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Archive for abril \28\-03:00 2012

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Número CCL (250) – 28 de abril de 2012
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Quer a Fraternidade Sacerdotal São Pio X decida finalmente passar por cima do desacordo doutrinal e entrar num acordo puramente prático com as autoridades da Igreja Conciliar em Roma quer não, as almas preocupadas com sua salvação eterna precisam entender, tanto quanto possível, o que está em jogo. Acerca disso um meu amigo acabou de me enviar uma síntese admirável do coração do problema:
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“De 2009 a 2011 as assim chamas “Discussões Doutrinais” tiveram lugar entre os peritos vaticanos e quatro teólogos da FSSPX. Essas discussões puseram de manifesto quão firmemente as autoridades romanas estão atadas aos ensinamentos do Vaticano II. Esse Concílio tentou reconciliar a doutrina católica com o conceito de homem desenvolvido pelo “Iluminismo” do século XVIII.
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“Assim, o Concílio declara que por causa da dignidade de sua natureza, a pessoa humana tem o direito de praticar a religião que escolher. Conseqüentemente a sociedade precisa proteger a liberdade religiosa e organizar a coexistência pacífica das várias religiões. Estas são convidadas a participar do diálogo ecumênico, desde que todas elas possuem sua própria parte de verdade.
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“Com efeito, tais princípios negam que Cristo seja verdadeiramente Deus, e eles negam que sua Revelação, o depósito de que a Igreja é guardiã, precisa ser aceita por todos os homens e todas as sociedades. Assim, a doutrina da liberdade religiosa, como foi expressa no documento Conciliar Dignitatis Humanae nº. 2, contradiz os ensinamentos de Gregório XVI em Mirari Vos, Pio IX em Quanta Curam, Leão XIII em Immortale Dei e Pio XI em Quas Primas. A doutrina expressa na Constituição Dogmática Lumen Gentium nº. 8, segundo a qual a Providência Divina usa as seitas acatólicas como meios de salvação, contradiz os ensinamento de Pio IX no Syllabus, Leão XIII em Satis Cognitum e Pio XI em Mortalium Animos.
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“Essas novas doutrinas que, junto com muitas outras, contradizem os ensinamentos formais e unânimes dos Papas anteriores ao Concílio, podem somente ser qualificadas, à luz do dogma católico, de heréticas.
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“Por isso, desde que a unidade da Igreja repousa sobre a integridade da Fé, é claro que a FSSPX não pode chegar a nenhum acordo, mesmo que apenas “prático”, com aqueles que possuem tais doutrinas.”
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Quando meu amigo acusa o movimento de emancipação intelectual do século XVIII conhecido como “Iluminismo” de estar na raiz do colapso dos clérigos do século XX, ele está fazendo exatamente a mesma coisa que o Arcebispo Lefebvre, quando disse aos seus padres, meio ano antes de morrer em 1991: “Quanto mais se analisa os documentos do Vaticano II… mais se percebe que o que está em jogo é… uma indiscriminada perversão da mente, uma filosofia completamente nova baseada na filosofia moderna, no subjetivismo… é uma versão completamente diferente da Revelação, da Fé e da filosofia… é verdadeiramente pavoroso.”
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Então, como se consegue fazer a mente voltar a sujeitar-se à realidade de Deus? Um meio seria apossar-se das Encíclicas papais mencionadas acima por meu amigo e estudá-las. Elas foram escritas para bispos, mas bispos conciliares não são confiáveis. Os leigos de hoje precisam tomar em suas mãos sua própria formação e seu próprio Rosário.
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Kyrie Eleison.

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Fonte: A grande guerra

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Extraído do blog SPES

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Carlos Nougué

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• Por seu liberalismo, o Magistério conciliar (ou seja, o que se vem sucedendo desde o Concílio Vaticano II) não só não impõe doutrina assistida pelo Espírito Santo, mas depõe a autoridade de que é investido para fazê-lo. Seus documentos doutrinais, portanto, em vez de imperar como lhes seriapróprio, são propostos a uma espécie de grande “debate democrático (e ecumênico)”, razão por que nunca cumpriram as chamadas quatro condições vaticanas para a infalibilidade.
• Mais que isso, porém, o conteúdo de tais documentos vai invariavelmente contra o verdadeiro magistério infalível de quase dois mil anos, e os atos legislativos e jurídicos dos papas conciliares não visam senão, exatamente, a interditar de algum modo a manutenção e defesa deste último. Seria ocioso dizer que tais atos são expressão de um governo propriamente maquiavélico e não têm nenhuma validade: precisamente porque não é válido nem lícito nenhum ato de governo que não decorra da Doutrina, que não derive da Verdade.
• Em palavras conclusivas: o Magistério conciliar e sua doutrina liberal e humanista não são efetivamente católicos, e só se podem dizer tais ao modo como um tumor canceroso é daquele que o porta. Conformam, em verdade, outra religião: a religião do homem.
• Por isso o SPES, como devido, diz e rediz: Não só não devemos ao Magistério conciliar e sua doutrina, enquanto são tais, nenhuma obediência e acatamento, mas devemos mover-lhes ininterrupta e intransigente[1] oposição católica.
• Uma prova mais da justeza desta linha é dada pelo catecismo para jovens chamado Youcat[2]e prefaciado por ninguém menos que Bento XVI. Vejamos alguns de seus caracteres.
1) Antes de tudo, a própria apresentação de Bento XVI. Caracteriza-se ela por duas coisas centrais:
a) A afirmação de que este catecismo para jovens se enquadra nos marcos da revolução conciliar: o Youcat não é senão um desdobramento do Catecismo da Igreja Católica encomendado aos bispos por João Paulo II. E, com efeito, diz Bento XVI:
› “Ele [tal Catecismo] deveria ter o título antiquado [sic] de Catecismo da Igreja Católica, mas deveria ser totalmente excitante e novo [sic]. Deveria mostrar aquilo em que a Igreja Católica hoje crê e como se pode crer razoavelmente [sic!].”
Ou seja, aquilo em que crê a religião do homem vitoriosa no Concílio Vaticano II. Sim, porque não é possível que a religião divinamente fundada tenha crido em algo ontem e creia hoje em outro algo, diferente. Trata-se, pois, efetivamente, de duas religiões.
b) A completa falta de referência ao papel que todo catecismo deveria ter em ordem à salvação eterna do homem. Nos antípodas dessa religião demasiado terrestre, cuja visão do mundo é, ela mesma, mundana e demasiado rósea, veja-se o que diz São Pio X na Encíclica Acerbo minis (sobre o ensino do Catecismo), comumente usada como Apresentação de seu Catecismo Maior:
› “O secretos desígnios de Deus Nos elevaram de Nossa pequenez ao cargo de Supremo Pastor de toda a grei de Cristo em dias demasiado críticos e amargos, pois o velho inimigo anda ao redor deste rebanho e lhe atira laços com tão pérfida astúcia, que agora, principalmente, parece ter-se cumprido aquela profecia do Apóstolo aos anciãos da Igreja de Éfeso: ‘Eu sei que […] se introduzirão entre vós lobos arrebatadores, que não pouparão o rebanho’ [At 20,29]. […] Quão comuns e fundados são, infelizmente, estes lamentos de que existe hoje um grande número de pessoas, no povo cristão, que vivem em suma ignorância das coisas que se devem conhecer para conseguir a salvação eterna!, [muitas das quais julgam poder] transpor tranquilamente os umbrais da eternidade sem ter satisfeito a Deus por seus pecados. […] a maior parte dos condenados às penas eternas padecem sua perpétua desgraça por ignorar os mistérios da fé, que necessariamente se devem saber e crer para que alguém se conte entre os eleitos. [Ora,] o ensino do Catecismo é aquele leite que o Apóstolo São Pedro queria que todos os fiéis desejassem sinceramente, como crianças recém-nascidas.”
Foi em ordem à salvação eterna, portanto, que a Igreja sempre prescreveu e elaborou seus Catecismos. Mas a apresentação papal do jovial Youcat nem sequer o refere, em meio a fumaças eaparências de tradição e religião de Deus.
2) Sim, fumaças e aparências de tradição e religião de Deus, como é próprio do modernismo ou liberalismo “católico”. Diz ainda São Pio X, na Pascendi, que ao lermos uma página modernista temos a impressão de estar diante da mais pura tradição ou ortodoxia católica; mas, quando a viramos, deparamos com algo perfeitamente contrário ao magistério infalível da Igreja – sempre, porém, envolto em obscuridades que visam a camuflar a heterodoxia. Pois é exatamente assim oYoucat: começamos a lê-lo e temos a impressão de estar no âmbito do mais estritamente tradicional, até que…
3) Antes, todavia, de vermos mais concretamente o que complementa este “até que…”, refiramos a moldura gráfica do Youcat. À margem do texto há um sem-fim de citações de autores ilustres: santos, teólogos, papas e documentos conciliares (vaticano-segundos, naturalmente) e… notórios inimigos da Igreja, como, entre outros, o pérfido Rousseau, Fauerbach,[3] et caterva. Naturalmente, objetarão: “Mas o que publicamos são palavras boas desses mesmos autores”. Falácia: não pode haver o mal absoluto em nenhum ente. Ora, mesmo os mais empedernidos heréticos algo de bom haverão de dizer. Nem por isso, no entanto, nunca nenhum catecismo da Igreja da religião de Deus citou nada de um Marcião, de um Ário, de um Lutero…
4) Agora, as muitíssimas “pérolas” do Youcat. Pescam-se aqui apenas duas ou três, o suficiente porém para demonstrar a verdadeira essência da obra como um todo, porque, com efeito, como sempre disse o magistério infalível e como sempre disseram nossos Doutores, ou a fé é íntegra, ou não é simpliciter fé. E, para melhor fazer ressaltar o caráter, digamos, ao menos heretizante de tais “pérolas”, confrontá-las-emos com passagens do Catecismo Maior (de São Pio X) ou do Catecismo Romano[4] a respeito dos mesmos pontos.
a1) Youcat sobre as Sagradas Escrituras: “Como pode a Sagrada Escritura ser ‘Verdade’, se nem tudo o que nela se encontra está correto? […] Também os autores [das Escrituras] eram filhos de seu tempo. Eles partilhavam as concepções culturais de seu ambiente, em cujos erros, por vezes, estavam presos. [Isso porque] a Bíblia não caiu do céu feita, nem Deus a ditou [senão] a verdadeiros autores”.
a2) Catecismo Maior sobre as Sagradas Escrituras: Não pode haver erro na Sagrada Escritura? Na Sagrada Escritura não pode haver erro algum, porque, sendo toda inspirada, o Autor de todas as suas partes é o próprio Deus.[5] Isso não obsta a que nas cópias e traduções da mesma Sagrada Escritura se tenha dado algum engano ou dos copistas ou dos tradutores” [destaque nosso].
b1) Youcat sobre o inferno: O que é o inferno? A nossa fé designa por ‘inferno’ o estado do definitivo distanciamento de Deus. […] Dito à nossa maneira, ele é mais frio que quente”.
b2) Catecismo Romano sobre o inferno: “A expressão ‘infernos’ designa os ocultos receptáculos em que são detidas as almas que não conseguiram a bem-aventurança do céu. […] Um [desses receptáculos] é a horrenda e tenebrosa prisão em que as almas réprobas são atormentadas num fogo eterno e inextinguível, juntamente com os espíritos imundos. Chama-se também ‘geena’ e ‘abismo’. É o inferno propriamente dito”.
c1) Youcat sobre o pecado original: “O que temos nós a ver com a ‘queda’ de Adão e Eva? A expressão ‘pecado original’ refere, portanto, não o pecado pessoal, mas o estado nocivo da humanidade em que nasce o indivíduo…”
c2) Catecismo Maior sobre o pecado original: “Que é o pecado original? O pecado original é aquele com que todos nascemos, exceto a Santíssima Vigem Maria, e que contraímos pela desobediência de nosso primeiro pai, Adão” [e que, portanto, foi um pecado pessoal deste].
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E basta, ao menos por ora, para demonstrar que ou a religião do homem – esse tumor maligno que se metastatizou em especial com e após o Concílio Vaticano II – nos nauseia a alma e nos faz afastar radicalmente dele, ou de algum modo ou em algum grau também já fomos atingidos por ele.
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[1] No preciso sentido dado a este adjetivo pelo Cardeal Pie de Poitiers, por exemplo.
[2] As citações que dele se farão aqui são extraídas da edição brasileira, da Paulus.
[3] Um dos fundadores do ateísmo moderno, autor das palavras seguintes: “Não foi Deus quem criou o homem; foi o homem quem criou Deus”…
[4]  Redigido por decreto do Concílio de Trento e publicado por ordem do Papa São Pio V.
[5] Enquanto tal, com efeito, o escritor sagrado humano é instrumento de Deus, e não “verdadeiro autor” como quer fazer crer o Youcat. Cf. o magnífico La causalité instrumentale dans l’ordre surnaturel (T. R. P. Edouard Hugon, Paris, Pierre Tequi Libraire-Editeur, 1924).

