assunção

13. Desde tempos remotíssimos, pelo decurso dos séculos, aparecem-nos testemunhos, indícios e vestígios desta fé comum da Igreja; fé que se manifesta cada vez mais claramente.

14. Os fiéis, guiados e instruídos pelos pastores, souberam por meio da Sagrada Escritura que a virgem Maria, durante a sua peregrinação terrestre, levou vida cheia de cuidados, angústias e sofrimentos; e que, segundo a profecia do santo velho Simeão, uma espada de dor lhe traspassou o coração, junto da cruz do seu divino Filho e nosso Redentor. E do mesmo modo, não tiveram dificuldade em admitir que, à semelhança do seu unigênito Filho, também a excelsa Mãe de Deus morreu. Mas essa persuasão não os impediu de crer expressa e firmemente que o seu sagrado corpo não sofreu a corrupção do sepulcro, nem foi reduzido à podridão e cinzas aquele tabernáculo do Verbo divino. Pelo contrário, os fiéis iluminados pela graça e abrasados de amor para com aquela que é Mãe de Deus e nossa Mãe dulcíssima, compreenderam cada vez com maior clareza a maravilhosa harmonia existente entre os privilégios concedidos por Deus àquela que o mesmo Deus quis associar ao nosso Redentor. Esses privilégios elevaram-na a uma altura tão grande, que não foi atingida por nenhum ser criado, excetuada somente a natureza humana de Cristo.

15. Patenteiam inequivocamente esta mesma fé os inumeráveis templos consagrados a Deus em honra da assunção de nossa Senhora, e as imagens neles expostas à veneração dos fiéis, que mostram aos olhos de todos este singular triunfo da santíssima Virgem. Muitas cidades, dioceses e regiões foram consagradas ao especial patrocínio e proteção da assunção da Mãe de Deus. Do mesmo modo, com aprovação da Igreja, fundaram-se Institutos religiosos com o nome deste privilégio. Nem se deve passar em silêncio que no rosário de nossa Senhora, cuja reza tanto recomenda esta Sé Apostólica, há um mistério proposto à nossa meditação, que, como todos sabem, é consagrado à assunção da santíssima Virgem ao céu.

Testemunho da liturgia

16. De modo ainda mais universal e esplendoroso se manifesta esta fé dos pastores e dos fiéis, com a festa litúrgica da assunção celebrada desde tempos antiquíssimos no Oriente e no Ocidente. Nunca os santos padres e doutores da Igreja deixaram de haurir luz nesta solenidade, pois, como todos sabem, a sagrada liturgia, “sendo também profissão das verdades católicas, e estando sujeita ao supremo magistério da Igreja, pode fornecer argumentos e testemunhos de não pequeno valor para determinar algum ponto da doutrina cristã”.(6)

17. Nos livros litúrgicos em que aparece a festa da Dormição ou da Assunção de santa Maria, encontram-se expressões que de uma ou outra maneira concordam em referir que, quando a virgem Mãe de Deus passou deste exílio para o céu, por uma especial providência divina, sucedeu ao seu corpo algo de consentâneo com a dignidade de Mãe do Verbo encarnado e com os outros privilégios que lhe foram concedidos. É o que se afirma, para apresentarmos um exemplo elucidativo, no Sacramentário enviado pelo nosso predecessor de imortal memória Adriano I, ao imperador Carlos Magno. Nele se diz: “É digna de veneração, Senhor, a festividade deste dia, em que a santa Mãe de Deus sofreu a morte temporal; mas não pode ficar presa com as algemas da morte aquela que gerou no seu seio o Verbo de Deus encarnado, vosso Filho, nosso Senhor”.(7)

18. Aquilo que aqui se refere com a sobriedade de palavras costumeiras na Liturgia romana, exprime-se mais difusamente nos outros livros das antigas liturgias orientais e ocidentais. O Sacramentário Galicano, por exemplo, chama a esse privilégio de Maria, “inexplicável mistério, tanto mais digno de ser proclamado, quanto é único entre os homens, pela assunção da virgem”. E na liturgia bizantina a assunção corporal da virgem Maria é relacionada diversas vezes não só com a dignidade de Mãe de Deus, mas também com os outros privilégios, especialmente com a sua maternidade virginal, decretada por um singular desígnio da Providência divina: “Deus, Rei do universo, concedeu-vos privilégios que superam a natureza; assim como no parto vos conservou a virgindade, assim no sepulcro vos preservou o corpo da corrupção e o conglorificou pela divina translação”.(8)

A festa da Assunção

19. A Sé Apostólica, herdeira do múnus confiado ao Príncipe dos apóstolos de confirmar na fé os irmãos (cf. Lc 22,32), com sua autoridade foi tornando cada vez mais solene esta celebração. Esse fato estimulou eficazmente os fiéis a irem-se apercebendo mais e mais da importância deste mistério. E assim, a festa da assunção, que ao princípio tinha o mesmo grau de solenidade que as restantes festas marianas, foi elevada ao rito das festas mais solenes do ciclo litúrgico. O nosso predecessor S. Sérgio I, ao prescrever as ladainhas, ou a chamada procissão estacional, nas festas de nossa Senhora, enumera simultaneamente a Natividade, a Anunciação, a Purificação e a Dormição.(9) A festa já se celebrava com o nome de assunção da bem-aventurada Mãe de Deus, no tempo de S. Leão IV Esse papa procurou que se revestisse de maior esplendor, mandando ajuntar-lhe a vigília e a oitava. E o próprio pontífice quis participar nessas solenidades, acompanhado de imensa multidão. (10) Na vigília já de há muito se guardava o jejum, como se prova com evidência do que afirma o nosso predecessor S. Nicolau I, ao tratar dos principais jejuns “que… desde os tempos antigos observava e ainda observa a santa Igreja romana”.(11)

20. A Liturgia da Igreja não cria a fé católica, mas supõe-na; e é dessa fé que brotam os ritos sagrados, como da árvore os frutos. Por isso os santos Padres e doutores nas homilias e sermões que nesse dia fizeram ao povo, não foram buscar essa doutrina à liturgia, como a fonte primária; mas falaram dela aos fiéis como de coisa sabida e admitida por todos. Declararam-na melhor, explicaram o seu significado e o fato com razões mais profundas, destacando e amplificando aquilo a que muitas vezes os livros litúrgicos apenas aludiam em poucas palavras, a saber, que com esta festa não se comemora somente a incorrupção do corpo morto da santíssima Virgem, mas principalmente o triunfo por ela alcançado sobre a morte e a sua celeste glorificação à semelhança do seu Filho unigênito, Jesus Cristo.

Testemunho dos santos Padres

21. S. João Damasceno, que entre todos se distingue como pregoeiro dessa tradição, ao comparar a assunção gloriosa da Mãe de Deus com as suas outras prerrogativas e privilégios, exclama com veemente eloqüência: “Convinha que aquela que no parto manteve ilibada virgindade conservasse o corpo incorrupto mesmo depois da morte. Convinha que aquela que trouxe no seio o Criador encarnado, habitasse entre os divinos tabernáculos. Convinha que morasse no tálamo celestial aquela que o Eterno Pai desposara. Convinha que aquela que viu o seu Filho na cruz, com o coração traspassado por uma espada de dor de que tinha sido imune no parto, contemplasse assentada à direita do Pai. Convinha que a Mãe de Deus possuísse o que era do Filho, e que fosse venerada por todas as criaturas como Mãe e Serva do mesmo Deus”.(12)

22. Condizem com essas palavras de s. João Damasceno as de muitos outros que afirmam a mesma doutrina. E não são menos expressivas, nem menos exatas, as palavras que se encontram nos sermões proferidos pelos santos Padres mais antigos ou da mesma época, ordinariamente por ocasião dessa festividade. Assim, para citar outro exemplo, s. Germano de Constantinopla julgava que a incorrupção do corpo da virgem Maria Mãe de Deus, e a sua assunção ao céu são corolários não só da sua maternidade divina, mas até da santidade singular daquele corpo virginal: “Vós, como está escrito, aparecestes ‘em beleza’; o vosso corpo virginal é totalmente santo, totalmente casto, totalmente domicílio de Deus de forma que até por este motivo foi isento de desfazer-se em pó; foi, sim, transformado, enquanto era humano, para viver a vida altíssima da incorruptibilidade; mas agora está vivo, gloriosíssimo, incólume e participante da vida perfeita”.(13) Outro escritor antiquíssimo assevera por sua vez: “A gloriosíssima Mãe de Cristo, Deus e Salvador nosso, dador da vida e da imortalidade, foi glorificada e revestida do corpo na eterna incorruptibilidade, por aquele mesmo que a ressuscitou do sepulcro e a chamou a si duma forma que só ele sabe”.(14)

23. À medida que a festa litúrgica se foi espalhando, e celebrando mais devotamente, maior foi o número de bispos e oradores sagrados que julgaram de seu dever explicar com toda a clareza o mistério que se venerava nesta solenidade e mostrar como ela estava intimamente relacionada com as outras verdades reveladas.

Testemunho dos teólogos

24. Entre os teólogos escolásticos, não faltaram alguns, que, pretendendo penetrar mais profundamente nas verdades reveladas, e mostrar o acordo entre a chamada razão teológica e a fé católica, notaram a estreita conexão existente entre este privilégio da assunção da santíssima Virgem e as demais verdades contidas na Sagrada Escritura.

25. Partindo desse pressuposto, apresentam diversas razões para corroborar esse privilégio mariano. A razão primária e fundamental diziam ser o amor filial de Cristo para o levar a querer a assunção de sua Mãe ao céu. E advertiam mais, que a força dos argumentos se baseava na incomparável dignidade da sua maternidade divina e em todas as graças que dela derivam: a santidade altíssima que excede a santidade de todos os homens e anjos, a íntima união de Maria com o seu Filho, e sobretudo o amor que o Filho consagrava a sua Mãe digníssima.

26. Muitas vezes os teólogos e oradores sagrados, seguindo os passos dos santos Padres,(15) para explicarem a sua fé na assunção, serviram-se com certa liberdade de fatos e textos da Sagrada Escritura. E assim, para mencionar só alguns mais empregados, houve quem citasse a este propósito as palavras do Salmista: “Erguei-vos, Senhor, para o vosso repouso, vós e a Arca de vossa santificação” (Sl 131, 8); e na Arca da Aliança, feita de madeira incorruptível e colocada no templo de Deus, viam como que uma imagem do corpo puríssimo da virgem Maria, preservado da corrupção do sepulcro, e elevado a tamanha glória no céu. Do mesmo modo, ao tratar desta matéria, descrevem a entrada triunfal da Rainha na corte celeste, e como se vai sentar a direita do divino Redentor (Sl 44,10.14-16); e recordam a propósito a esposa dos Cantares “que sobe pelo deserto, como uma coluna de mirra e de incenso” para ser coroada (Ct 3,6; cf. 4,8; 6,9). Ambas são propostas como imagens daquela Rainha e Esposa celestial, que sobe ao céu com o seu divino Esposo.