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Extraído do blog SPES

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Dom Felix Sardá y Salvany 

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Há vários modos pelos quais um católico, sem ser precisamente liberal, pode tornar-se cúmplice do Liberalismo. E é este um ponto mais prático ainda que o anterior e acerca do qual deve estar muito ilustrada e prevenida a consciência do fiel cristão nestes tempos.
É certo que há pecados de que nos tornamos réus, digamos assim, não por [verdadeiro e direto cometimento] deles, senão por cumplicidade ou convivência com seus autores, sendo de tal natureza esta cumplicidade que chega muitas vezes a igualar em gravidade a ação pecaminosa diretamente cometida. Pode, pois, e deve aplicar-se ao pecado do Liberalismo quanto sobre este ponto da cumplicidade ensinam os tratadistas de Teologia moral.
O nosso objeto não é outro que deixar apontados aqui brevemente os principais modos pelos quais acerca do Liberalismo se costuma contrair hoje em dia esta cumplicidade.
1.° Filiando-se formalmente num partido liberal. É a cumplicidade maior que pode dar-nos nesta matéria, e mal se distingue da ação direta a que se refere. Muitos há que, em seu claro juízo, veem toda a falsidade da doutrina do Liberalismo e conhecem seus sinistros propósitos e abominam sua detestável história. Mas, ou por tradição de família, ou por hereditários rancores, ou por esperanças de vantagens pessoais, ou por consideração a favores recebidos, ou por temor de danos que lhes possam sobrevir, ou por qualquer outra coisa, aceitam um posto no partido que sustenta tais doutrinas e abriga tais propósitos, e permitem os contem publicamente entre seus adeptos, honrando-se com o seu apelido o trabalhando debaixo da sua bandeira. Estes infelizes são os primeiros cúmplices, os grandes cúmplices de todas as iniquidades do seu partido; e também, sem conhecê-las minuciosamente, são verdadeiros coautores delas se participam de sua imensa responsabilidade. Assim, temos visto em nossa pátria homens muito de bem, excelentes pais de família, honrados comerciantes ou artistas, figurar em partidos que têm em seu programa usurpações e rapinas, que nenhuma honradez humana pode justificar. São, pois, responsáveis diante de Deus por estes atentados, como o tal partido que os cometeu, sempre que esse partido os considere não como fato acidental, mas como lógico procedimento seu. A honradez de tais sujeitos só serve para tornar mais grave esta cumplicidade; porque é claro que, se um partido mau se não compusera senão de malvados, não haveria grande motivo para temê-la. O horrível é o prestígio que a um partido mau dão as pessoas relativamente boas, que o honram e recomendam, figurando em suas fileiras.
2.° Da mesma forma, sem estarem formalmente filiados num partido liberal, antes fazendo protestação pública de não pertencer a ele, contraem também cumplicidade liberal os que manifestam por ele simpatias públicas, elogiando seus personagens, defendendo ou desculpando seus periódicos, tomando parte em seus festejos. A razão é evidente. O homem, sobretudo, se vale alguma coisa por seus talentos ou posição, faz muito em favor de qualquer ideia só com mostrar-se em relações mais ou menos benévolas com seu fautores. Dá mais com o obséquio de seu prestígio pessoal do que se desse dinheiro, armas ou qualquer outro auxílio material. Assim, por exemplo, honrar um católico, sobretudo se é sacerdote, um periódico liberal com a sua colaboração, é manifestamente favorecê-lo com o prestígio da sua firma, ainda que com ela se não defenda a parte má do periódico, ainda que discorde nesta parte má. Dir-se-á talvez que com escrever ali se logra fazer ouvir a voz do bem por muitos que em outro periódico a não escutariam. É verdade, porém também a firma do homem bom serve ali para abonar tal periódico a vista dos leitores pouco hábeis em distinguir as doutrinas de um redator das do seu vizinho: e assim, o que se pretendia fosse contrapeso ou compensação do mal, se converte para a generalidade em efetiva recomendação dele. Mil vezes o tenho ouvido: “É mau tal periódico? Pois não escreve nele F. ..?” Assim discorre o vulgo, e vulgo somos quase a totalidade do gênero humano. Por desgraça é frequentíssima em nossos dias esta cumplicidade.
3.° Comete-se verdadeira cumplicidade votando em candidatos liberais, ainda que não se votem por serem tais, mas pelas opiniões econômicas ou administrativas, etc., daquele deputado. Por mais que numa questão destas possa tal deputado estar conforme com o catolicismo, é evidente que nas outras questões há de falar e votar segundo o critério herético, e tornar-se-á cúmplice de suas heresias o que o colocou na posição de escandalizar com elas o país.
4.° É cumplicidade subscrever para o periódico liberal, ou recomendá-lo no periódico são pelo falso pretexto de camaradagem, ou lamentar por motivos análogos de falsa cortesia seu desaparecimento ou suspensão. Ser assinante de um periódico liberal é dar dinheiro para fomentar o Liberalismo; mais ainda, é ocasionar que outro incauto se decida a lê-lo, vendo que vós o assinais; é além disto propinar à família e aos amigos da casa uma leitura mais ou menos envenenada. Quantos periódicos maus deveram desistir da sua ruim e maléfica propaganda se os não apoiassem certos assinantes simplórios! O mesmo diremos da frase de gaveta entre os [periodiqueiros]: nosso estimado colega, ou esta outra, de desejar-lhe bom número de assinaturas, ou a mais comum —sentimos a perda do nosso colega, tratando-se do aparecimento ou desaparecimento de um periódico liberal. Não deve haver estes compadrios entre soldados de tão oposta bandeira, como são a de Deus e a de Satanás. Ao cessar ou ser suspendido um periódico destes devem dar-se graças a Deus por ter Sua Divina Majestade um inimigo de menos; ao anunciar-se sua aparição deve, não saudar-se, mas lamentá-la como uma calamidade.
5.° É cumplicidade administrar, imprimir, vender, distribuir, anunciar ou subvencionar tais periódicos ou livros ainda que seja fazendo-o ao mesmo tempo, com os bons, por mera profissão industrial ou como meio material de ganhar o sustento diário.
6.° É cumplicidade dos pais de família, diretores espirituais, donos de estabelecimentos, catedráticos e mestres calar quando são perguntados sobre estas coisas; ou simplesmente não as explicar quando têm obrigação, para ilustrar as consciências de seus subordinados.
7.° É cumplicidade às vezes ocultar a convicção própria boa, dando lugar à suspeita de a ter má. Não se esqueça que há mil ocasiões em que é obrigação do cristão dar público testemunho da verdade, mesmo sem ser formalmente exigido.
8.° É cumplicidade comprar propriedades sagradas ou de beneficência, sem o beneplácito da Igreja, ainda que as ponha em hasta pública a lei da desamortização, a não ser que se comprem para as restituir a sou legítimo dono. É cumplicidade remir foros eclesiásticos sem permissão do verdadeiro senhor deles, ainda que se apresente muito lucrativa a operação. É cumplicidade intervir como agente em tais compras e vendas, publicar os anúncios de vendas públicas, praticar corretagens. Todos estes atos trazem, além disto, consigo, a obrigação de restituir na proporção do que com eles se contribuiu para a iníqua espoliação.
9.° É de algum modo cumplicidade prestar a própria casa para atos liberais, ou alugá-la para eles, como por exemplo, para cassinos patrióticos, escolas leigas, clubes, redações de periódicos liberais, etc.
10.° É cumplicidade celebrar festas cívicas ou religiosas por atos notoriamente liberais ou revolucionários; assistir voluntariamente às ditas festas; celebrar exéquias patrióticas, que tem mais de significação revolucionária que de sufrágios cristãos; pronunciar discursos fúnebres em elogio de defuntos notoriamente liberais; adornar com coroas e fitas os seus sepulcros, etc., etc. Quantos incautos hão fraquejado em sua fé por estas causas!
Fazemos estas indicações compreendendo só o mais geral nesta matéria. A cumplicidade pode serde variedade infinita, como os atos da vida do homem, que por infinitos são inclassificáveis. Grave é a doutrina que em alguns pontos temos assentado; porém, se é certa a Teologia moral aplicada a outros erros e crimes, sê-lo-á menos com respeito ao que nos ocupa nesta ocasião?
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[Fonte: Dom Felix Sardá y Salvany. O Liberalismo é pecado. Companhia Editora Panorama, 1949, pág. 63-67.]