27. Os doutores escolásticos vislumbram igualmente a assunção da Mãe de Deus não só em várias figuras do Antigo Testamento, mas também naquela mulher, revestida de sol, que o apóstolo s. João contemplou na ilha de Patmos (Ap 12, ls.). Porém, entre os textos do Novo Testamento, consideraram e examinaram com particular cuidado aquelas palavras: “Ave, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres” (Lc 1,28), pois viram no mistério da assunção o complemento daquela plenitude de graça, concedida à santíssima Virgem, e uma singular bênção contraposta à maldição de Eva.

Na teologia escolástica

28. Por esse motivo, nos primórdios da teologia escolástica, o piedosíssimo varão Amadeu, bispo de Lausana, afirmava que a carne da virgem Maria permaneceu incorrupta – nem se pode crer que o seu corpo padecesse a corrupção -, porque se uniu de novo à alma, e juntamente com ela penetrou na corte celestial. “Pois ela era cheia de graça e bendita entre as mulheres (Lc 1,28). Só ela mereceu conceber o Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, e sendo virgem deu-o à luz, amamentou-o, trouxe-o no regaço, e prestou-lhe todos os cuidados maternos”.(16)

29. Entre os escritores sagrados que naquele tempo com vários textos, comparações e analogias tiradas das divinas Letras, ilustraram e confirmaram a doutrina da assunção em que piamente acreditavam, ocupa lugar primordial o doutor evangélico s. Antônio de Pádua. Na festa da assunção, ao comentar aquelas palavras de Isaías: “glorificarei o lugar dos meus pés” (Is 60,13), afirmou com segurança que o divino Redentor glorificou de modo mais perfeito a sua Mãe amantíssima, da qual tomara carne humana. “Daqui, vê-se claramente”, diz, “que o corpo da santíssima Virgem foi assunto ao céu, pois era o lugar dos pés do Senhor”. Pelo que, escreve o Salmista: “Erguei-vos, Senhor, para o vosso repouso, vós e a Arca da vossa santificação”. E assim como, acrescenta ainda, Jesus Cristo ressuscitou triunfante da morte e subiu para a direita do Pai, assim também “ressuscitou a Arca da sua santificação, quando neste dia a virgem Mãe foi assunta ao tálamo celestial”.(17)

No período áureo

30. Quando, na Idade Média, a teologia escolástica atingiu o maior esplendor, s. Alberto Magno, para demonstrar essa verdade, apresenta vários argumentos fundados na Sagrada Escritura, na tradição, na liturgia e em razões teológicas, e conclui: “Por estas e outras muitas razões e autoridades, é evidente que a bem-aventurada Mãe de Deus foi assunta ao céu em corpo e alma sobre os coros dos anjos. E cremos que isto é absolutamente verdadeiro”.(18) E num sermão pregado em dia da Anunciação de nossa Senhora, ao explicar aquelas palavras do anjo: “Ave, cheia de graça…”, o doutor universal compara a santíssima Virgem com Eva, e afirma clara e terminantemente que Maria foi livre das quatro maldições que caíram sobre Eva.(19)

31. O Doutor Angélico, seguindo as pisadas do mestre, ainda que nunca trate expressamente do assunto, no entanto sempre que se oferece a ocasião fala dele, e com a Igreja católica afirma que o corpo de Maria juntamente com a alma foi levado ao céu.(20)

32. É da mesma opinião, entre outros muitos, o Doutor Seráfico, o qual tem como certo que, assim como Deus preservou Maria santíssima da violação do pudor e da integridade virginal ao conceber e dar à luz o seu Filho, assim não permitiu que o seu corpo se desfizesse em podridão e cinzas.(21) Aplica a santíssima Virgem, em sentido acomodatício, aquelas palavras da Sagrada Escritura: “Quem é esta que sobe do deserto, cheia de gozo, e apoiada no seu amado?” (Ct 8,5), e raciocina desta forma: “Daqui pode concluir-se que ela está ali corporalmente (na glória celeste)… Porque… a sua felicidade não seria plena se ali não estivesse em pessoa; ora a pessoa não é só a alma, mas o composto; logo é claro que está ali segundo o composto, isto é, em corpo e alma; de outro modo não gozaria de felicidade plena”.(22)

Na escolástica posterior

33. Na escolástica posterior, ou seja no século XV, são Bernardino de Sena, resumindo e ponderando cuidadosamente tudo quanto os teólogos medievais tinham escrito a esse propósito, não julgou suficiente referir as principais considerações que os antigos doutores tinham proposto, mas acrescentou outras novas. Por exemplo, a semelhança entre a divina Mãe e o divino Filho, no que respeita à perfeição e dignidade de alma e corpo – semelhança que nem sequer nos permite pensar que a Rainha celestial possa estar separada do Rei dos céus – exige absolutamente que Maria “só deva estar onde está Cristo”.(23) Portanto, é muito conveniente e conforme à razão que tanto o corpo como a alma do homem e da mulher tenham alcançado já a glória no céu; e, finalmente, o fato de nunca a Igreja ter procurado as relíquias da santíssima Virgem, nem as ter exposto à veneração dos fiéis, constitui um argumento que é “como que uma experiência sensível” da assunção.(24)

Nos tempos modernos

34. Em tempos mais recentes, as razões dos santos Padres e doutores, acima aduzidas, foram usadas comumente. Seguindo o comum sentir dos cristãos, recebido dos tempos antigos s. Roberto Belarmino exclamava: “Quem há, pergunto, que possa pensar que a arca da santidade, o domicílio do Verbo, o templo do Espírito Santo tenha caído em ruínas? Horroriza-se o espírito só com pensar que aquela carne que gerou, deu a luz, alimentou e transportou a Deus, se tivesse convertido em cinza ou fosse alimento dos vermes”.(25)

35. De igual forma s. Francisco de Sales afirma que não se pode duvidar que Jesus Cristo cumpriu do modo mais perfeito o divino mandamento que obriga os filhos a honrar os pais. E a seguir faz esta pergunta: “Que filho haveria, que, se pudesse, não ressuscitava a sua mãe e não a levava para o céu?”(26) E s. Afonso escreve por sua vez: “Jesus não quis que o corpo de Maria se corrompesse depois da morte, pois redundaria em seu desdouro que se transformasse em podridão aquela carne virginal de que ele mesmo tomara a própria carne”.(27)

36. Quando já tinha aparecido em toda a sua luz o mistério que se celebra nesta festa, não faltaram doutores que, em vez de tratar das razões teológicas pelas quais se demonstrasse a absoluta conveniência de crença na assunção corpórea da Virgem santíssima, voltaram o pensamento para a fé da Igreja, mística esposa de Cristo, sem mancha nem ruga (cf. Ef 5,27), que o Apóstolo chama “coluna e sustentáculo da verdade” ( 1Tm 3,15). E apoiados nesta fé comum pensaram que seria temerária, para não dizer herética, a opinião contrária. S. Pedro Canísio, como outros muitos, depois de declarar que o termo assunção se referia à glorificação não só da alma mas também do corpo, e que a Igreja há muitos séculos venerava e celebrava solenemente este mistério mariano, observa: “Esta opinião é admitida há vários séculos e tão impressa na alma dos fiéis, é tão recomendada pela Igreja, que quem negasse a assunção ao céu do corpo de Maria santíssima nem sequer seria ouvido com paciência, mas seria vaiado como pertinaz, ou mesmo temerário, e imbuído mais de espírito herético do que católico”.(28)

37. Pela mesma época, o Doutor Exímio estabelecia esta regra para a mariologia: “Os mistérios da graça que Deus operou na virgem Maria não se devem medir pelas leis ordinárias, senão pela onipotência divina, suposta a conveniência do fato e a não contradição ou repugnância com as Escrituras”.(29) E apoiado na fé de toda a Igreja, podia concluir que o mistério da assunção devia crer-se com a mesma firmeza que o da imaculada conceição, e já então julgava que ambas as verdades podiam ser definidas.

Fundamento escriturístico

38. Todos esses argumentos e razões dos santos Padres e teólogos apóiam-se, em último fundamento, na Sagrada Escritura. Esta nos apresenta a Mãe de Deus extremamente unida ao seu Filho, e sempre participante da sua sorte. Pelo que parece quase que impossível contemplar aquela que concebeu, deu à luz, alimentou com o seu leite, a Cristo, e o teve nos braços e apertou contra o peito, estivesse agora, depois da vida terrestre, separada dele, se não quanto à alma, ao menos quanto ao corpo. O nosso Redentor é também filho de Maria; e como observador perfeitíssimo da lei divina não podia deixar de honrar a sua Mãe amantíssima logo depois do Eterno Pai. E podendo ele adorná-la com tamanha honra, preservando-a da corrupção do sepulcro, deve crer-se que realmente o fez.

39. E convém sobretudo ter em vista que, já a partir do século II, os santos Padres apresentam a virgem Maria como nova Eva, sujeita sim, mas intimamente unida ao novo Adão na luta contra o inimigo infernal. E essa luta, como já se indicava no Protoevangelho, acabaria com a vitória completa sobre o pecado e sobre a morte, que sempre se encontram unidas nos escritos do apóstolo das gentes (cf. Rm 5; 6; lCor 15,21-26; 54-57). Assim como a ressurreição gloriosa de Cristo constituiu parte essencial e último troféu desta vitória, assim também a vitória de Maria santíssima, comum com a do seu Filho, devia terminar pela glorificação do seu corpo virginal. Pois, como diz ainda o apóstolo, “quando… este corpo mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá o que está escrito: a morte foi absorvida na vitória” (1Cor 15,14).

40. Deste modo, a augustíssima Mãe de Deus, associada a Jesus Cristo de modo insondável desde toda a eternidade “com um único decreto” (30) de predestinação, imaculada na sua concepção, sempre virgem, na sua maternidade divina, generosa companheira do divino Redentor que obteve triunfo completo sobre o pecado e suas conseqüências, alcançou por fim, como suprema coroa dos seus privilégios, que fosse preservada da corrupção do sepulcro, e que, à semelhança do seu divino Filho, vencida a morte, fosse levada em corpo e alma ao céu, onde refulge como Rainha à direita do seu Filho, Rei imortal dos séculos (cf. 1Tm 1,17).