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Extraído do blog SPES

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Famosos Teólogos Concordam:

Fiéis devem Resistir aos Maus Pastores
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[Tradução: Gil Dias]
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Em resposta ao grande interesse que os nossos leitores estão mostrando pela fundamentação da nossa posição de resistência contra as autoridades progressistas, citamos os mais famosos autores, os quais aconselham os Católicos a resistirem respeitosamente às más autoridades religiosas.
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Padre Francisco Suárez, S.J.
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Se [o Papa] der uma ordem contrária aos bons costumes, não deve ser obedecido; se tentar fazer alguma coisa oposta à justiça e ao bem comum, é lícito resistir-lhe; se atacar pela força, pela força deve ser repelido, com moderação adequada a uma justa defesa (De Fide, disp. X, sec. VI, n.16, inOpera omnia, Paris: Vivès, 1958, vol. 12, p. 321).
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Padre Cornelius a Lapide, S.J.
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O famoso Jesuíta demonstra que Santo Agostinho, Santo Ambrósio, Santo Bede, Santo Anselmo e outros Padres ensinam que São Paulo resistiu publicamente a São Pedro, “para que o escândalo público dado por São Pedro fosse emendado por uma igual repreensão pública” (Commentaria in Scripturam Sacram, Ad Galatas 2:11, Paris: Ludovicus Vivès, 1876, vol. 18, p. 528).
Mais tarde, Lapide argumenta que “os superiores podem ser repreendidos, com humilde caridade, pelos seus subordinados, na defesa da verdade; é o que Santo Agostinho (Epistula 19), São Cipriano, São Gregório, São Tomás e outros acima citados declaram acerca desta passagem (Gal. 2, 11). Ensinam claramente que São Pedro, sendo superior, foi repreendido por São Paulo… Com boa razão, por conseguinte, diz São Gregório: “Pedro fiou em silêncio porque, sendo o primeiro na Jerarquia Apostólica, também devia ser o primeiro em humildade” (Homilia 18 in Ezechielem).
E Santo Agostinho escreveu: “Ensinando que os superiores não devem recusar ser repreendidos pelos inferiores, São Pedro deu à posteridade um muito mais raro e santo exemplo do que o de São Paulo, dado que ensinou que, na defesa da verdade com caridade, os inferiores devem ter audácia para, sem medo, resistir aos superiores (Epistula 19 ad Hieronyrnum).
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Dom Prosper Guéranger, Abade de Solesmes
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Quando o pastor se torna lobo, é dever do rebanho, primeiro, defender-se. Normalmente, a doutrina flui dos Bispos para o povo fiel, e os súbditos não devem julgar os seus chefes. Mas, no tesouro da Revelação, existem certos pontos que cada Cristão necessariamente conhece, e deve obrigatoriamente defender (L’année liturgique – Le temps de la septuagesime, Tours: Maison Mame, 1932, pp. 340-341).
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Padres Francisco Wernz S.J. e Pedro Vidal, S.J.
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Estes famosos teólogos do início do século XX, citando Suarez, admitem a licitude de resistir a um mau Papa: “Os meios justos a ser usados contra um mau Papa são, de acordo com Suarez (Defensio Fidei Catholicae, lib. IV, cap. 6, nn. 17-18), a mais abundante assistência da graça de Deus, a especial protecção pessoal do Anjo da Guarda, a oração da Igreja Universal, a admoestação ou correcção fraterna em privado ou mesmo em público, bem como a legítima defesa contra a agressão, quer física, quer moral (Ius canonicum, Roma: Aedes Universitatis Gregorianae, 1927, vol. II. p. 436).
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Padre António Peinador, C.M.F.
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Este bem conhecido teólogo espanhol, pré-Vaticano II, adopta as afirmações daqueles que o precederam: “Também um súbdito pode ser obrigado a corrigir fraternalmente o seu superior (Summa Theologiae, II-II, q.33, a.4). Porque também o superior pode ser espiritualmente indigente, e nada o impede de ser libertado de tal indigência pelos seus súbditos.” Todavia, “na correcção pela qual os súbditos repreendem os seus Prelados, devem actuar de maneira apropriada, isto é, sem insolência e aspereza, mas com docilidade e reverência (ad 2)” (Cursus brevior Theologiae Moralis, Madrid: Coculsa, 1946, vol. I, p. 287).
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Resistir a um Papa não é julgá-lo
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Nos meios conservadores e tradicionalistas encontramo-nos entre duas semelhantes posições erradas. Por um lado, existem aqueles conservadores que cegamente aceitam e obedecem a tudo o que os Papas Conciliares fazem ou dizem, apenas porque são Papas, sem analisar a inaudita destruição da Igreja Católica que eles promovem. Estes conservadores acusam os que analisam e resistem a esta destruição de “julgarem o Papa”. O acto de julgar o Papa, proibido aos fiéis, contudo, é a acção de qualquer autoridade – seja religiosa ou civil – que pretenda ser superior ao Papa no campo jurídico e, portanto, reclama o direito de o julgar, punir ou depor.
Para refutar esta errada posição, apresentamos a seguir o texto de São Roberto Belarmino, no qual claramente instrui que devemos analisar as acções do Papa e resistir àquelas que estão a destruir a Igreja. Esta acção não se considera como julgando o Papa.
Por outro lado, existem tradicionalistas que consideram que os Papas Conciliares praticaram tal destruição que cessam de ser Papas. É esta a posição do movimento designado Sedevacantismo. Os que aderem a esta posição consideram-se como juízes de facto dos Papas, quando entram na esfera jurídica, para declarar que os Papas não são válidos. São Roberto Belarmino também lhes responde que ensina os Católicos a resistirem a um mau Papa, mas não a julgá-lo, puni-lo ou depô-lo.
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São Roberto Belarmino
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“Tal como é lícito resistir ao Pontífice que agride o corpo, também é lícito resistir ao que agride as almas ou perturbe a ordem civil, ou, acima de tudo, que tente destruir a Igreja. Digo que é lícito resistir-lhe não fazendo o que ele ordena e evitando que a sua vontade seja executada; contudo, não é lícito julgá-lo, puni-lo ou depô-lo, dado que tais actos são próprios de um superior” (De Romano Pontifice, lib. 2, chap. 29, Opera omnia, Paris: Pedone Lauriel, 1871, vol. 1, p. 418).
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É Lícito Resistir ao Papa
Que Publicamente Destrua a Igreja
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Chamamos a atenção dos nossos leitores para algumas considerações do Padre Francisco de Vitória, O.P., um dos grandes nomes da Escolástica Espanhola da época de Prata do século XVI e famoso jurista da Escola de Salamanca. Foi um dos primeiros especialistas em lei internacional, defendendo o proeminente e decisivo papel do Papa como árbitro de todos os Monarcas Católicos. Apesar disso, também estudou casos nos quais é lícito e necessário resistir ao Papa. Afirma que os Católicos são obrigados a assumir posição de resistência contra um Papa que abertamente destrua a Igreja e nela introduza maus costumes.
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Padre Francisco de Vitória, O.P.
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“Caietano, na mesma obra em que defende a superioridade do Papa sobre o Concílio, diz no cap. 27: ‘Por conseguinte, deve-se resistir ao Papa que publicamente destrua a Igreja, por exemplo, ao recusar conceder benefícios eclesiásticos excepto por dinheiro, ou em troca de serviços; e com toda a obediência e respeito, a posse desses benefícios deve ser negada àqueles que os compraram’.
“E Silvestre (Prierias), na entrada Papa, § 4, pergunta: ‘O que deve sere feito quando o Papa, por causa dos seus maus costumes, destrói a Igreja?’ E, no § 15: ‘O que deve ser feito se o Papa quiser, sem razão, abrogar a Lei Positiva?’ Ao que ele responde: ‘Certamente pecará; não lhe deve ser permitido agir dessa maneira, nem deve ser obedecido no que é mau; mas deve-se-lhe resistir com repreensão cortês.’
“Consequentemente, se ele quer dar todo o tesouro da Igreja ou o património de São Pedro aos seus familiares, se quer destruir a Igreja ou parecido, não lhe deve ser permitido agir dessa maneira, mas o fiel deve ser obrigado a resistir-lhe. A razão é que o Papa não tem o poder para destruir; por consequência, se é evidente que está a fazê-lo, é lícito resistir-lhe.
“O resultado de tudo isto é que, se o Papa destrói a Igreja com as suas ordens e acções, pode-se-lhe resistir e evitar a execução dos seus mandados…
“Segunda prova da tese: pela Lei Natural é lícito repelir violência com violência. Então, com tais ordens e escusas o Papa exerce violência, dado que age contra a Lei, como provámos. Por conseguinte, é lícito resistir-lhe.
“Como observa Caietano, não afirmamos tudo isto no sentido de que alguém tenha competência para julgar o Papa ou tenha autoridade sobre ele, mas querendo significar que a defesa é lícita. De facto, cada um tem o direito de resistir a um acto injusto, tentar evitá-lo e defender-se a si próprio”(Obras de Francisco de Vitoria, Madrid: BAC, 1960, pp. 486-487)
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Os Católicos Devem Resistir a um Papa Infiel
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Alguns Católicos conservadores têm um problema de consciência sobre criticar os Papas Conciliares, quando estes ensinam ou agem contra a estabelecida Tradição da Igreja e o ensino constante do Magistério papal anterior. Para estes Católicos, quaisquer palavras de censura ou desaprovação caem sob a condenação de “julgar o Papa.”
Eles não pensam que o que está proibido nessa condenação é um concílio, ou um Rei, ou um Imperador declararem inválido o Papa e depô-lo das suas funções. Quando um Papa actua escandalosamente, como Alexandre VI na Renascença, ou João Paulo II recentemente, os fiéis não estão proibidos de ver e falar sobre o que é absolutamente errado, de acordo com a Moral e a Fé Católicas.
Pelo contrário, têm o dever de observar cuidadosamente as suas acções e analisá-las. Se algo está em conflito com o Magistério anterior, deve-se-lhe resistir não obedecendo e avisando outros para fazerem o mesmo. Isto não é “julgar o Papa”, dado que não se pretende declará-lo Papa inválido.
Resistir a um mau Papa é seguir a orientação de grandes Santos e Doutores da Igreja, como Santo Tomás d’Aquino.
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São Tomás d’Aquino
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Em muitas passagens de suas obras, São Tomás defende o princípio de os fiéis poderem questionar e admoestar Prelados. Por exemplo:
“Surgindo perigo iminente pára a Fé, os Prelados devem ser questionados, mesmo publicamente, pelos seus súbditos. Assim, São Paulo, que estava sujeito a São Pedro, questionou-o publicamente pelo iminente perigo de escândalo em matéria de Fé. E, tal como Santo Agostinho o interpreta na sua Glosa (Ad Galatas 2, 14), ‘São Pedro deu o exemplo a todos os que governam para que, ao desviarem-se do caminho recto, não rejeitem a correcção como inútil, ainda que venha de súbditos’” (Summa Theologiae, Turin/Rome: Marietti, 1948, II-II, q.33, a.4).
Referindo o mesmo episódio, no qual São Paulo resistiu a São Pedro frontalmente, São Tomás ensina:
“A repreensão foi justa e útil e a sua razão não era leve. Existia perigo para a verdade evangélica… O modo como se realizou foi adequado, dado que o perigo era público e manifesto. Por esta razão, São Paulo escreve: ‘Falei com Cefas’, isto é, Pedro, ‘antes de alguém’, dado que a simulação praticada por São Pedro estava repleta de perigo para todos. Em 1 Tim 5, 20, lê-se: ‘Admoesta, antes de ninguém, aquele que peca.’ Isto deve ser entendido como referindo-se a pecados manifestos, não aos escondidos, já que nestes últimos casos se deve proceder de acordo com as regras próprias da correcção fraterna’” (Super Epistulas S. Pauli, Ad Galatas, 2, 11-14, lec. III, Turim/Roma: Marietti, 1953, nn. 83-84).
O Doutor Angélico também mostra como esta passagem das Escrituras contém ensinamentos não só para os Jerarcas, como também para os fiéis:
“Foi dado aos Prelados um exemplo de humildade, para que eles não recusem aceitar correcções dos seus inferiores e súbditos; e, aos súbditos, um exemplo de zelo e liberdade, para que não temam corrigir os seus Prelados, sobretudo quando o crime é público e vincula perigo para muitos” (ibid. Nº 77).
Nos seus Comments on the Sentences of Peter Lombard, São Tomás ensina como, corrigir respeitosamente um Prelado que peca, é uma obra de misericórdia tão grande quanto a posição elevada do Jerarca:
“A correcção fraterna, sendo uma esmola espiritual, é uma obra de misericórdia. Mas a misericórdia é devida principalmente ao Prelado, dado que corre o perigo maior. Daí Santo Agostinho dizer em Regula (nº 11, PL 32, 1384): ‘Tende piedade não só de vós próprios, mas também deles’, isto é, dos Prelados, ‘entre vós, que correm um perigo tão grande como a posição que ocupam’. Portanto, a correcção fraterna estende-se também aos Prelados.
“Além disso, Ecclus. 17, 12, diz que Deus ‘deu a cada um mandamento a respeito do seu próximo’. Ora, um Prelado é nosso próximo. Assim, devemos corrigi-lo quando peca… Alguns dizem que a correcção fraterna não se estende aos Prelados, seja porque o homem não pode erguer a sua voz contra o Céu, seja porque os Prelados facilmente se escandalizam se corrigidos pelos seus súbditos. Contudo, tal não sucede, dado que, quando pecam, os Prelados não representam o Céu e, daí, devam ser corrigidos. E aqueles que os corrigem caridosamente não levantam a sua voz contra eles, mas em seu favor, dado que a admoestação é para seu próprio bem.
“Por esta razão, de acordo com outros [autores], o preceito da correcção fraterna também se estende aos Prelados, que podem ser corrigidos pelos seus súbditos” (IV Sententiarum, d. 19, q. 2, a. 2).
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Devemos Atacar e Desacreditar o Agente do Erro
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“No combate ao erro é errado e não caridoso atacar a pessoa que o comete”. É contra este ‘dogma’ liberal, tão frequente nos nossos meios Católicos, que o Padre Felix Sardá y Salvani argumenta. Prova que é indispensável atacar os que promovem erros; de outro modo, não se defende com eficácia a causa Católica.
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Padre Felix Sardá y Salvani
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Os apologistas Católicos são acusados, com frequência, de fazer ataques pessoais durante os debates. E quando liberais ou aqueles influenciados pelo Liberalismo, lançam esta acusação contra um de nós, pensam que ela é bastante para o condenar.
Mas enganam-se a si próprios. Para combater e desacreditar as falsas ideias, temos de as fazer parecer repugnantes e desprezíveis à mesma multidão que tentam convencer e seduzir. Acontece que as ideias não podem suster-se no ar por si próprias, nem se espalham e propagam por si próprias. Deixadas a si mesmas, nunca produzirão todo o mal que prejudica a sociedade. É só quando são aplicadas pelos que as concebem que elas produzem efeito. As ideias são como as flechas e as balas, que não atingem ninguém se não foram lançadas pelo arco ou disparadas pela espingarda. Portanto, é o arqueiro e o atirador que devem ser os nossos primeiros alvos, se queremos derrotar aquele inimigo. Qualquer outro modo de travar a guerra, liberal ou não, não tem sentido.
Os autores e propagadores de doutrinas heréticas são soldados com espingardas envenenadas nas suas mãos. As suas armas são livros, jornais, discursos públicos e a sua influência pessoal. Não basta esquivar-se às balas que atiram. A primeira coisa necessária é inutilizar o próprio atirador, para que não possa provocar mais danos.
Portanto, devemos não só desacreditar o livro, jornal ou discurso do inimigo, mas também, em alguns casos, desacreditar a sua pessoa. Porque, em guerra, o principal elemento de combate é a pessoa empenhada, tal como o artilheiro é o principal factor num combate de artilharia e não o canhão, a pólvora ou a granada.
Assim, é lícito em certos casos expor publicamente a infâmia de um opositor liberal, ridicularizar os seus costumes, arrastar o seu nome na lama. Sim, tal é totalmente permitido, permitido em prosa, em verso, em cenas trocistas, em caricatura, ou quaisquer meios e métodos ao alcance presentemente ou no futuro. O único cuidado a ter é não utilizar uma mentira no serviço da justiça. Isto, nunca! Sob nenhum pretexto devemos manchar a verdade, sequer pela pinta de um i.
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Os Padres da Igreja apoiam esta tese. Os títulos das suas sobras mostram claramente que, no seu combate contra as heresias, o primeiro golpe era contra os heresiarcas. Quase todos os títulos de obras de Santo Agostinho ostentam o nome do autor da heresia contra a qual foram escritas:Adversus (Contra) Fortunatum, Adversus Faustum Manichaeum, Adversus Adamanctum, Adversus Felicem, Adversus Secundinum. Ou, Quis fuerit Petriamus (Quem é Petrianus?), De gestis Pelagii (Dos feitos de Pelágio), Quis fuerit Julianus, etc..
Assim se vê que a maior parte das polémicas do grane Agostinho era pessoal, agressiva, bem como biográfica e doutrinal, uma luta corpo-a-corpo contra heréticos bem como contra a heresia. Podemos dizer o mesmo quanto aos outros Padres da Igreja.
Que direito têm os Liberais de nos impor a obrigação de lutar contra o erro apenas em abstracto e com pródigos sorrisos e lisonjas para com eles? Deixem os Ultramontanosdefender a Fé de acordo com a polémica tradição Católica – directo ao coração! Este é o único, real e eficaz modo de combater!
(Felix Sardá y Salvani, El Liberalism es pecado, Barcelona: 1960, pp. 60-62)
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Ultramontano – do lat. ultramontanus. Os ultramontanos defendem o pleno poder e a infalibilidade dos Papas em matéria de Fé. O conceito está ultrapassado pela definição de Tradicionalista – N.T.
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O Pecado de Estar Calado
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Com a crescente apostasia na Igreja, vemos muitos “conservadores” e “tradicionalistas” que evitam criticar os Prelados, e até os Papas, e assim se tornam cúmplices da apostasia. Fogem da sua obrigação de avisar os outros sobre a gravidade da situação.
Reforçando a importância deste dever, apresentamos hoje as palavras de Frei Vincent de Beauvais, um estudioso Dominicano consultado frequentemente por São Luís IX, Rei de França. Este monge foi autor de um compêndio de todo o conhecimento do seu tempo respeitante à Doutrina, História e Natureza, intitulado Speculum Maius – O Grande Espelho. As palavras que seguem são desta famosa obra.
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Vincent of Beauvais
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Tratando do peccatum taciturnitatis (pecado do silêncio) em geral, Vincent de Beauvais explica esta grave falta moral: “A seguir devemos considerar o silêncio. É sabido que o excesso de loquacidade é um vício; também o é, por vezes, o excessivo silêncio. De facto, ‘há um tempo de estar calado e um tempo de falar’ (Ecl. 3, 7); Santo Isidoro: ‘A língua deve ser vigiada, mas não inflexivelmente parada’. Porque é um vício, ao permanecer em silêncio, permitir a alguém indigno e impreparado ser escolhido para promoções e honrarias, ou permitir que alguém digno perca a sua dignidade, bens e honraria.
“O mesmo deve ser dito se, em reuniões do conselho, alguém fica calado por ignorância ou malícia e, deste modo, esconde a verdade aos restantes conselheiros. De igual modo, durante uma sessão de tribunal, ao ver-se alguém lançar acusação fraudulenta ou ser injustamente condenado, peca-se por silêncio. E se não se repreende os detractores que difamam outros em conversas, sem desculpar ou louvar a pessoa difamada, peca-se ao permanecer em silêncio. De igual modo, ao entender que é necessária uma palavra para instruir, exortar ou corrigir alguém, comete-se pecado ao não dar um são conselho. Isaías exclamou: ‘Desgraçado de mim, porque contive os meus passos’ (6, 5). O mesmo está dito no Eclesiástico: ‘Não retenhas a palavra em tempo oportuno’ (4, 23)”.
Este mandamento é dirigido em primeiro lugar aos Jerarcas e clérigos que ficam calados. Contudo, a sua defecção obriga os leigos a falar, visto que Vincent de Beauvais, a seguir citado, usa o advérbio especialmente quando se refere aos Prelados, o que significa que aqueles que não estão revestidos da dignidade sacerdotal têm dever análogo.
“Tal é obrigatório especialmente para os Prelados e todos aqueles que dirigem ou cuidam das almas. Está claramente afirmado em Êxodo, 28, cujo preceito diz que se coloquem pequenas campainhas alternadas com romãs pendentes das casulas sacerdotais, para que o sacerdote seja ouvido ao entrar ou sair do santuário e assim não morra. São Gregório explica isto, dizendo: ‘O sacerdote que entra morrerá se o som não for ouvido, porque atrairá a si a ira do Juiz Eterno se o som da pregação não vier de si.’ De igual modo, Ezequiel, 33, 6: ‘Mas se a sentinela, vendo chegar a espada, não tocar a trombeta, de sorte que o povo não é alertado e, chegando a espada, fere a algum deles, este ficará, sim, preso na sua própria iniquidade, mas a sentinela responderá pelo seu sangue’.”
(Vincent of Beauvais, Speculum quadruplex sive speculum maius, Graz, Akademische Druck Verlagsanstalt, 1964, col. 1228)
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[TIA – Tradition in Action ]