Oportunidade da definição

41. Considerando que a Igreja universal – que é assistida pelo Espírito de verdade, que a dirige infalivelmente para o conhecimento das verdades reveladas – no decurso dos séculos manifestou de tantas formas a sua fé; considerando que os bispos de todo o mundo quase unanimemente pedem que seja definida como dogma de fé divina e católica a verdade da assunção corpórea da santíssima Virgem ao céu; considerando que esta verdade se funda na Sagrada Escritura, está profundamente gravada na alma dos fiéis, e desde tempos antiquíssimos é comprovada pelo culto litúrgico, e concorda, inteiramente, com as outras verdades reveladas, e tem sido esplendidamente explicada e declarada pelos estudos, sabedoria e prudência dos teólogos – julgamos chegado o momento estabelecido pela providência de Deus, para proclamarmos solenemente este privilégio insigne da virgem Maria. (42). Nós, que colocamos o nosso pontificado sob o especial patrocínio da santíssima Virgem, à qual recorremos em tantas circunstâncias tristes, nós, que consagramos publicamente todo o gênero humano ao seu imaculado Coração, e que experimentamos muitas vezes o seu poderoso patrocínio, confiamos firmemente que esta solene proclamação e definição será de grande proveito para a humanidade inteira, porque reverte em glória da Santíssima Trindade, a qual a virgem Mãe de Deus está ligada com laços muito especiais. É de esperar também que todos os fiéis cresçam em amor para com a Mãe celeste, e que os corações de todos os que se gloriam do nome de cristãos se movam a desejar a união com o corpo místico de Jesus Cristo, e que aumentem no amor para com aquela que tem amor de Mãe para com os membros do mesmo augusto corpo. E também é lícito esperar que, ao meditarem nos exemplos gloriosos de Maria, mais e mais se persuadam todos do valor da vida humana, se for consagrada ao cumprimento integral da vontade do Pai celeste e a procurar o bem do próximo. Enquanto o materialismo e a corrupção de costumes que dele se origina ameaçam subverter a luz da virtude, e destruir vidas humanas, suscitando guerras, é de esperar ainda que este luminoso e incomparável exemplo, posto diante dos olhos de todos, mostre com plena luz qual o fim a que se destinam a nossa alma e o nosso corpo. E, finalmente, esperamos que a fé na assunção corpórea de Maria ao céu torne mais firme e operativa a fé na nossa própria ressurreição.

43. E é para nós motivo de imenso regozijo que este fato, por providência de Deus, se realize neste Ano santo que está a decorrer, e que assim possamos, enquanto se celebra este jubileu maior, adornar com esta pedra preciosa a fronte da Virgem santíssima, e deixar um monumento, mais perene que o bronze, da nossa ardente devoção para com a Mãe de Deus.

Definição solene do dogma

44. “Pelo que, depois de termos dirigido a Deus repetidas súplicas, e de termos invocado a paz do Espírito de verdade, para glória de Deus onipotente que à virgem Maria concedeu a sua especial benevolência, para honra do seu Filho, Rei imortal dos séculos e triunfador do pecado e da morte, para aumento da glória da sua augusta mãe, e para gozo e júbilo de toda a Igreja, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados apóstolos s. Pedro e s. Paulo e com a nossa, pronunciamos, declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que: a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.

45. Pelo que, se alguém, o que Deus não permita, ousar, voluntariamente, negar ou pôr em dúvida esta nossa definição, saiba que naufraga na fé divina e católica.

46. Para que chegue ao conhecimento de toda a Igreja esta nossa definição da assunção corpórea da virgem Maria ao céu, queremos que se conservem esta carta para perpétua memória; mandamos também que, aos seus transuntos ou cópias, mesmo impressas, desde que sejam subscritas pela mão de algum notário público, e munidas com o selo de alguma pessoa constituída em dignidade eclesiástica, se lhes dê o mesmo crédito que à presente, se fosse apresentada e mostrada.

47. A ninguém, pois, seja lícito infringir esta nossa declaração, proclamação e definição, ou temerariamente opor-se-lhe e contrariá-la. Se alguém presumir intentá-lo, saiba que incorre na indignação de Deus onipotente e dos bem-aventurados apóstolos Pedro e Paulo.

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Dado em Roma, junto de São Pedro, no ano do jubileu maior, de 1950, no dia 1 ° de novembro, festa de todos os santos, no ano XII do nosso pontificado.

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Eu PIO, Bispo da Igreja Católica assim definindo, subscrevi.

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Notas

1. Petitiones de Assumptione corporea B. Virginis Mariae in caelum definienda ad S. Sedem delatae, 2 vol. Typis Polyglottis Vaticanis,1942.

2. Bula Ineffabilis Deus, Acta Pii IX, parte I, vol. 1, p. 615.

3. Cf. Conc. Vat. I, Const. dogm. Dei Filius de fide catholica, cap. 4.

4. Conc. Vat. I, Const. dogm. Pastor aeternus de Ecclesia Christi, cap. 4.

5. Conv Vat. I, Const. dogm. Dei Filius de feide catholica. cap. 3.

6. Carta Encíclica Mediator Dei, AAS 39( 1947), p. 541.

7. Sacramentário gregoriano.

8. Menaei totius anni..

9. Liber Pontificalis. 

10. Ibid.

11. Responsa Nicolai Papae 1 ad Consulta Bulgarorum, 13 nov. 866.

12. S. João Damasc., Encomium in Dormitionem Dei Genetricis semperque Virginis Mariae, hom. II, 14; cf. também ibid. n. 3).

13. S. Germ. Const., In Sanctae Dei Genitricis Dormitionem, sermo 1.

14. Encomium in Dormitionem Sanctissimae Dominae nostrae Deiparae semperque Virginis Mariae [atribuído a S. Modesto de Jerusalém] n. 14.

15. Cf. S. João Damasc., Encomium in Dormitionem Dei Genetricis semperque Virginis Mariae, hom. II, 2, 11; Encomium in Dormitionem… [atribuído a S. Modesto de Jerusalém].

16. Amadeu de Lausana, De Beatae Virginis obitu, Assumptione in Caelum, exaltatione ad Filii dexteram.

17. S. Antônio de Pádua, Sermones dominicales et in solemnitatibus. In Assumptione S. Mariae Virginis Sermo.

18. S. Alberto Magno, Mariale sive quaestiones super Evang. “Missus est”, q. 132.

19. Idem, Sermones de Sanctis, sermo XV: In Annuntiatione B. Mariae; cf. também Mariale, q.132.

20. Cf. Summa Theol. III, q. 27, a. 1. c.; ibid. q. 83, a. 5 ad 8; Expositio salutationis angelicae; In symb. Apostolorum expositio, art. 5; in IV Sent. D. 12, q. l, art. 3, sol. 3; D. 43, q. l, art. 3, sol. I e 2.

21. Cf. S. Boaventura, De Nativitate B. Mariae Virginis, sermo 5.

22. S. Boaventura, De Assumptione B. Mariae Virginis, sermo 1.

23. S. Bernardino de Sena, In Assumptione B. M. Virginis, sermo 2.

24. Idem, l.c.

25. S. Roberto Belarmino, Conciones habitae Lovanii, concio 40: De Assumptione B. Mariae Virginis.

26. Oeuvres de S. François de Sales, Sermon autographe pour la fête de l’Assomption.

27. S. Afonso Maria de Ligório, As glórias de Maria, parte II, disc. 1.

28. S. Pedro Canísio, De Maria Virgine.

29. E Suárez, In tertiam partem D. Thomae, q. 27, art. 2, disp. 3, sect. 5, n. 31.

30. Bula Ineffabilis Deus, l.c, p. 599.

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+SOLAMENTE ELLA PUEDE AYUDARLES+

.Vienna, Virginia, 10 de Agosto de 2012 Junta de Sacerdotes.

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SITUACION DE HOY EN DÍA

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1.- La declaración de la FSSPX del 14 de julio del 2012, mientras proclama la noción de la Divinidad de Cristo y su Reinado, en realidad camina en la dirección opuesta usando un lenguaje ambiguo y preparando para que la FSSPX sea puesta bajo la autoridad de “Roma neo-modernista y de tendencias neo-protestantes. (Declaración de 1974).
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2.- Ha habido durante largo tiempo un deslizamiento de la FSSPX hacia el Vaticano II y un creciente silencio respecto a los escándalos del Novus Ordo en contra de la Fe.
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3.- Es una illusion que nos podamos unir a la Iglesia del Vaticano II sin aceptar el Concilio.
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4.- Hay una necesidad de asegurar a las almas que el combate por la Tradición Católica, mantenida por Monseñor Lefebvre en contra de la Roma modernista, continuará.
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5.- Una nueva actitud favoreciendo el compromiso ha infectado a los jefes de la FSSPX.
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6.- Esta nueva actitud prevalece actualmente en publicaciones, sitios web, seminarios y púlpitos.
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7.- Los sacerdotes que resisten esta nueva actitud son castigados o amenazados con el castigo y en todos los casos son silenciados. La presente crisis pide una respuesta pública de sacerdotes y fieles en contra de este compromiso con la Roma modernista.
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8.- Muchos sacerdotes están personalemente desilusionados con Menzingen por razones doctrinales pero se sienten inseguros, intimidados o no saben que hacer.
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9.- Muchos sacerdotes independientes confían cada vez menos en la FSSPX. Ellos esperan pasar sus capillas a sacerdotes doctrinalmente confiables.
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10.-Se ha reemplazado la solución de Fatima, la cual es la consagración de Rusia por el Papa unido con los obispos, por una creencia de que la FSSPX puede negociar con la Roma modernista para que ésta regrese a la Fe Católica.
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11.- La voluntad imprudente y temeraria de aceptar como “condición deseable” el abandonar el rebaño a los “lobos” de los obispos diocesanos.
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DECLARACION

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El corazón de la Fe Católica es la Divinidad de Cristo y su Reinado sobre todas las naciones: “Oportet illum regnare”. Los errores del Vaticano II son un ataque indirecto en contra de su Divinidad y un ataque directo a su Reinado Social. Ellos continuarán siendo la Revolución de 1789 en la Iglesia. Actualmente el Vaticano no ha cambiado sino para peor desde el Concilio (más daño, nuevas herejías, más semi-modernismo efectivo) a tal extremo que podemos repetir las palabras del Arzobispo de 1974 y 1976: La Iglesia que afirma tales errores es al mismo tiempo cismática y herética. Esta Iglesia Conciliar es por lo tanto no-católica. En cualquier medida que el Papa, obispos, sacerdotes o fieles se adhieran a esta nueva Iglesia, se separan ellos mismos de la Iglesia Católica”. (junio 29 de 1976).
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El Papa ha permitido la Verdadera Misa pero solamente dentro del Panteón de la liturgias modernistas. Además ha dejado en claro su apoyo de la falsa doctrina de la Libertad Religiosa predicando a ésta como el modelo de cómo la Iglesia y el Estado deben relacionarse uno con otro.
Ultimamente la doctrina del ecumenismo ha sido amplia y consistentemente profesada por el Pontífice en sus visitas a los templos protestantes, sinagogas y mezquitas y Asís II confirma que el espíritu de Asís está vivo y bien. Fue éste espíritu el que movió al Arzobispo a emprender la “Operación Supervivencia”, la cual ahora está en gran peligro.
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La FSSPX actualmente quiere ponerse bajo esta Iglesia Conciliar, mitigando el veneno del Vaticano II, cada vez está mas callada de cara a los abusos de la jerarquía conciliar, usa lenguaje ambiguo refiriéndose a dos Magisterios opuestos. Al mismo tiempo, que está siempre dispuesta a creer en un debate constante con los obstinados funcionarios romanos, usa tácticas de mano dura hacia los que están en contra de esta malvada reconciliación.
Debemos esperar a que Nuestra Señora convierta al Papa y lo inspire a consagrar Rusia a su Inmaculado Corazón en unión de todos los obispos, y nosotros debemos perseverar en la Caridad de la Verdad y la Verdad de la Caridad, organizando un cuerpo de sacerdotes fieles a la posición que siempre mantuvo Monseñor Lefebvre.
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Fr. Joseph Pfeiffer, Fr..Ronald J. Ringrose, Fr. Richard Voigt, Fr. David Hewko, Fr. François Chazal 

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Tolkien: un gnóstico

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Nossa Senhora e a Modéstia

Fonte: Maria Rosa

publicado no blog A grande guerra com uma importante *nota

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Por Pe. Jacques Emily
Traduzido por Andrea Patrícia
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Nossa Senhora: Fátima, Quito
(Bom Sucesso), La Salette.