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Sobre as relações com Roma

Extraído do blog SPES

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Arsenius

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CONSIDERANDO
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1º) Que Dom Lefebvre se opôs a Dom Gérard quando este tencionava fazer um acordo com as autoridades modernistas de Roma. Acordo este a respeito do qual Dom Gérard dizia que Roma dava tudo e não pedia nada;
2º) Que o mesmo Dom Lefebvre após as sagrações disse que, a partir daquele momento, ele só assinaria um acordo com Roma, se as autoridades romanas subscrevessem diversos documentos da Igreja que condenam os erros atuais;
3º) Que ainda Dom Lefebvre se arrependeu de haver assinado um protocolo de pré-acordo com o Vaticano em vista de obter a permissão para sagrar bispos, pois chegou à conclusão de que as intenções das autoridades romanas não eram boas;
4º) Que novamente Dom Lefebvre disse a Bento XVI, na época ainda Cardeal, que eles não podiam se entender e que nós, os tradicionalistas, procuramos cristianizar o mundo e ele, o Cardeal, e os demais progressistas procuram descristianizar o mundo;
5º) Que a Fraternidade São Pedro, que tinha de Roma a faculdade de rezar exclusivamente a Missa tradicional, foi obrigada posteriormente a aceitar que seus membros pudessem rezar também a Nova Missa;
6º) Que Dom Lefebvre disse não convir colocarmo-nos sob a autoridade de alguém que não professa a Fé em sua integridade;
7º) Que em tempo de guerra preocupar-se em seguir as leis positivas[1] pode constituir-se numa imprudência, a qual pode equivaler em certos casos ao suicídio;
8º) Que a experiência mostra que pouquíssimos são os que voltam atrás quando as autoridades romanas não cumprem com suas promessas (como foi o caso da Fraternidade São Pedro);
9º) Que o estado de “reconciliação” com Roma causa um efeito de não considerar mais as autoridades romanas (progressistas) como inimigas a quem se deve combater;
10º) Que Dom Lefebvre disse serem os progressistas comparáveis a uma doença contagiosa, dos quais, portanto, devemos nos afastar, para não acontecer de nos contagiarmos;
11º) Que em todas as partes do orbe os fiéis estão em “estado de necessidade”, o qual lhes dá direito a um sacerdote de doutrina integralmente católica assim como a terem os Sacramentos e a Missa tradicionais. E que os sacerdotes têm o dever de caridade de ir atender a esses fiéis, mesmo sem permissão do Bispo do lugar.
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JULGAMOS
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1º) Que, se Dom Lefebvre estivesse vivo, ele se negaria a fazer qualquer acordo com as autoridades romanas, por mais que elas nos oferecessem, e mesmo que não nos pedissem nada em troca, se essas mesmas autoridades não condenassem os erros modernos que se insinuam no seio da Igreja, condenados pelos Papas anteriores;
2º) Que hoje ainda Dom Lefebvre não conseguiria entender-se com Bento XVI, visto que este ainda tem os mesmos pensamentos que quando Cardeal;
3º) Que não podemos confiar nas promessas feitas por homens que desfazem as garantias para a Tradição, garantias essas que eles mesmos deram anteriormente;
4º) Que, assim como Dom Lefebvre o julgou, não devemos colocarmo-nos debaixo da obediência de alguém que não professa a Fé em sua integridade;
5º) Que na terrível guerra em que nos encontramos (entre a Santa Igreja e o modernismo; entre a verdade e o erro; entre a luz e as trevas) procurar a regularização de nossa situação é uma imprudência e um suicídio: é entregarmo-nos ao inimigo;
6º) Que seria de certo modo tentar a Deus colocarmo-nos em uma situação que provavelmente: a) nos conduzirá a cedermos em pontos importantes quando as autoridades romanas progressistas exigirem isso de nós; b) nos fará deixarmos de tratar com certas autoridades como inimigos a serem combatidos; c) fará que nos deixemos “contaminar” com o progressismo;
7º) Que seria um erro restringirmos nosso campo de ação aos lugares que nos designassem as autoridades romanas ou permitissem os Bispos diocesanos e não irmos atender aos fiéis que nos chamam, pelo fato de aí não termos permissão oficial de exercer o ministério sacerdotal, pois isso seria desconsiderar o “estado de necessidade” geral e grave.
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NO ENTANTO
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Poderiam objetar-nos que Dom Lefebvre conhecia muito bem tudo o que dissemos e, apesar disso, em diversas ocasiões ele manifestou o desejo de que a situação da Fraternidade fosse regularizada diante das autoridades romanas.
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RESPONDEMOS
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Que ainda que isso seja verdade, no entanto, desde maio de 1988 Dom Lefebvre não mais manifestou esse desejo e, pelo contrário, a partir dessa época tomou a posição de que qualquer entendimento com as autoridades romanas deveria ser antecedido por uma profissão de Fé por parte de Roma sobre os grandes documentos antiliberais do Magistério, como, por exemplo, Pascendi,Quanta Cura, etc. E ele conservou essa nova posição até a morte.
O motivo que o levou a essa mudança foi o fato de ele ter passado a ver claramente que a Roma neomodernista não tinha a menor intenção de proteger ou de aprovar a Tradição Católica.
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CONCLUSÃO
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União jurídica com Roma? Sim, mas na integridade da Fé católica, sem a qual ninguém pode se salvar, e na liberdade de cumprirmos nossos deveres para com Deus e o próximo.
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[1] Por exemplo: os carros de bombeiros e as ambulâncias entram na contramão para melhor exercer sua função de salvar vidas.
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[Fonte: Mosteiro da Santa Cruz]

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Extraído do blog SPES

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Carta a João Paulo II, de 02 de junho de 1988, onde Monsenhor Lefebvre põe fim às conversações:
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Os colóquios e encontros com o Cardeal Ratzinger e com os seus colaboradores, embora tenham decorrido numa atmosfera de cortesia e de caridade, convenceram-nos de que o momento de uma colaboração franca e eficaz ainda não tinha chegado (…). Tendo em conta a recusa em considerar os nossos pedidos, e sendo evidente que o objetivo desta reconciliação não é em absoluto o mesmo para a Santa Sé e para nós, julgamos preferível esperar tempos mais propícios ao regresso de Roma à Tradição. É por isso que nos dotaremos dos meios para prosseguir a Obra que a Providência nos confiou (…). Continuaremos a rezar para que a Roma moderna, infestada de modernismo, torne a ser a Roma católica e reencontre a sua Tradição bimilenar. Então, o problema da reconciliação deixará de ter a razão de ser, e a Igreja encontrará uma nova juventude.
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Declaração pública sobre o motivo das Sagrações Episcopais de 30 de junho de 1988:
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(…) Para salvaguardar o sacerdócio católico, para que continue a Igreja católica, e não uma Igreja adúltera, há necessidade de Bispos católicos. Por causa da invasão do espírito modernista no clero, que chega até os mais altos cumes dentro da Igreja, nos vemos obrigados a chegar à sagração de Bispos (…). No dia em que o Vaticano for libertado desta ocupação modernista, e retornar ao caminho seguido pela Igreja até o Vaticano II, nossos Bispos estarão inteiramente nas mãos do Sumo Pontífice, aceitando a eventualidade de não seguir exercendo suas funções episcopais.
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O Mandato Apostólico lido por Mons. Lefebvre na cerimônia das Sagrações Episcopais de 30 de junho de 1988:
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Esse mandato, temo-lo da Igreja Romana, sempre fiel à Santa Tradição que recebeu dos Apóstolos. Essa Santa Tradição é o depósito da Fé, que a Igreja nos manda transmitir fielmente a todos os homens, para a salvação das almas.
Desde o Concílio Vaticano II até hoje, as autoridades da Igreja Romana estão animadas do espírito do modernismo; agiram contrariamente à Santa Tradição: “Já não suportarão a sã doutrina (…).Hão de afastar os ouvidos da verdade, aplicando-os a fábulas”, como diz S. Paulo na segunda epístola a Timóteo (IV, 3-5). É por isso que consideramos sem nenhum valor todas as sanções e todas as censuras dessas autoridades.
Quanto a mim, quando “já me ofereci em sacrifício e já chegou o momento da minha partida”, ouço o apelo dessas almas que pedem que lhes seja dado o Pão de Vida que é Jesus Cristo. Tenho pena dessa multidão. Constitui, pois, para mim uma grave obrigação transmitir a graça do meu episcopado aos caros padres que aqui estão, para que possam, por sua vez, conferir a graça sacerdotal a outros clérigos, numerosos e santos, instruídos segundo as santas tradições da Igreja Católica.
É em virtude desse mandato da Santa Igreja Romana, sempre fiel, que escolhemos para o Episcopado na Santa Igreja Romana os padres aqui presentes, como auxiliares da Fraternidade Sacerdotal São Pio X.
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Sermão do dia das Sagrações Episcopais, 30 de junho de 1988:
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Encontramo-nos diante de um caso de necessidade. Fizemos todo o possível para fazer com que Roma compreenda a necessidade de voltar à atitude do venerado Pio XII e de todos os seus predecessores. Temos escrito. Temos ido a Roma. Temos falado. Enviamos cartas, Mons. de Castro Mayer e eu mesmo, muitas vezes a Roma. Tentamos, com esses colóquios, com todos os meios, de fazer compreender a Roma que do Concilio pra cá, desde este “aggiornamento”, esta mudança produzida na Igreja não é católica, não está conforme a doutrina de sempre. Este ecumenismo e todos estes erros, esta colegialidade, tudo isso é contrário à Fé da Igreja e está destruindo a Igreja. É por isso que nós estamos persuadidos de que, fazendo estas sagrações hoje, obedecemos ao apelo destes Papas e, consequentemente, ao apelo de Deus, porque eles representam Nosso Senhor Jesus Cristo na Igreja.
“E por que monsenhor – me dizem – interrompeu estes colóquios que pareciam, todavia, ter certo sucesso?” porque (…) nos colocaríamos em suas mãos e, por consequência, nas mãos daqueles que querem nos reconduzir ao espírito do Concílio e ao espírito de Assis: isto não era possível. É por isso que enviei uma carta ao Papa dizendo-lhe claramente: ‘não podemos; apesar de todos os desejos que temos de estar em plena comunhão conVosco. Visto este espírito que reina agora em Roma e visto que quereis comunicá-lo a nós, preferimos continuar na Tradição, guardar a Tradição, esperando que esta Tradição reencontre seu lugar entre as autoridades romanas, no espírito das autoridades romanas.
Este estado de coisas durará o tempo que o Bom Deus o previu, não cabe a mim saber quando a Tradição reencontrará seus direito em Roma, mas penso que é meu dever dar os meios para fazer aquela que chamarei operação sobrevivênciaoperação sobrevivência da Tradição. Hoje, neste dia, se realiza a operação sobrevivência. E se eu tivesse feito esta operação com Roma, continuando os acordos que tínhamos firmado e seguindo a execução desses acordos, eu teria realizado a operação suicídio.
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Da Entrevista concedida a Fideliter Nº 66, novembro-dezembro de 1988:
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Não temos a mesma maneira de conceber a reconciliação. O Cardeal Ratzinger a vê no sentido de nos reduzir, de levar-nos ao Vaticano II. Nós a vemos como um retorno de Roma à Tradição. Não nos entendemos. É um diálogo de surdos.
Não posso falar muito do futuro, já que o meu está atrás de mim. Porém, se vivo um pouco ainda e supondo que daqui a determinado tempo Roma nos chame, que queira voltar a ver-nos, retomar o diálogo, nesse momento seria eu quem imporia condições. Já não aceitarei estar na situação em que nos encontramos durante os colóquios. Isso terminou.
Eu apresentaria a questão no plano doutrinal: Estais de acordo com as grandes encíclicas de todos os papas que vos precederam? Estais de acordo com a Quanta Cura de Pio IX, com a Immortale Dei e a Libertas de Leão XIII, com a Pascendi de Pio X, com a Quas Primas de Pio XI, com a Humani Generis de Pio XII? Estais em plena comunhão com estes papas e com suas afirmações? Aceitais ainda o juramento antimodernista? Sois a favor do reinado social de Nosso Senhor Jesus Cristo?
Se não aceitais a doutrina de seus antecessores, é inútil falarmos. Enquanto não tiverdes aceitado reformar o Concílio considerando a doutrina destes papas que vos precederam, não há diálogo possível. É inútil.
As posições ficariam, assim, mais claras.
Não é algo pequeno o que nos opõe. Não basta que nos seja dito: podem rezar a missa antiga, mas é necessário aceitar isto. Não, não é somente isso o que nos opõe, é a doutrina. Está claro.
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Homilia de 19 de novembro de 1989 (60º Aniversário de Ordenação):
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(…) Portanto, nesta situação, está certo que, para nós, é impossível manter contatos regulares com Roma, porque até o presente momento, Roma pede que, se recebermos algo, qualquer indulto para a Santa Missa, a liturgia, para os seminários, devemos fazer a nova Profissão de Fé redigida pelo Cardeal Ratzinger, no último fevereiro. Ela contém a aceitação explícita do Concílio e de suas conseqüências.
É preciso saber o que queremos.
Foi o Concilio, e suas seqüelas, que destruiu a Santa Missa, destruiu a nossa Fé, destruiu os catecismos e o reinado social de Nosso Senhor Jesus Cristo na sociedade civil. Como podemos aceitá-lo?
Diante desta situação, meus queridos irmãos, o que faremos?
Devemos manter a fé católica, para protegê-la com todos os meios.
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A última reportagem realizada com Monsenhor Lefebvre, publicada em janeiro de 1991, Fideliter N° 79:
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Fideliter: Desde as sagrações não há mais contatos com Roma; porém, como foi dito, o Cardeal Oddi o chamou ao telefone dizendo-lhe: “É necessário consertar as coisas. Peça um pequeno perdão ao Papa, e ele está disposto a acolhê-los”. Então, porque não tentar esta última abordagem e porque lhe parece impossível?
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Monsenhor Lefebvre: É absolutamente impossível no clima atual de Roma, que se torna cada vez pior. Não devemos ter ilusões. Os princípios que dirigem agora a Igreja conciliar são cada vez mais abertamente contrários à doutrina católica. Todas as idéias falsas do Concilio continuam se desenvolvendo, se reafirmam cada vez com mais clareza. Ocultam-se cada vez menos. É, pois, absolutamente inconcebível que se possa colaborar com semelhante hierarquia.
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Fideliter: Pensa que a situação se deteriorou mais depois das conversações que terminaram com a redação do protocolo de 5 de maio de 1988, antes das sagrações?
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Monsenhor Lefebvre: Certamente! Por exemplo, o fato da Profissão de Fé, que agora é exigida pelo Cardeal Ratzinger desde o começo do ano de 1989. É um fato muito grave. Pois pede, a todos os que se uniram ou que poderiam fazê-lo, para fazer uma Profissão de Fé nos documentos do Concilio e nas reformas pós-conciliares. Para nós, é impossível.
Será necessário continuar a esperar antes de prever uma perspectiva de acordo. De minha parte, creio que apenas o Bom Deus pode intervir, visto que humanamente não se veem possibilidade Roma modificar o curso.
Durante quinze anos dialogamos para tentar devolver a Tradição a seu lugar de honra, no lugar que lhe corresponde na Igreja. Chocamo-nos com a contínua negação. O que agora Roma concede em favor da Tradição só é um gesto puramente político, diplomático para forçar as adesões. Mas não é uma convicção em benefício da Tradição.
Tudo que se concedeu aos que aderiram, só foi feito com o objetivo de procurar que todos os que aderem ou estão vinculados à Fraternidade se mudem e se submetam a Roma.
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Fideliter: O que pode dizer aos fieis que esperam sempre na possibilidade de um acordo com Roma?
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Monsenhor Lefebvre: Nossos verdadeiros fieis, os que compreenderam o problema e que justamente têm nos ajudado a seguir a línea reta e firme da Tradição e da fé, temiam as negociações que eu fiz em Roma. Diziam-me que era perigoso e que perdia tempo.
Sim, claro, eu esperei até o último minuto que em Roma testemunhassem um pouco de lealdade. Não podem me cobrar por não ter feito o máximo que podia.
Por isso, agora, aos que vêm me dizer: É necessário que você se entenda com Roma, creio que posso lhes dizer que eu fui mais longe do que poderia ter ido.