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Será que estamos nos últimos tempos? A nossa alma está em maior perigo de ser perdida para sempre nestes tempos do que nos séculos passados? São as palavras de São Paulo a Timóteo para o nosso tempo:
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… Haverá um tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas de acordo com seus próprios desejos, ajustarão mestres para si, tendo comichão nos ouvidos, e darão as costas à verdade, voltando-se às fábulas. (II Tm. 4,3-4)
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Últimos tempos
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Para responder a estas perguntas Nossa Senhora chegou à montanha de La Salette e advertiu-nos:
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No ano de 1864, Lúcifer, juntamente com um grande número de demônios, será solto do inferno. Eles vão pôr fim à fé pouco a pouco, mesmo naqueles que se dedicam a Deus. Eles irão cegá-los de tal maneira que, a menos que sejam abençoadas com uma graça especial, essas pessoas irão assumir o espírito desses anjos do inferno; várias instituições religiosas perderão toda a fé e perderão muitas almas.
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Livros maus serão abundantes na terra e os espíritos das trevas espalharão por toda parte um relaxamento universal em tudo que concerne ao serviço de Deus. Os chefes, os líderes do povo de Deus negligenciaram a oração e a penitência, e o demônio obscureceu sua inteligência. Eles tornaram-se estrelas errantes que o velho demônio arrastará com sua cauda para fazê-los perecer.
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Sim, os sacerdotes estão pedindo por vingança, e a vingança paira sobre suas cabeças. Ai dos sacerdotes e pessoas consagradas a Deus, que por sua infidelidade e suas vidas perversas estão crucificando o meu Filho de novo! (Virgem de La Salette, 19 de setembro de 1846).
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Nossa Senhora continua em sua mensagem apocalíptica para descrever com precisão todo o flagelo que irá atingir a humanidade: a vinda do Anticristo, juntamente com suas perseguições contra os fiéis e contra a Igreja. Ela, então, acaba por descrever a derrota final de Satanás e seus anjos e, assim, o triunfo final de Deus sobre seus inimigos.
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Agora, quando Nossa Senhora disse em 1846 que estes tempos terríveis começariam em 1864, uma vez que Lúcifer e um grande número de demônios foram soltos do inferno, ela realmente quis dizer que, a partir daquela data a humanidade não estaria mais no curso normal da história. Em 1864, a humanidade teria entrado no último período da saga terrena da humanidade, um período em que Satanás iria liderar sua batalha final sangrenta seduzindo e destruindo almas.
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O Papa Leão XIII, que recebeu em 13 de outubro de 1884 uma revelação de que Deus tinha dado permissão a Satanás para tentar destruir a Sua Igreja, levou este aviso muito a sério e compôs as Orações Leoninas a serem ditas depois de cada Missa. Ele, em seguida, publicou para os sacerdotes e fiéis o famoso exorcismo de São Miguel contra Satanás e os anjos rebeldes para proteger a humanidade contra as pragas que viriam.
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Mais tarde o próprio São Pio X não hesitou em referir as calamidades presentes, a grande perversidade das mentes e os esforços furiosos “para apagar a memória e o conhecimento de Deus”, como “a antecipação e, talvez, o início destes males reservados para os últimos dias “(E Supremi Apostolatus, 4 de outubro, 1903).
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Irmã Lúcia, a vidente de Fátima, também está absolutamente convencida de que estamos vivendo nos últimos tempos: aqui está o que ela explicou ao padre Agustin Fuentes, o postulador da causa de beatificação de Francisco e Jacinta, em uma conversa realizada em 26 de dezembro de 1957: “A Santíssima Virgem não me disse que estamos nos últimos dias do mundo, mas ela me fez entender isso por três razões.”
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1) A BATALHA FINAL: A primeira razão é porque ela me disse que o diabo está no meio de travar uma batalha decisiva contra a Virgem Maria. E uma batalha decisiva é a batalha final, onde um lado será vitorioso e o outro lado sofrerá a derrota. Assim, a partir de agora temos de escolher um dos lados. Ou somos de Deus ou somos do diabo. Não há outra possibilidade.
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2) OS ÚLTIMOS REMÉDIOS: A segunda razão é porque ela disse aos meus primos, bem como a mim mesma, que Deus está dando os dois últimos remédios para o mundo. Estes são o Santo Rosário e a Devoção ao Imaculado Coração de Maria. Estes são os dois últimos remédios, o que significa que não haverá outros.
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3) O PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO: A terceira razão é porque, nos planos da Divina Providência, antes que Ele esteja prestes a castigar o mundo, Deus sempre esgota todos os outros recursos. Agora, quando Ele vê que o mundo não presta qualquer atenção, então, como dizemos na nossa maneira imperfeita de falar, Ele oferece-nos com um certo receio o último meio de salvação, a Sua Mãe Santíssima. É com um certo receio, porque se você despreza e repudia este último meio, não teremos mais o perdão do céu, porque vamos ter cometido um pecado que o Evangelho chama de pecado contra o Espírito Santo. Este pecado consiste em rejeitar abertamente com pleno conhecimento e consentimento, a salvação que Ele oferece. Lembremo-nos que Jesus Cristo é um filho muito bom e que Ele não permite que ofendam e desprezem a Sua Mãe Santíssima. Temos registrado através de muitos séculos de história da Igreja o testemunho evidente que demonstra, pelos castigos terríveis que se têm abatido sobre aqueles que têm atacado a honra de Sua Mãe Santíssima, como Nosso Senhor Jesus Cristo sempre defendeu a honra de Sua Mãe Santíssima.
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Se considerarmos agora o colapso trágico na Igreja Católica desde o último Concílio, o que se torna óbvio com a assombrosa queda da prática religiosa e das vocações, com o fechamento e venda de tantas igrejas, conventos, mosteiros, a perda da fé e valores morais básicos entre os sacerdotes e os fiéis, juntamente com a vasta e terrível propagação da homossexualidade dentro dos seminários e dioceses – quem não consegue ver a aplicação literal das palavras de Nossa Senhora de La Salette para os nossos tempos?
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Se considerarmos que a Universidade Gregoriana (sem dúvida a mais prestigiada das cadeiras Romanas de aprendizagem) não só ensina o ecumenismo, mas confia o curso a um herege formal e cismático como doutor Carey, ex-arcebispo de Canterbury (The Universe, 119, 4 de junho de 2003), quem não consegue ver que nós chegamos a realização da profecia acima citada de São Paulo a Timóteo? É razoável pensar que tal conduta também cumpre a profecia de Nossa Senhora em La Salette que “Roma perderá a fé?”.
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Quando consideramos que, desde 1975, os homens tem legalmente matado 45 milhões de bebês por ano, mais de 1,27 bilhões de bebês que foram massacrados ao comando de sua própria mãe! Como não ver que a fúria de Satanás acostumada a cegar e corromper a humanidade atingiu um nível sem paralelo na História?
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Quando consideramos o que foi alcançado em todo o mundo pelos governos maçônicos para destruir a família e para virar de cabeça para baixo todos os valores morais em que a civilização cristã foi baseada, não somos as testemunhas horrorizadas de um mundo engolfando-se em um estado de barbárie, que pode terminar apenas em sua própria destruição? Podemos deixar de ver na construção deste Governo Mundial Maçônico Único a realização da profecia de Nossa Senhora nos avisando que:
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Todos os governos civis terão um e mesmo plano, que será abolir e acabar com todo princípio religioso, para abrir caminho para o materialismo, o ateísmo, espiritualismo, e vícios de todos os tipos.
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É estonteante considerar até mesmo poucas das realizações deste “único e mesmo plano (Maçônico)”: a legalização do divórcio e do aborto, a acessibilidade mesmo para as crianças de todos os tipos de contracepção, a educação sexual nos programas escolares, a degradação das mulheres através de modas indecentes, homossexualidade, eutanásia, violência e pornografia nos meios de comunicação, filmes e teatro… Quem não consegue ver que esses crimes estão clamando ao céu por vingança e que a vingança deve acontecer em nossas próprias portas?
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A sociedade dos homens está em vésperas dos mais terríveis flagelos e dos mais graves acontecimentos. A humanidade deve esperar ser governada com uma barra de ferro e beber do cálice da ira de Deus (Nossa Senhora em La Salette).
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A NOSSA ALMA ESTÁ EM PERIGO MAIOR?
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Tendo essas considerações em mente, parece bastante óbvio, que de fato entramos nos últimos tempos. E para responder à segunda pergunta, no início desta carta, (isto é, qual o perigo para a nossa alma?), infelizmente devemos dizer que a resposta é igualmente óbvia. Quando clérigos dos mais altos escalões agem contrariamente aos interesses da Igreja e do bem das almas, quando a sociedade legisla contra a Lei Divina e Natural, quando todos os tipos de corrupção e vício são amplamente, constantemente, e facilmente acessíveis a todos, mesmo aos mais jovens – o que mais se poderia esperar do que um número muito maior de pessoas perdendo suas almas agora do que no passado?
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Nossa Senhora tinha também particularmente anunciado em sua mensagem para a irmã Maria Anna de Jesus no Convento da Imaculada Conceição, em Quito, em 02 de fevereiro de 1634, essa situação terrível para os nossos tempos. Considere o que Nossa Senhora tinha a dizer 200 anos antes de sua mensagem em La Salette sobre os acontecimentos que atingem a humanidade em nossos dias:
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No final do século XIX e por uma grande parte do século XX, várias heresias irão prosperar nesta terra que têm se tornado uma república livre. A preciosa luz da Fé vai se extinguir nas almas por causa da quase total corrupção moral: naqueles tempos haverá grandes calamidades físicas e morais, em privado e em público. O pequeno número de almas mantendo a fé e praticando as virtudes será submetido a sofrimento cruel e indescritível; através de seu longo martírio muitos deles morrerão por causa da violência de seus sofrimentos, e estes contarão como mártires que deram suas vidas pela Igreja ou pelo país. Escapar de ser escravizado por essas heresias exigirá grande força de vontade, constância, coragem e grande confiança em Deus…
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Naqueles dias, o espírito de impureza como um dilúvio de imundície vai inundar as ruas, praças e locais públicos. A licenciosidade será tal que não haverá mais almas virgens no mundo.
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Por ter ganhado o controle de todas as classes sociais, as seitas tendem a penetrar com grande habilidade nos corações das famílias para destruir até mesmo as crianças. O diabo vai ter glória em alimentar perfidamente o coração das crianças. A inocência da infância vai quase desaparecer. Assim vocações sacerdotais serão perdidas, será um verdadeiro desastre. Padres irão abandonar seus deveres sagrados e afastar-se do caminho traçado para eles por Deus. (Quito, Equador, 02 de fevereiro de 1634).
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Nossas almas estão em perigo enorme de serem engolidas por essa onda formidável de apostasia e corrupção, que está devastando a Igreja e o mundo. Tão grande é o perigo que, antes de deixá-los, eu me sinto compelido a corresponder mais uma vez ao desejo de Nossa Senhora e passar a vocês suas advertências: “E assim, meus filhos, vocês irão passar isso para todo o meu povo”.
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AS TRÊS MENSAGENS
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O conhecimento destas mensagens que citei ou referi (Quito, La Salette e Fátima) são tão importantes para a compreensão da terrível situação social e religiosa da humanidade em nossos tempos que nós nos comprometemos a reproduzi-las, a fim de torná-las mais amplamente disponíveis para o maior número possível. “Quanto mais ela se espalhar, mais irá despertar um medo salutar e numerosos retornos a Deus” (Melanie, vidente de La Salette).
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A publicação deste livro que intitulamos The Three Messages [As Três Mensagens], infelizmente teve que ser adiada por algumas semanas devido à minha partida para os EUA, mas você já pode encomendá-lo [entre em contato com: St. George’s House, 125 Arthur Road, Wimbledon Park, London, SW19 7DR, United Kingdom].
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Essas advertências de Nossa Senhora também tornam evidente para todos os católicos que o dever de manter a fé e preservar a alma em estado de graça é muito mais exigente em nossos dias do que era no passado por causa do maior poder dos demônios, da crise sem precedentes na Igreja, e do estado geral de corrupção e apostasia do mundo. A fim de manter a verdadeira fé e de manter sua alma pura e limpa de qualquer pecado, o cristão terá então que fazer esforços especiais na prática das virtudes, na oração comum e na recepção dos sacramentos, juntamente com o fim das vaidades, prazeres e modas do mundo que são a causa de todos os tipos de tentações e pecados.
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A Irmã Lúcia falou ao Padre Fuentes sobre a necessidade de cada católico de assumir para si o trabalho de sua própria santificação e não esperar por ajuda de Roma ou de assistência antes de começar. O que é uma declaração terrível para Roma vinda da vidente de Fátima, quando pensamos nisso, mas como são relevantes para as nossas próprias vidas quando vemos a falha completa da hierarquia modernista romana em levar almas para Cristo!
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“Padre, não devemos esperar que um apelo ao mundo venha de Roma por parte do Santo Padre, para fazer penitência. Também não devemos esperar que o apelo à penitência venha de nossos bispos em nossa diocese, nem das congregações religiosas. Não! Nosso Senhor já usou muitas vezes estes meios e o mundo não prestou atenção. É por isso que agora, é necessário que cada um de nós comece a reformar-se espiritualmente. Cada pessoa deve não apenas salvar a sua própria alma, mas também as almas que Deus colocou em nosso caminho… O diabo faz tudo em seu poder para nos distrair e tirar de nós o amor pela oração, seremos salvos juntos ou seremos condenados juntos”. (Irmã Lúcia ao Padre A.Fuentes).
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Que terrível risco correm aqueles católicos, por sua própria alma e pelas almas de seus filhos, que deliberadamente ignoram os avisos e pedidos de Nossa Senhora, negligenciam as orações, o rosário, e os sacramentos. Estes pobres católicos deixam que o espírito do mundo entre em sua casa; gradualmente tornam-se mornos e, pensando que são bons católicos, eles não vêem mais o grande perigo que ameaça a si mesmos e suas famílias.
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Legado Espiritual Através de Maria e com Maria
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Por isso, meus queridos fiéis, como é agora a última carta que estou escrevendo para vocês antes da minha partida para os Estados Unidos, gostaria de deixar, como uma espécie de legado espiritual, estas advertências da própria Nossa Senhora, que quer mais do que ninguém preservar vocês e suas famílias da corrupção deste mundo, que quer a vossa santificação, que quer sinceramente a sua salvação e de seus filhos. Meu coração sacerdotal quer ecoar uma vez mais para as vossas almas as palavras de nossa Mãe celeste e tal qual ela, nela, através dela e com ela, quer clamar a você de novo: Acautelai-vos, meus queridos filhos, os tempos são maus, o mundo é corrupto, a própria Igreja Católica está profundamente ferida por seus próprios membros, a ira de Deus está próxima, e castigos terríveis devem vir para purificar o mundo dos seus pecados!
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NÃO SIGA A NOVA RELIGIÃO, NÃO SIGA A MODA
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Então, meus queridos amigos, tenham cuidado e ouçam com atenção: não sigam os clérigos modernistas e sua nova religião, nem aqueles que se comprometem com eles! Não sigam o mundo e suas modas, não deixem seus filhos queridos serem corrompidos pelo sistema escolar, pela televisão, má companhia, música ruim, má literatura… Que também nossas queridas mães sempre proporcionem, à imagem de Maria, um bom exemplo de modéstia cristã aos seus filhos. “Enquanto a modéstia não for colocada em prática, a sociedade vai continuar a degradar” disse o Papa Pio XII. “A sociedade revela o que é pelas roupas que veste“. Da mesma forma, uma pessoa se revela pelas roupas que ela está vestindo. Por exemplo, a moda hoje para as mulheres é ter decotes, camisas justas, calças apertadas [*nota do blogue A grande guerra: creio que faltou ressaltar que não é só o fato da calça ser apertada que a torna imodesta, é claro que isso aumenta o grau da imodéstia, todavia, o uso de calças por mulheres, mesmo  que larga, vai contra a natureza e aqui é que mora o maior perigo. Deixo link de um pequeno especial sobre esse assunto], vestidos justos e/ou curtos. Até pouco tempo atrás, esse tipo de vestuário era indicativo de uma mulher de má fama atraindo seus clientes para o pecado. Por qual mistério ou lógica são essas modas agora praticadas em famílias católicas?
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Não somos as testemunhas horrorizadas dessas pessoas que, na maior desolação da Corte Celestial, para a alegria dos demônios, e para o escândalo das almas inocentes, se atrevem a entrar em tal vestimenta na Igreja e até mesmo se aproximar da mesa da comunhão? E o que é mais chocante é ver um certo número de pessoas (poucas, felizmente, entre nossos fiéis) que acham isso perfeitamente normal e aceitável. Não disse a vocês que entramos nos últimos tempos? Não são essas modas apontadas e condenadas por Nossa Senhora em Quito e La Salette? Deve-se, infelizmente, temer que somente os castigos que virão serão capazes de abrir os olhos de tantas pessoas cegas.
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Essas formas impuras, que exaltam as formas do corpo e mostram a carne, revelam, como o Papa Pio XII diz, o que esta sociedade realmente é e aquilo que ele representa. Mas sabemos que esta sociedade, que promove estas modas impuras, é a mesma que promove a educação sexual para crianças, que vende e exibe contraceptivos e pornografia em todos os lugares, que aborta seus bebês e promove a homossexualidade. Como é, então, que as nossas mulheres cristãs podem seguir essas modas abomináveis, símbolos e expressões de todos esses crimes desta sociedade decadente? Que as nossas queridas senhoras católicas, que carregam a graça do batismo em suas almas, considerem sua responsabilidade ao fazê-lo! Que elas possam refletir sobre as lágrimas de Nossa Senhora do Monte de La Salette e que elas possam, por amor de Deus e de Maria, nunca mais seguir essas modas que estão arrastando almas para o inferno. Não é porque é a “última moda” e porque “todo mundo faz” que a falta de modéstia não é mais pecado. Deus não mudou Sua lei, e as palavras do Espírito Santo pela boca de São Paulo ainda se aplicam em 2003!*
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Ora, as obras da carne são manifestas. São elas: fornicação, impureza, imodéstia… Eu digo a você, como eu já predisse a vocês, que os que cometem tais coisas não irão obter o reino de Deus. (Gl 5,19-21)
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Saibam e entendam que nenhum fornicador, ou impuro, ou avarento (por que é idolatria) tem qualquer herança no reino de Cristo e de Deus. Que ninguém vos engane com palavras vãs, pois é por causa destas coisas que a ira de Deus vem sobre os filhos da desobediência. Então, não se tornem cúmplices deles. (Ef 5,5-7)
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Mais uma vez, vamos prestar atenção ao aviso de Nossa Senhora: “Virá um tempo em que certas modas ofenderão muito Nosso Senhor. As pessoas que servem a Deus não devem seguir esses estilos.” (Nossa Senhora de Fátima, 1917). Estas “certas modas” são as de hoje que estamos denunciando “na estação, fora da estação”, porque muitos perderam o senso de decência e ignoram completamente a nobreza e o valor de modéstia. Tão poucos ouvem as advertências de Nossa Senhora! É muito mais fácil seguir as modas do mundo, a fim de evitar ser retratado como “antiquado”, “tacanho”,” fanático”, e assim por diante. Então muitos católicos, infelizmente, acham que esta questão de moda é uma questão sem importância, e nós poderíamos ter concordado com eles, se só a Virgem Maria, São Paulo, os Papas e tantos santos não tivessem insistido tanto sobre este assunto, indicando que ele está longe de ser apenas uma ninharia. Aqui está o que Jacinta, repetindo quase palavra por palavra da advertência de Nossa Senhora, tem a dizer sobre isso: “Os pecados que lançam a maioria das almas para o inferno, são os pecados de impureza. Certos estilos que serão inventados irão ofender muito Nosso Senhor. As pessoas que servem a Deus não devem seguir essas modas.”.
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UM PLANO MAÇÔNICO
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Aqui reside a chave para este mistério ou lógica mencionada acima. Como é possível que essas modas que ofendem muito Nosso Senhor, e que eram antes a marca distintiva da profissão mais famosa do mundo, têm vindo a ser adotadas por famílias cristãs? A pequena Jacinta, inspirada por Nossa Senhora, responde a questão e nos diz que essas modas serão inventadas. Estejamos bem conscientes, meus caros amigos, que foram inventadas por ninguém menos que a seitas Maçônicas que tem a intenção de servir ao diabo e destruir a Igreja Católica. Por favor, preste especial atenção ao que eles têm a dizer sobre essa invenção diabólica que eles têm fomentado em suas Lojas:
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“O catolicismo não teme uma espada muito afiada mais do que os monarquias temiam. Mas estes dois fundamentos da ordem social podem entrar em colapso sob a corrupção; nunca nos cansemos de corrompê-los. Tertuliano estava certo em dizer que do sangue dos mártires nascem cristãos; não vamos fazer mártires; mas vamos popularizar o vício entre as multidões; que eles possam respirar isso por meio de seus cinco sentidos; que eles possam beber e ficar saturados. Faça corações perversos e não haverá mais católicos.
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É a corrupção em grande escala que empreendemos… a corrupção que deve um dia permitir-nos conduzir a Igreja à sua sepultura. Ultimamente, eu ouvi um dos nossos amigos rindo filosoficamente sobre nossos projetos, dizendo: “Para destruir o catolicismo, devemos acabar com as mulheres.” A ideia é boa de certa forma, mas já que não consegue se livrar das mulheres, vamos corrompê-las com a Igreja. Corruptio optimi, pessima. A melhor adaga para atacar a Igreja é a corrupção.” (Carta de Vindice para Nubius; [pseudônimos dos 2 líderes da Alta Vendita Italiana] datada de 09 de agosto de 1838)
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Esta carta revelando a invenção diabólica denunciada por Jacinta foi escrita apenas oito anos antes da mensagem de Nossa Senhora em La Salette! Nós temos a forte impressão ao ler a mensagem de La Salette e esta carta de Vindice, de que Nossa Senhora, em certo sentido, fez o último alerta público à Igreja e a todos os católicos contra o perigo vindo deste ataque vicioso e diabólico pelos Maçons. É uma pena que tantos católicos desistiram desta batalha pela modéstia quando os Maçons não desistiram! Se para os católicos liberais a modéstia não tem importância, certamente não é assim para eles! Esta citação de uma carta escrita noventa anos depois da de Vindice, mostra a determinação e a tenacidade impressionante com as quais eles têm feito frutificar o seu plano.
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“A religião não teme a ponta da adaga, mas pode desaparecer sob a corrupção. Não vamos nos cansar corrompê-la: nós podemos usar um pretexto como esporte, higiene, saúde. É necessário corromper, que nossos meninos e meninas pratiquem o nudismo no vestuário. Para evitar muita reação, seria preciso progredir de forma metódica: despirem-se, em primeiro lugar até o cotovelo, em seguida, até os joelhos, em seguida, braços e pernas completamente descobertos, mais tarde, a parte superior do tórax, os ombros, etc. etc.” (Revista Internacional da Maçonaria, 1928).
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Por isso, meus queridos amigos, é de joelhos e em nome de Nossa Senhora que eu peço, depois de ler essas citações à luz das três grandes mensagens de Nossa Mãe do Céu, para compreender de onde essas modas imodestas e indecentes vêm. Elas são a realização de um plano diabólico para destruir suas famílias, a sociedade e a Igreja Católica. Este colapso de todos os valores morais, que destroem tudo que leva o nome de Cristo, foi anunciado por Nossa Senhora para os tempos em que estamos agora. É por isso que, depois de termos sido informados desse plano maçônico e das mensagens de Nossa Senhora, já não podemos ingenuamente pensar que essas “novas modas” são apenas o resultado normal das mudanças na sociedade e que elas não são tão seriamente erradas quanto eram antes! Não, meus caros amigos, não sejam seduzidos pelo canto das sereias dos tempos modernos e não pensem que esta maré suja, que tem devastado nossos países ocidentais e a Igreja, é uma evolução dos costumes inocentes que podemos seguir impunemente.
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É por isso que, com Maria e por Maria, peço-lhe novamente, pela santificação e salvação de sua alma: “Não sigam essas novas modas, elas ofendem muito Nosso Senhor e elas levam as almas para o inferno”.
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As palavras de Nossa Senhora, o ensinamento dos Papas, os exemplos dos santos e o conhecimento dos planos diabólicos da Maçonaria para destruir a Igreja Católica através da imodéstia e “liberalização” da mulher devem ser suficientes para convencer todos os católicos a impedir tais modas e princípios de entrar em suas casas. Mas não nos esqueçamos de que este ensinamento de Nossa Senhora e da Igreja é antes de tudo e principalmente com base no ensinamento de Nosso Senhor no Evangelho e nas abundantes referências nas epístolas de São Paulo sobre este assunto. Quando Jesus diz: “Mas eu vos digo que quem olhar com cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração” (Mt. 5,28), podemos estar certos de que se os homens são seriamente culpados pelo seu olhar de cobiça sobre as mulheres, também, as mulheres certamente não são inocentes por oferecerem novamente a maçã para comer, nem por quebrar as normas da modéstia estabelecidas pela Igreja. É então sobre essa declaração clara de Nosso Senhor que devemos basear o nosso julgamento em relação à moda, música moderna, danças, filmes, e todos esses tipos de entretenimento. A questão que um católico deve se perguntar sobre essas coisas não é se elas são atuais, na moda, ou se todo mundo está fazendo isso, mas se são para si e para outros uma ocasião de pecado. Não é por outra razão, por exemplo, que a música Rock’n ‘Roll é tão má, porque essa música e sua dança são uma incitação direta e voluntária às paixões e todos os tipos de impureza. “Foge do pecado como da face de uma serpente, pois se tu vens perto deles, eles vão tomar conta de ti” (Eclesiastes 21,2).
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Coragem! A Graça tem abundado ainda mais!
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Bem, meus queridos amigos, agora é tempo de concluir esta carta já muito longa, e recomendo a vocês novamente uma maior vigilância nestes tempos conturbados sobre as vossas almas e as almas de seus filhos. Nossas almas estão, de fato, em maior perigo nestes dias dos últimos tempos, mas não vamos desanimar e não nos esqueçamos de que Deus, em Sua infinita misericórdia nos dará ainda mais abundantes graças para superar essa dificuldade tremenda. Ele prometeu que Ele nunca nos deixará ser tentados além de nossas forças, e São Paulo nos assegura que: “onde a ofensa tiver abundado, a graça tem abundado ainda mais” (Rom. 5,20).
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Vão então com confiança a esta fonte de graças que é o Sagrado Coração de Jesus, e Ele derramará Sua misericórdia em abundância nas vossas almas. Consagrem as suas famílias ao Coração Sacratíssimo de Jesus e rezem o rosário todos os dias com toda a família. Lembre-se das palavras da Irmã Lúcia: “Agora é necessário que cada um de nós comece a reformar-se espiritualmente” É por isso que eu sinceramente incentivo-os a ir a um bom retiro em Bristol, a fazer todos os esforços possíveis para ir regularmente à confissão, e para fazer de suas comunhões fervorosas e frequentes os mais importantes e solenes momentos da sua vida. Que o Imaculado Coração de Maria seja o refúgio que levará suas almas ao céu, e que ela possa manter sempre as vossas famílias queridas sob a sua mais especial proteção.
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Pe. Jacques Emily é da FSSPX.
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Original aqui.
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Nota da tradutora:
*Ou 2012…

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Fonte: SPES

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De la misma manera que Israel del Antiguo Testamento tuvo una historia muy perturbada a causa de las continuas infidelidades hacia Dios, muy seguido ocasionadas por sus jefes y levitas, así la Iglesia militante en este mundo conoce sin cesar períodos de pruebas a causa de la infidelidad de sus clérigos, por sus compromisos con el mundo.

Cuando los escándalos vienen de lo alto, más provocan desastres. Cierto, la Iglesia en ella misma guarda toda su santidad y sus fuentes de santificación, pero la ocupación de sus instituciones por papas infieles, y por obispos apostatas, arruinan la fe de sacerdotes y de fieles, esteriliza los instrumentos de la gracia, favorece los ataques de todas las potencias del Infierno que parecen triunfar.

Esta apostasía hace de sus miembros unos adúlteros cismáticos opuestos a toda tradición, en ruptura con el pasado de la Iglesia y en consecuencia con la Iglesia de hoy, en la medida en que ella continúa fiel a la Iglesia de Nuestro Señor.
Todo el que permanece fiel a la verdadera Iglesia es objeto de persecuciones salvajes y continuas.
Pero nosotros no somos los primeros perseguidos por los falsos hermanos por haber guardado la fe y la tradición; el Martirologio nos lo enseña todos los días. Más la Iglesia es ultrajada, más nosotros debemos apegarnos a Ella, cuerpo y alma, más nosotros debemos esforzarnos en defender y asegurar su continuidad profundizando en sus tesoros de santidad para reconstruir la Cristiandad.
ELLOS TRABAJAN PARA LA DESTRUCCION DE LA IGLESIA, NOSOTROS POR EL REINADO DE NUESTRO SEÑOR JESUCRISTO.
Semper Fidelis.