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AMBIGÜEDAD CONCILIAR

Imagine un soldado de infantería fuerte y bien armado que persiguiendo desenfrenadamente al enemigo se mete en un pantano de arenas movedizas. Eso es lo que le ocurre a un Católico valiente armado con la verdad que se aventura a criticar los documentos del Vaticano II. Ahí uno se encuentra con un pantano de arenas movedizas de ambigüedad, diseñado expresamente para tal fin. Si la religión del hombre hubiera sido abiertamente expuesta por ellos, los Padres Conciliares los hubieran rechazado horrorizados. En cambio, la nueva religión fue hábilmente disfrazada por documentos redactados para permitir dos interpretaciones opuestas. Tomemos un ejemplo claro y crucial.

En la sección 8 de Dei Verbum existe un pasaje sobre la Tradición que Juan Pablo II utilizó para condenar a Monseñor Lefebvre en 1988: “A/ Esta Tradición que viene de los Apóstoles va creciendo en la Iglesia bajo la asistencia del Espíritu Santo. B/ Se produce un crecimiento de la comprensión de las realidades y de las palabras que son transmitidas. Esto ocurre de varios modos: C/ Proviene de la contemplación y del estudio por parte de los creyentes que profundizan estas palabras en sus corazones. D/ Proviene también del sentido íntimo de las cosas espirituales que ellos experimentan. E/ Y proviene de la predicación de los que han recibido, a la par de su derecho de sucesión al apostolado, el seguro carisma de la verdad”.

Ahora bien, la verdadera Tradición Católica es radicalmente objetiva. Así como el sentido común dice que la realidad es objetiva, en el sentido que los objetos son lo que son fuera de nosotros e independientemente de lo que cualquier sujeto pretenda que sean, de igual manera la verdadera Iglesia enseña que la Tradición Católica vino de Dios y es lo que El la ha hecho, así que ningún ser humano puede cambiarla en lo mas mínimo.

He aquí entonces lo que sería la interpretación Católica del pasaje que acabamos de citar: “A/ Con el paso del tiempo hay una profundización en la manera que los Católicos aprehenden las verdades inmutables de la Fe. B/ Los Católicos pueden ver mas profundamente estas verdades, C/ contemplándolas y estudiándolas, D/ adentrándose mas profundamente en ellas, y E/ por los obispos predicando enfoques nuevos de las mismas verdades”. Esta interpretación es perfectamente Católica porque todo el cambio se sitúa en la gente que es la que sí cambia con el tiempo, mientras que ningún cambio se sitúa en las verdades reveladas que forman el Depósito de la Fe, o sea la Tradición.

Pero veamos ahora como el mismo pasaje de Dei Verbum puede ser entendido no objetivamente sino subjetivamente, haciendo que sea el contenido de las verdades el que depende de, y cambia con, los Católicos subjetivos: “A/ La verdad Católica vive y crece con el paso del tiempo porque B/ los Católicos vivientes tienen percepciones que los Católicos del pasado nunca tuvieron ya que C/ los primeros descubren en sus corazones, en su propio interior, verdades recientemente aparecidas, D/ fruto de su experiencia espiritual interna. También, E/ la Verdad Católica crece cuando los obispos predican novedades antes desconocidas porque los obispos no pueden decir ninguna cosa contraria a la verdad (!)”. (En otras palabras, tengan Ustedes la religión que les haga sentirse bien, pero asegúrense que “paguen, recen y obedezcan” a nosotros los modernistas).

Ahora aquí está el inmenso problema: si uno acusa a este pasaje de Verbum Dei de promover el modernismo, los Católicos “conservadores” (no conservan casi más que su fe en los hombres de iglesia sin fe) replican inmediatamente que la verdadera interpretación del pasaje es la Católica que hemos señalado más arriba en primer lugar. Pero lo cierto es que cuando Juan Pablo II en Ecclesia Dei Adflicta utiliza este pasaje para condenar a Monseñor Lefebvre y, por lo tanto, a las Consagraciones de 1988, evidentemente pudo haber tomado el pasaje únicamente en su sentido modernista. Tales acciones hablan más fuerte que las palabras.

Estimados lectores, lean el mismo pasaje una y otra vez, y sus dos interpretaciones, hasta que comprendan la ambigüedad diabólica de este calamitoso Concilio.

Kyrie eleison.

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Carlos Nougué
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Seguindo a Santo Agostinho, diz Santo Tomás de Aquino na Suma Teológica que uma “lei” iníqua não é lei.
Ora, a “lei” do aborto de anencéfalos que acaba de ser aprovada pelo STF é iníqua. Vai contra a Lei Natural, que é uma impressão em nós da Lei Eterna e cujo fundamento supremo é: deve-se fazer o bem e não praticar o mal. Mas abortar qualquer feto, com má formação cerebral ou sem ela, pela razão, enfim, que for, é praticar o pior dos males que podem ser cometidos por entes como nós: o assassinato. Sim, porque ao contrário do que dizem as perversas palavras do Ministro Marco Aurélio Garcia – segundo o qual “fetos anencéfalos não têm vida” – eles não só têm vida enquanto lhes seguir batendo o coração, e não só têm vida porque têm alma, mas têm vida superior porque são dotados de alma espiritual, infundida por Deus mesmo no momento de sua concepção.
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Se assim é, se tal monstruosa “lei”, por iníqua e tão iníqua, nem sequer é lei, por isso mesmo não deve ser acatada de modo algum, nem pelas mães que tragam um anencéfalo no ventre, nem por nenhum médico – por ninguém. Acatá-la pelo simples fato de que é “legal” é esquecer que, sendo ela não só iníqua mas a tal ponto iníqua, fazê-lo é ir gravemente contra a Lei Natural, é ir gravemente contra a Lei Eterna, é ir gravemente contra a Verdade e a Bondade, é ir gravemente contra Deus mesmo. Quem o fizer, far-se-á tão iníquo quanto tal “lei”, porque, como sempre se disse em sã moral, uma lei ou uma ordem de superior que sejam contrárias à justiça – e sobretudo se muito contrárias – não eximem de responsabilidade culpável o cidadão ou o inferior que as cumpram.
Que esta decisão perversa do STF sirva ao menos para mostrar especialmente aos católicos que as forças liberais ou esquerdistas que hoje mandam no mundo e em nosso país não estão aí senão para servir ao Iníquo – e que especialmente às suas leis e ordens que firam os primeiros princípios da Lei Natural não podemos responder senão com o nosso mais firme NÃO.
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Em tempo: Curiosamente, a mesma sociedade que legaliza o assassinato de fetos humanos pune a quem, por exemplo, destruir ovos de tartarugas em risco de extinção. Como qualificar tal sociedade senão de doente, de estúpida, de perversa?
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Extraído do blog SPES

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EL ECUMENISMO DE BENEDICTO XVI (II)

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Como en cualquier controversia provocada por las terribles ambigüedades del Vaticano II, probar o tratar de refutar lo que el Dr. Wolfgang Schüler expone en su libro “Benedicto XVI y cómo la Iglesia se ve a sí misma” podría llevar largo tiempo y eruditos artículos. Sin embargo, su línea principal de argumentación es suficientemente clara y bien vale la pena presentarla a los lectores de los “Comentarios Eleison” para ayudarles a ver claramente en medio de tanta confusión. En este sentido, las comparaciones, si bien tienen sus limites, sí que pueden ayudar.
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Un todo puede estar compuesto de partes según dos maneras diferentes: como un árbol viviente o como una pila de monedas. O bien el todo es primario y las partes son secundarias como en el caso de un árbol, o bien las partes son primarias y el todo es secundario como en el caso de una pila de monedas. El árbol como un todo es primario porque sus partes como las ramas pueden ser cortadas, pero el árbol continúa viviendo su vida como árbol y origina nuevas ramas mientras que las ramas cortadas pierden su vida y se transforman en algo totalmente diferente como un leño o una silla. Al contrario, cada moneda separada de su pila de monedas permanece exactamente tal como era en la pila y solamente si suficientes monedas son separadas de la pila, es entonces la pila que desaparece.
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Ahora bien, tomada como un todo, la Iglesia Católica ¿es mas como el árbol o como la pila de monedas? La Iglesia Católica es esa sociedad especial de seres humanos que están unidos en esa sociedad por tres cosas: la Fe, los sacramentos y la jerarquía. A las tres es Dios mismo quien les da la vida. La Fe es una virtud sobrenatural de la mente que sólo Dios puede dar. Los sacramentos usan elementos materiales como el agua y el aceite, pero lo que los hace sacramentos es la gracia sobrenatural que ellos llevan y que solamente proviene de Dios. Del mismo modo, la jerarquía está compuesta de seres humanos naturales, pero si ellos no están movidos por Dios nunca podrán por ellos mismos guiar exitosamente las almas hacia el Cielo.
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De allí que la Iglesia Católica sea mas como un árbol viviente que como una pila de monedas aunque sean de oro. Porque, así como todo organismo vivo tiene en sí mismo un principio de vida que le da su existencia y su unidad, así la Iglesia Católica tiene en sí misma primariamente a Dios mismo y secundariamente a su jerarquía, que le dan su existencia y unidad. Cuando lo que era una parte de la Iglesia se separa de la jerarquía por un cisma o de la Fe por una herejía, deja de ser Católica y pasa a ser otra cosa, tal como los Ortodoxos cismáticos o los Protestantes heréticos. Si bien es cierto que los creyentes Ortodoxos pueden haber conservado sacramentos válidos, sin embargo, ya que no están más unidos al Vicario de Cristo en Roma, nadie en sus cabales puede llamarlos Católicos.
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Pero ahora llega el Vaticano II. Y cambia la concepción de la Iglesia tal como era, a saber la de un árbol viviente o de una viña (según propia comparación de Nuestro Señor: Jn. XV, 1-6) a la de una pila de monedas de oro. A causa de su deseo de abrir la Iglesia al mundo moderno, los hombres de Iglesia Conciliares empezaron por esfumar las fronteras de la Iglesia (L.G.8). Eso les permitió pretender que existen elementos de la Iglesia di Cristo más allá de los límites visibles de la Iglesia Católica (U.R.3), como las monedas de oro separadas de su pila. Y dado que una moneda de oro permanece una moneda de oro, entonces ellos podían pretender a renglón seguido (U.R.3) que lo que eran elementos de salvación dentro de la Iglesia permanecen como tales también afuera de la Iglesia. De allí innumerables almas sacan la conclusión natural de que yo y a no necesito mas ser un Católico para llegar al Cielo. Esto es el desastre del ecumenismo Conciliar.
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Debemos ahora analizar más detalladamente estos textos del Vaticano II antes de considerar los esfuerzos del Papa Benedicto para integrar el ecumenismo que divide a la Iglesia con la doctrina Católica que la unifica.
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Kyrie eleison.

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Feliz e Santa Páscoa!

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Extraído do blog SPES

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Belíssima Via-Sacra

Extraído do blog A grande guerra

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VIA-SACRA

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Oração preparatória

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Meu Senhor Jesus Cristo, que seguistes, com amor infinito, o caminho doloroso de Calvário, e aí morrestes num patíbulo da infâmia, dai-me a graça de Vos acompanhar, e de unir as minhas lágrimas ao Vosso Sangue precioso. Tenho ardente desejo de consolar o Vosso Coração tão bom e tão amargurado pelos nossos pecados e de me associar à Vossa dolorosa paixão e morte… Quem me dera sofrer e morrer por Vós, que sofrestes e morrestes por mim! … Jesus eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender. Dignai-Vos, meu querido Senhor, conceder-me as indulgências com que Vossos Vigários enriqueceram este santo exercício, e recebei-as em satisfação dos meus pecados, e em sufrágio das almas do Purgatório.
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Maria, Rainha dos Mártires, dai-me o amor e a dor, com que acompanhastes ao Calvário, o Vosso inocentíssimo Jesus. Amém.
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I. ESTAÇÃO
Jesus condenado à morte
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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Jesus está diante de Pilatos… A que estado O reduziram! A cabeça coroada de espinhos… as faces banhadas em sangue…; todo o corpo lacerado…; os ombros cobertos com um pedaço de púrpura…; as mãos atadas… Inspira compaixão o amabilíssimo Jesus: todavia Pilatos, para agradar aos ingratos judeus, condena à morte o inocente Filho de Deus… Jesus ouve com serenidade a sentença e aceita resignada à morte para salvação dos pecadores… Jesus, eu merecia a morte eterna do inferno; e Vós, o Deus da vida, quisestes morrer para me salvar!… Seja bendita a Vossa bondade infinita!… Dai-me a graça de viver e morrer no Vosso santo amor…
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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração…; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria.
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Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.
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II. ESTAÇÃO
Jesus levando a Cruz
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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Jesus é despido do manto de púrpura e coberto dos Seus vestidos, para que todos O reconheçam e insultem… Apresentam-Lhe a Cruz… O Salvador estende os braços, e, num transporte de ternura, aperta-a ao Coração… e banha-a de lágrimas … E, pondo-a aos ombros chagados, encaminha-Se para o Calvário… “Aonde ides, meu bom Jesus” – “Vou morrer por ti; depois da Minha morte lembra-te de Mim, e ama-Me!” Jesus, essa Cruz era-me devida a mim, que sou pecador e não a Vós, que sois inocente… Mas o inocente quis pagar pelo pecador. “Sede sempre bendito, ó Senhor”. Abraço, por Vosso amor, todos os desprezos e contrariedades da vida.
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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria.
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Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

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III. ESTAÇÃO
Jesus cai pela primeira vez
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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O Filho de Deus sai do Pretório, oprimido pelo peso da Cruz… Está cheio de amor, mas exausto de forças! … Tem derramado tanto sangue!… Depois de alguns passos os olhos se Lhe obscurecem, verga sob a Cruz, e cai por terra, penetrando mais e mais os espinhos na delicada cabeça!… Avalia o Seu martírio!… Os algozes enfurecem-se, e, com blasfêmias e golpes, ultrajam e ferem o Cordeiro-divino… Jesus, Vós caístes sob o peso da Cruz, porque eu me precipitei num abismo de iniqüidade… Estendei-me a Vossa mão, para que me levante, e, auxiliado pela Vossa graça, percorra confiadamente o caminho da virtude e da santidade…

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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria.
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Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

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IV. ESTAÇÃO
Jesus encontra Sua Santíssima Mãe
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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Que encontro doloroso! Que olhares de desolação! Maria vê Seu Filho desfalecido e desfigurado, e não Lhe pode valer… Jesus vê sua santa Mãe aflita e desolada e não a pode consolar. . Não falam os lábios, falam os Corações. “Minha Mãe, Minha pobre Mãe!” “Meu Filho, Meu querido Jesus!”. E estas palavras traduzem um oceano de afetos e de dores… Duas vítimas inocentes unidas pelo mesmo sacrifício… Jesus, ó Maria! . . com meus pecados fui à causa dos Vossos tormentos… E Vós amastes tanto a minha pobre alma! . . .
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Ó Maria, consagro-Vos a minha alma e o meu corpo. Amparai-me, defendei-me sempre, mas, sobretudo, na hora da minha morte.
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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria.
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Senhor, tende piedade de nós. 
Senhor, tende piedade de nós.

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V. ESTAÇÃO
Jesus ajudado pelo Cirineu
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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Jesus está fraco e tão abatido, que, a todo o momento, parece morrer!… E é o Senhor do Paraíso, que rege e governa todas as criaturas! … Os judeus, temendo que a vítima lhes faleça no caminho, e não possa chegar ao lugar da infâmia, obrigam Simão Cirineu a levar a Cruz junto com o Redentor… Ó Jesús, Vós sustentais, com um ato da Vossa onipotência, o céu e a terra, e precisais de amparo?! … meu bom Deus, a que estado Vos reduziu o Vosso amor pela minha alma. Nunca esquecerei tamanha misericórdia… Pelos merecimentos desta Vossa fraqueza, ajudai-me a levar a cruz que mereço e desejo na qualidade de cristão e de pecador.
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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria.
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Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

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VI. ESTAÇÃO
Jesus no ato em que a Verônica Lhe enxuga o rosto.
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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Jesus perdeu toda a Sua beleza – Jesus, o mais belo entre todos os filhos dos homens… Já se não conhece… A Sua face está toda ferida e banhada em lágrimas e sangue!… Uma piedosa mulher, vencendo os respeitos humanos, aproxima-se de Jesus, e limpa-Lhe com um véu, a face adorável!… O Salvador, sempre bom e grato deixa impressa naquele véu a Sua imagem. Jesus! Quão feliz foi a Verônica, que Vos limpou a Face desfigurada!… Também eu posso receber esse prêmio… Hoje que os ímpios e os ingratos Vos insultam e blasfemam, dai-me a graça de reparar esses ultrajes…; e, depois, gravai na minha alma a Vossa Face divina…

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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria.
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Senhor, tende piedade de nós. 
Senhor, tende piedade de nós.

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VII. ESTAÇÃO
Jesus cai pela segunda vez
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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O Coração de Jesus está pronto a sofrer e a morrer; mas a Sua SS. Humanidade desfalece… Caminha com passo trêmulo, incerto, vacilante… O sangue, que Lhe desfigura a face, turva-Lhe o olhar… e afinal o divino Mestre cai por terra… pela segunda vez!… A violência da queda reabre todas as feridas do Seu Corpo… ; os espinhos rasgam ainda mais aquela delicada cabeça… Os algozes levantam o manso Cordeiro, arrastando-O e ferindo-O! … Ó Jesus! As minhas repetidas culpas causaram a Vossa nova queda… Se eu não tivesse cometido tantos e tão graves pecados, seria menos intenso o Vosso sofrimento… Perdoai-me tamanha ingratidão, pela Vossa infinita misericórdia.
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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria.
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Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

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VIII. ESTAÇÃO
Jesus consola as filhas de Jerusalém
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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Umas piedosas mulheres, vendo-O ensangüentado e vacilante sub o peso da Cruz, choram e se compadecem d’Ele! … Jesus, esquecido dos Seus sofrimentos, as consola e instrui, dizendo-lhes que chorem, sobretudo os próprios pecados e os pecados dos homens, que são a causa dos martírios de um Deus e da perdição de tantas almas… Ó Jesus, dai-me lágrimas, lágrimas de amor e de arrependimento, para que chore sempre os meus pecados e os Vossos martírios e assim desagrave o Vosso Coração aflitíssimo! . . E depois, quando eu agonizar no leito da morte, ah! vinde consolar e receber a minha pobre alma…
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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria.
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Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

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IX. ESTAÇÃO
Jesus cai pela terceira vez
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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Jesus, desfalecido e exausto, cai de novo por terra e novamente fere nas pedras a fronte coroada de espinhos… Um Deus por terra! … Mas, à vista do Calvário, reanima-Se e levanta-se… O amor dá-Lhe novas forças! . .  tão ardente o Seu desejo de morrer pelos homens ainda que pecadores e ingratos!… Oh! só um Deus pode amar assim! Ó Jesus! São tantos e tão graves os meus pecados que, para expiá-los, dir-se-ia que não basta uma só queda de um Deus… É necessário que muitas vezes humilheis à terra a Vossa divina face…
Oh! dai-me a Vossa graça, para que deteste os meus pecados e Vos siga no caminho das humilhações e dos sofrimentos…
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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria.
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Senhor, tende piedade de nós. 
Senhor, tende piedade de nós.