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Fonte: SPES

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ENTREVISTA A S.E.R. MONSEÑOR BERNARD FELLAY

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“SE PRESIONA A LA SANTA SEDE CONTRA NOSOTROS”
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(ENTREVISTA CONCEDIDA EN MENZINGEN EL 31 DE JULIO A LA AGENCIA ITALIANA APCOM)
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Apcom: El Papa se encuentra en Val D’Aosta de vacaciones. Ud. se encuentra a dos pasos de él. ¿Tuvo algún contacto, o lo ha habido entre Ud. y los colaboradores de él?
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Monseñor Fellay: No, en modo alguno. No hubo ningún contacto. Tenemos que dejar tranquilo al Papa durante sus vacaciones. Las cosas siguen su curso en el Vaticano, con las personas encargadas de las discusiones. Pero no hemos querido interrumpirlo. Son sus vacaciones.
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Apcom: Monseñor Fellay, ¿piensa Ud. ir a Roma próximamente? ¿Ha sido ya fijada la fecha de las conversaciones? ¿Ya ha delineado la composición de su comisión? ¿Cuántas personas la integran?
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Monseñor Fellay: Por el momento no ha sido fijada ninguna fecha de inicio de las conversaciones, pero podemos prever que esto sucederá durante el otoño. Entonces iré a Roma, pero en estos momentos no hay nada concreto. La Comisión ya ha sido conformada por tres o cuatro personas, pero aún no podemos publicar sus nombres; ésto, para evitar que se ejerza toda forma de presión.
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Apcom: ¿Piensa Ud. que en el Vaticano hay excesiva sensibilidad respecto a las expectativas del mundo judío, tanto sobre el “tema Williamson”, cuanto respecto a la oración del Viernes Santo?
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Monseñor Fellay: Sí, así lo creo. Estoy preocupado —aparte de lo que ha pasado en el caso de Monseñor Williamson— al ver que los judíos intervienen en los asuntos de la Iglesia católica. No es su religión. Que nos dejen tranquilos. Son cuestiones que conciernen a la Iglesia católica. Si queremos rezar por los judíos, rezaremos por los judíos y de la manera que queramos. No sé si ellos rezan por nosotros; para mí ese es un problema de ellos.
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Apcom: ¿Así, pues, que el Papa y el Vaticano sufren presiones de parte del mundo judío?
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Monseñor Fellay: Por supuesto. Es un tema extremadamente delicado y candente, y pienso que debemos salir de esta atmósfera, la cual no es buena. Ha tenido lugar una desafortunada convergencia de acontecimientos, que nunca debería haber sucedido. La cólera de los judíos es comprensible en ese contexto. La entiendo y no estoy de acuerdo con lo que pasó.
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Apcom: En el Motu Proprio “Unitatem ecclesiam” el Papa considera que “las cuestiones doctrinales subsisten, y mientras no sean resueltas, la Fraternidad San Pío X no gozará de ningún estatuto canónico en la Iglesia, y sus ministros no podrán ejercer legítimamente ningún ministerio”. ¿Qué piensa Ud.?
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Monseñor Fellay: Creo que la situación casi no cambió. Lo que ha cambiado, es que esta nueva disposición determinará nuestras conversaciones sobre las cuestiones doctrinales. Pero en eso no hay que ver un cambio: es un proceso que continúa y que ya habíamos solicitado en el año 2000. El camino prosigue su curso. Lo que el Papa dice, se mantiene en la línea del discurso habitual de Roma desde 1976; por tanto, no es nuevo. Nosotros tenemos una posición clara, en la cual nos mantenemos desde hace mucho tiempo y que seguiremos manteniendo, aún cuando estemos en oposición a la ley; existen serias razones que justifican el hecho de ejercer legítimamente este ministerio. Y ellas son las circunstancias en las que se encuentra la Iglesia y que llamamos “estado de necesidad”. Así, por ejemplo, cuando un país es azotado por una gran catástrofe, la cual deja fuera de juego la estructura ordinaria del mismo, el sistema cae en crisis, y entonces, todos los que pueden ayudar, ayudan. Por tanto, esto no nace de nuestra voluntad personal, sino de la necesidad de los fieles, que precisa de la ayuda de todos cuantos pueden ayudar. Este estado de necesidad está suficientemente generalizado en la Iglesia —existen, por cierto, algunas excepciones—, a fin de legitimar conscientemente el ejercicio legítimo del apostolado.
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Apcom: ¿Qué estatuto jurídico desearía Ud. para la Fraternidad San Pío X? ¿Una prelatura, un instituto de vida apostólica, alguna otra forma?
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Monseñor Fellay: Eso, evidentemente, dependerá de Roma, en cuanto autoridad que decide sobre esta estructura. Su intención proyecta la voluntad de respetar lo más que se pueda la realidad concreta que nosotros encarnamos. Mi expectativa se centra en que seamos suficientemente protegidos en el ejercicio del apostolado, a fin de poder hacer el bien, sin ser constantemente obstaculizados en la acción, recurriendo a razones jurídicas. El deseo es el de una prelatura, aún cuando yo no tengo mayor preferencia. Yo no puedo pronunciarme al respecto, ya que todo depende de Roma.
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Apcom: Para Monseñor Williamson, el Concilio Vaticano II es “un plato envenenado” que hay que tirar a la basura. Para Monseñor Tissier de Mallerais, el Concilio debe ser “anulado” y para Monseñor Alfonso de Galarreta “no hay gran cosa que rescatar” del Concilio. ¿Hay una división en el seno de la Fraternidad San Pío X? ¿Cómo piensa resolverla? El Vaticano afirma que hay disensiones en el seno de la Fraternidad.
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Monseñor Fellay: Me permito decir que yo tampoco veo que haya unión en el Vaticano. Nosotros no somos el problema que la Iglesia tiene hoy en día. Nos convertimos en un problema sólo porque decimos que existe un problema. Además, aún si se puede tener la impresión de que se hagan declaraciones opuestas e incluso contradictorias, no existen fracturas internas en nosotros. Así, por ejemplo, respecto al Concilio, podemos decir que hay que rechazar prácticamente todo. Sin embargo, de otra parte, podemos decir igualmente que hay que intentar salvar lo que podría serlo. Con todo, no todos podremos decir siempre la misma cosa. El Concilio es una mezcla: hay bueno y malo. Incluso el Papa, cuando afirma que hay que hacer una hermenéutica de la continuidad y no de ruptura, rechaza el Concilio interpretado como una ruptura.
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Apcom: Monseñor Williamson, ¿es un problema?
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Monseñor Fellay: Es un problema completamente accesorio. Lo que dijo no tiene nada que ver con la crisis de la Iglesia, con el problema de fondo que tenemos entre manos desde hace treinta años a esta parte y a resultas del Concilio; es un tema histórico. La cuestión de saber cuántos y cómo han sido muertos los judíos no es materia de fe, ni religiosa; es un asunto histórico. Claro, estoy convencido que Monseñor Williamson no ha tratado este asunto como el debía haberlo hecho; y por eso yo tomo distancia. Pero respecto a las posiciones religiosas de la Fraternidad en relación al Concilio, yo no veo que haya ningún problema con él.
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Apcom: Monseñor Williamson dice que el Concilio es “un plato envenenado que hay que tirar a la basura”. ¿No le parece que esta frase es un poco fuerte? ¿Está Ud. de acuerdo?
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Monseñor Fellay: Es una frase polémica, pero yo no la condeno. Hoy en día, se suelen hacer declaraciones de tono polémico. Es una provocación, para intentar hacer pensar a la gente. Yo traduciría este concepto de modo distinto. Diría que tenemos que superar el Concilio para volver a aquello que la Iglesia siempre ha enseñado, a aquello de lo cual no puede separarse. De hecho, en cierto momento tendremos que superar el Concilio, que ha querido ser pastoral y no doctrinal; que quiso considerar la situación contingente de la Iglesia. Las cosas cambian… y muchos puntos del Concilio ya están superados…
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Apcom: Monseñor Williamson prometió callarse pero continúa hablando. ¿Será sancionado? ¿Será expulsado, si continúa afirmando que un compromiso con Roma en punto al Concilio es imposible?
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Monseñor Fellay: No es verdad que Monseñor Williamson hable frecuentemente. Lo hace raramente… Una vez dijo algo… y seguidamente nosotros no le pedimos que no opine sobre todas las cosas. El campo sobre el cual le mandamos guardar silencio era muy limitado. Su intervención fue puntual. Yo la minimizo al máximo… es poca cosa… y actualmente yo no veo ninguna razón que justificase su expulsión. Eso depende de él, de la situación en la que él se puso. Por el momento tiene una causa abierta. Dañó gravemente su reputación. Hoy por hoy, yo no pienso más que en la situación en la que él ya se encuentra. Todo dependerá de lo que diga. Ya está suficientemente castigado, alejado y relevado de funciones.
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Apcom: ¿Sobre el Concilio, ¿aceptaría Ud. un compromiso con Roma?
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Monseñor Fellay: Nosotros no debemos hacer ningún compromiso sobre el Concilio. No tengo ninguna intención de hacer un compromiso. La verdad no se aviene con el compromiso. Nosotros no queremos un compromiso. Pedimos que se examine el Concilio.
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Apcom: Las recientes ordenaciones sacerdotales han sido vistas como una provocación. ¿No hubiese sido mejor evitarlas en este momento delicado?
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Monseñor Fellay: No han sido una provocación. Algunos obispos aprovecharon la ocasión para gritar que fueron una provocación. Sin embargo, ni para nosotros ni para Roma se trata de una provocación. Evitarlas se equipararía a detener la respiración de una persona. Somos una congregación sacerdotal, cuyo objetivo es formar sacerdotes. Por tanto, impedir el acto último de formación que representa la ordenación, equivale a impedir que uno respire. Además, habían sido previstas y sabíamos desde siempre que la revocación de la excomunión creó una situación nueva, que es mejor que la precedente, pero que, con todo, no es perfecta. Para nosotros es normal continuar con nuestras actividades, y así, con las ordenaciones.
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Apcom: El diario “L’Osservatore Romano” ha hablado de Calvino, Michael Jackson, Harry Potter, Oscar Wilde. ¿Qué piensa Ud.?
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Monseñor Fellay: Antes que nada lo que me pregunto es: el papel de “L’Osservatore Romano”, ¿es verdaderamente ocuparse de estas cosas? Esa es mi primera pregunta. Y la segunda es: lo que dicen sobre estas personas, ¿es verdaderamente exacto? Yo tengo un juicio más bien crítico sobre sus artículos.
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Apcom: ¿Cree Ud. que con este Papa se podrá finalmente llegar a solucionar este viejo asunto de los lefebvristas?
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Monseñor Fellay: Pienso que, ciertamente, hay una buena perspectiva. Creo que debemos rezar mucho ya que son cuestiones muy delicadas. Hace cuarenta años que nos hallamos en esta situación, no por cuestiones personales, sino verdaderamente por cosas serias, que hacen a la fe y al futuro de la Iglesia. Vemos que el Papa tiene ciertamente una voluntad auténtica de ir al fondo del problema. Y eso lo saludamos con satisfacción. Rezamos y esperamos que con la gracia de Dios llegaremos a un buen fin, tanto para la Iglesia como para nosotros.
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Apcom: ¿Qué piensa Ud. de Benedicto XVI?
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Monseñor Fellay: Es una persona íntegra, que se toma muy en serio la situación y la vida de la Iglesia.

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Fonte: SPES

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UM CAPÍTULO

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Como muitos de vocês sabem, um bispo foi excluído do Capítulo Geral ou uma reunião dos chefes da Fraternidade São Pio X, que se realizou no mês passado em Écône, Suíça. Para confirmar a exclusão, ao que parece, fez-se uso da adaptação de “Comentários Eleison” (# 257, 16 de junho) do desejo aparentemente assassino de São Paulo de que os corruptores da fé católica fossem “cortados” (Gálatas V, 12). Na verdade, Ambrósio, Jerônimo, Agostinho e Crisóstomo pensaram, todos, que o desejo expresso por São Paulo no contexto de Gálatas V, 1-12 aponta para a amputação da virilidade dos judaizantes e não para suas próprias vidas, e Crisóstomo o interpreta como uma brincadeira.
No entanto, quando me inteirei do uso tão sério que se fez da brincadeira no Capítulo, tenho de admitir que tive uma visão travessa: imaginei meus nobres colegas na sede da FSSPX olhando pelas janelas de noite para ver se não estaria ali o espigado inglês episcopal disfarçado de Jack, o Estripador, à espreita entre os arbustos com uma faca carniceira brilhante ao luar, procurando alguém para cortá-lo em pedaços. Prezados colegas, durmam tranquilos, que não tenho ambições homicidas. Honestamente!
Mas o Capítulo foi algo sério. O que foi que produziu? Sobretudo, uma Declaração, tornada pública alguns dias depois, e seis condições para qualquer acordo entre Roma e a FSSPX, vazadas na Internet imediatamente depois (levando em consideração que tantas almas confiam atualmente sua fé e sua salvação à orientação da FSSPX, julgo razoável esse vazamento). Pois bem, honra aos bons homens do Capítulo que por todos os meios fizeram o melhor que puderam para limitar o dano, mas, se a Declaração e as condições nos dão a atual mentalidade dos líderes da Fraternidade em conjunto, então há motivos para preocupação.
Quanto à Declaração de 2012, é suficiente compará-la por alguns momentos com a Declaração de 1974 de Monsenhor Lefebvre para perguntar-se o que aconteceu com sua Fraternidade. Enquanto o Arcebispo explícita e repetidamente denuncia a reforma operada pelo Vaticano II (nascido do Liberalismo e do Modernismo, envenenado até a medula, proveniente da heresia e terminado em heresia) com palavras que fizeram abater-se sobre ele a ira dos Papas conciliares, a Declaração de 2012, ao contrário, refere-se somente uma vez ao Concílio com suas “novidades” tão só “tingido de erros”, em termos que podemos imaginar Bento XVI subscreveria do princípio ao fim. A FSSPX agora pensa que os Papas conciliares não representam sérios problemas?
E, quanto às seis condições para qualquer acordo futuro entre Roma e a FSSPX, merecem um exame detalhado, mas é suficiente dizer aqui e agora que o requerido pelo Capítulo Geral da FSSPX em 2006 com respeito ao que seria um acordo doutrinal prévio ao acordo prático parece ter sido completamente abandonado. Agora o pensamento da FSSPX é que a doutrina dos romanos a quem ela se submeteria já não é tão importante? Ou será que a FSSPX está sucumbindo ao encanto do Liberalismo?
Para um ponto de vista contrário, permito-me recomendar a coleção de “Sermões e Conferências Doutrinais” de Sua Excelência Jack, o Estripador, de 1994 a 2009, agora disponíveis em sete CDs por http://truerestorationpress.com/node/52 com descontos especiais para quem os comprar até o fim deste mês. Não que cada palavra destas gravações seja de ouro – algumas são sem dúvida muito temperamentais –, mas ao menos seu esforço aponta para estripar os inimigos e não os amigos de nossa Fe Católica.
Kyrie eleison.

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“Não quero repetir o óbvio, mas, na verdade, a vida começa na fecundação. Quando os 23 cromossomos masculinos se encontram com os 23 cromossomos da mulher, todos os dados genéticos que definem o novo ser humano estão presentes. A fecundação é o marco do início da vida. Daí pra frente, qualquer método artificial para destruí-la é um assassinato”. (Jérôme Lejeune, descobridor da síndrome de Down)

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Fonte: SPES

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5/Agosto/2012

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Foi acusado de querer impor sua fé católica no meio científico e lhe negaram o Prêmio Nobel. Cortaram-lhe os fundos para suas pesquisas. De repente se converteu em um pária.
“Se esse cromossomo (extra no. 21) pudesse ser silenciado, a criança poderia ser normal. … E este é realmente o futuro da medicina, reparar o código genético. … A dificuldade esbarra em que se gasta muito dinheiro em realizar o diagnóstico e em matá-las, ao ponto em que se pudéssemos ter só uns 10% deste dinheiro para pesquisa, poderíamos já ter conseguido a cura” (Dr. Jérome Lejeune – Pai da genética moderna).
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Jérôme Lejeune é reconhecido por sua fidelidade à Igreja Católica assim como por sua excelência como cientista. Aos 33 anos de idade, em 1959, publicou sua descoberta sobre a causa da síndrome de Down, a trissomia 21.
Em 1962 foi indicado como especialista em genética humana na Organização Mundial da Saúde (OMS) e, em 1964, foi nomeado Diretor do Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França e, no mesmo ano, criou-se para ele, na Faculdade de Medicina da Sorbona, a primeira cátedra de Genética fundamental.
O professor Lejeune era reconhecido por todos. Esperava-se que recebesse o Prêmio Nobel. Mas, em 1970, opôs-se firmemente ao projeto de lei do aborto eugenista da França. Isto causou sua queda em “desgraça” diante do mundo. Preferiu manter-se em graça diante da verdade e de Deus: matar a uma criança por estar doente é um assassinato. Sempre utilizou argumentos racionais fundamentados na ciência.
Levou a causa pró-vida às Nações Unidas. Referiu-se à Organização Mundial da Saúde dizendo: “eis aqui uma instituição para a saúde que se transformou em uma instituição para a morte”. Nessa mesma tarde escreveu para sua esposa e filha, dizendo: “Hoje perdi meu Prêmio Nobel”.  Tinha razão. Não lhe foi dado. Não queriam um cientista que se opusesse à agenda abortista.
LeJeune também rejeitou os conceitos ideológicos (conceito não científico) que são utilizados para justificar o aborto, como o de “pré-embrião”.
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Texto adapatado da entrevista de Clara Lejeune-Gaymard, filha do Dr. Lejeune, à Carrie Gress, com motivo da publicação do livro A vida é uma benção: Biografia de Jérôme Lejeune, em 2011:
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Quando ele fez a descoberta da trissomia 21, poderia tê-la chamado “Lejeune”, como fazem muitos cientistas quando realizam descobertas. Mas ele não era esse tipo de homem e pretendia realizar duas coisas.
A primeira tinha a ver com todas as coisas humilhantes que se diziam sobre as crianças com síndrome de Down – que a mãe havia tido um mal comportamento sexual ou que sua herança familiar era má. Estas crianças eram escondidas, especialmente na França ou no resto da Europa. Ele quis devolver a dignidade a estas crianças e a seus pais dizendo-lhes que estava em seu código genético e que não vinha de família nem de um mau comportamento. Também foi a primeira vez que se descobriu que uma doença podia vir do código genético, de maneira que se abria a porta à medicina genética e à compreensão de que um cromossomo podia ser a causa de uma doença. Seis meses antes da descoberta, dizia-se que era impossível que o código genético pudesse causar uma doença. Assim que ele conseguiu provar o contrário. E a segunda coisa que queria era proteger aos não nascidos. Era muito conhecido na França e muito conhecido também na comunidade científica porque ajudou a construir a primeira cátedra conhecida em genética em Israel e na Espanha e trabalhou com cientistas nos Estados Unidos. …
Em 1969, começou a campanha do aborto na Europa (França) e Estados Unidos. E desde que ele se declarou contra, fecharam-lhe todas as portas. Já não formou parte da atualidade. Ninguém o quis entrevistar quando realizou sua descoberta.
Creio que em 1971 foi aos Estados Unidos e realizou um discurso no Instituto Nacional para a Saúde e depois disto mandou uma mensagem a minha mãe, dizendo: “Hoje perdi meu Prêmio Nobel”. No discurso, ele falou sobre o aborto, dizendo, “vocês estão transformando seu instituto de saúde em um instituto de morte”. E isto não foi bem recebido.
Por isso ele foi tão odiado pelos partidários do aborto. Era difícil lutar contra ele porque seus argumentos eram de base científica.
A vida começa no mesmo instante da concepção, quando os cromossomos da mãe e os do pai se unem para formar um novo ser humano, que é absolutamente único. Todo o patrimônio genético está já ali. É como a música de Mozart na partitura. A vida inteira está já ali. Aos dois meses, o embrião já tem tudo, as mãos, os olhos, o corpo. É um corpo muito pequeno, mas depois de dois meses o único que faz é crescer.
Meu pai quis criar esta fundação quando ainda estava vivo, porque ele sabia que teria que retirar-se e queria que sua pesquisa continuasse.
O tratamento real não existe na atualidade, já que os pesquisadores estão trabalhando em solucionar este problema genético. O patrimônio genético das crianças é correto, simplesmente se repete como um disco arranhado. Meu pai sempre dizia que uma criança com síndrome de Down é mais criança que outras; é como se não estivesse de todo acabado. Assim que se esse cromossomo (21) pudesse ser silenciado, a criança poderia ser normal.
E este é realmente o futuro da medicina, reparar o código genético. Portanto, não é descabido que possamos tratá-los algum dia. A dificuldade esbarra em que se gasta muito dinheiro em realizar o diagnóstico e em matá-las, ao ponto em que se pudéssemos ter só uns 10% deste dinheiro para pesquisa, poderíamos já ter conseguido a cura.

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