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X. ESTAÇÃO
Jesus despido e amargurado com fel.
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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Eis o Calvário!… Os algozes arrancaram a Jesus a túnica presa ao Seu Corpo lacerado… Abrem-se de novo as feridas… Rebenta mais sangue… Não satisfeito, amarguram com fel a boca do dulcíssimo Redentor… Jesus tudo sofre com paciência e amor, e oferece todos os Seus tormentos ao divino Pai, para a salvação dos pobres pecadores… Jesus, eu me compadeço dos tormentos que sofreis por mim!  Como hei de agradecer-Vos tamanha bondade? Completai, Senhor, a Vossa misericórdia. Despi-me dos meus vícios e paixões…; vesti-me de humildade, de pureza e de caridade…; tornai-me amargos os prazeres da vida e doces as mortificações e os sofrimentos.
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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria
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Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

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XI. ESTAÇÃO
Jesus Cristo pregado na Cruz
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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A uma ordem dos algozes, o Salvador estende sobre a Cruz, o Seu Corpo lacerado, e, levantando os olhos ao Céu apresenta as mãos e os pés para serem trespassados pelos cravos… Aos golpes repetidos do martelo, rasga-se a pele, dilacera-se a carne, rompem-se as veias… O doce Jesus sofre um martírio imenso…; mas não se queixa…, pede, adora e ama Ó Jesus, dissestes um dia que, pregado no madeiro, teríeis atraído a Vós todos os corações… Atraí o meu coração com a força suave e irresistível do Vosso amor; pregai-o na Vossa Cruz bendita, para que nunca mais se afaste de Vós… Está-se tão bem aos Vossos pés! …
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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria.
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Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós

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XII. ESTAÇÃO
Jesus Cristo morre na Cruz
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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Pobre Jesus! Quanto sofre!… Está pendente de três cravos… Não encontra o menor alivio… Todos concorrem para atormentá-lO… E ele pensa em todos… Pensa nos algozes, e pede para eles perdão… Pensa no Bom Ladrão, e promete-lhe o Céu… Pensa na Sua Mãe, e dá-Lhe João por amparo… Pensa em nós e dá-nos Maria por Mãe… Como Jesus é bom!… Mas Ele morre… Inclina a cabeça… solta o último suspiro! … Morreu… Um Deus morreu por mim!
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Deixai-me, ó Jesus, abraçar-me aos Vossos pés ensangüentados; e deixai-me viver e morrer aqui! . … Ah! é justo que a criatura viva e morra pelo seu bom Deus, que viveu e morreu pela Sua miserável criatura!
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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria.
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Senhor, tende piedade de nós.
Senhor, tende piedade de nós.

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XIII. ESTAÇÃO
Jesus nos braços de Sua Mãe
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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Que desolação para Maria, receber em Seus braços a Jesus não belo e cândido como em Belém, mas todo ferido e desfigurado!… Inclina-Se sobre o Seu Filho morto e chora inconsolávelmente! … Depois reanima-se e considera os estragos que fizeram naquele santíssimo Corpo os flagelos, os espinhos, os cravos, a lança!… Pobre Mãe! Ter um Filho, como Jesus, e perdê-lO… e de um modo tão cruel… que desolação! Maria, fui eu que, pelos meus pecados, dei a morte a Jesus e causei tão acerbas dores ao Vosso Coração… Senhora, não me desampareis. Não vedes que a minha alma está banhada no sangue de Jesus, que é também sangue de Vossas veias?  Perdoai-me as minhas ingratidões impetrai-me a graça de viver unicamente para Jesus… Amo-Vos, minha boa Mãe, e espero amar-Vos por toda a eternidade!
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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria.
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Senhor, tende piedade de nós. 
Senhor, tende piedade de nós.
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XIV. ESTAÇÃO
Jesus no santo sepulcro
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Nós vos adoramos Senhor e Vos bendizemos.
Porque pela Vossa santa Cruz remiste o mundo.
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Jesus está encerrado no sepulcro… A Sua aniquilação não podia ser mais completa… É o Deus da vida, mas aqui não vive… Contempla-O pela última vez! A Sua fronte está rasgada pelos espinhos; os olhos, fechados; os lábios, mudos; as mãos e os pés, traspassados; o Coração… oh! aquele Coração que tanto amou e sofreu, já não bate! Jesus, o bom Jesus, está morto e sepultado! Jesus, adoro-Vos no santo sepulcro! Eis o que ganhastes com o Vosso amor excessivo a mim, ingratíssimo pecador! … Seja sempre bendita a Vossa Misericórdia!… Dai-me a graça de me esconder do mundo e de viver no Vosso Coração dulcíssimo… Ali, encontrarei a paz, a felicidade, o Paraíso.
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Ó Jesus, eu Vos amo de todo o meu coração; arrependo-me sinceramente de Vos ter ofendido e prometo, com a Vossa graça, nunca mais Vos tornar a ofender.
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Padre Nosso e Ave Maria.
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Senhor, tende piedade de nós. 
Senhor, tende piedade de nós.

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Oração final
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Ó Jesus! Seja sempre bendito o Vosso Coração amabilíssimo! Meu Deus, quem teria sido capaz de dar uma só gota de sangue por mim! … E Vós destes todo… até a última gota… para salvar a minha alma! … Todavia, quantas vezes para agradar às criaturas, Vos tenho desprezado, meu sumo Bem! Oh! perdoai-me pelo Vosso sangue precioso! … Quero para o futuro amar-Vos de todo o meu coração… e cumprir fielmente a Vossa santíssima vontade … Amparai-me sempre com a Vossa graça… Concedei-me que o meu último alimento seja o Vosso Corpo adorável! que a minha última palavra seja o Vosso Nome Bendito, que o meu último suspiro seja um suspiro de amor e de arrependimento! Ó Jesus, pela desolação imensa que sofrestes no Calvário, especialmente quando a Vossa Alma se separou do Vosso Corpo divino, tende piedade da minha alma, quando sair do meu corpo miserável… Assim, depois de Vos ter seguido nas breves tribulações da vida, eu Vos seguirei na felicidade eterna do Paraíso… Amém
 .
(Manual do Coração de Jesus, 26ª Edição Brasileira, 1951)

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Extraído dos blogs SPES e A grande guerra

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Prezada Leticia

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Fui ao teu site para ver como ficou a tua publicação. A este propósito vou comentar algumas coisas.
 Veja a maneira como Rorate falseia toda a questão ao apresentar, no comentário que faz ao artigo, o dilema: manter uma estética anacrônica… e seus aspectos externos circunstanciais… ou adaptar-se aos tempos novos  para atrair as almas sensíveis?
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Nota do Rorate: Haverá quem leia as palavras do Padre e imediatamente diga: mas os anos 50 me atraem! Essa não é a questão: a questão é se isso atrai mais pessoas que poderiam ser favoráveis à Tradição. O que é mais importante, “manter a estética de um período no tempo (um período de tempo para uma parte da humanidade), ou tentar encontrar a melhor maneira de atrair aquelas almas sensíveis que, de outro modo, rejeitariam a Tradição por causa de aspectos externos circunstanciais?”
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Letícia, sinto cheiro de Vaticano II pelo ar… o mesmo argumento do Padre Guillaume Gaud, FSSPX, e do Rorate, é também usado para justificar a missa nova… A mentalidade desse padre Gaud que escreveu o artigo, parece ser a mentalidade do Gaudium et Spes : alegria e esperança porque a Igreja vai sacudir a poeira sobre os moveis antigos e vai se adaptar aos tempos novos para assim atrair as pessoas… A FSSPX vai sacudir a poeira tradicionalista e afinal atrair as “almas sensíveis”…
Mas não se pode reduzir a questão a uma “estética” anacrônica ou a “aspectos externos circunstanciais”. Há algo mais profundo envolvido nisso: a Teologia Moral. Claro, pois o uso de roupas, sobretudo a moda feminina, toca na questão da Moral, e constitui matéria grave, como no uso das minissaias e shorts etc. Curioso, essas “almas sensíveis” que devem ser atraídas a qualquer custo, são as que utilizam as modas imorais que ofendem muito Nosso Senhor e Nossa Senhora, como disse Jacinta… Fico pasmo de ver essa espécie de suposto zelo pastoral em relação a pessoas que no fundo são insensíveis ao ofender, pelos trajes que usam, a Nosso Senhor e Nossa Senhora. No fundo, a preocupação não é mais com Deus, suas leis, seus mandamentos: é com as almas sensíveis que não podem ser contrariadas. Deus é que se arranje! É a religião do Homem, não mais a religião de Deus.
Então, vamos ver de frente a questão: há uma grave problemática de Teologia Moral que está sendo escamoteada pelo Padre Gaud e pelo Rorate, com a anuência do moderador do blog “jornalístico” brasileiro. E no bojo das afirmações ou insinuações do Padre Gaud, está envelopada a sua — até agora não confessada — admiração pelo Concilio Vaticano II. Como dizem os franceses, quem viver verá…
 Chama a atenção a rejeição radical que esse Padre Gaud faz da Civilização Cristã. De fato o Cristianismo penetrou na sociedade, criou instituições, atenuou, aperfeiçoou, criou novos costumes e moldou modos de ser. Mas o Padre Gaud sentencia categórico sem sequer estabelecer matizes: ”Não deveria existir um ‘ambiente tradicional’. A Tradição Católica não deve ser um meio social, porque isso não é Cristianismo.”
Ambiente tradicional é Cristianismo, sim, Padre Gaud! É Civilização Cristã! É aplicação da Moral católica!
Bem, Letícia, há algo em comum na atitude do Padre Gaud, Rorate, blog “jornalístico” brasileiro e seu moderador: tiraram a máscara. Mostraram que sua psicologia profunda é a mesma dos reformistas conciliares.
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*** (nome do leitor)

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Extraído do blog SPES

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Deus, qui pro nobis Filium tuum Crucis patibulum subire voluisti, ut inimici a nobis expelleres potestatem: concede nobis famulis tuis, ut resurrectionis gratiam consequamur. Per eumdem Dominum.

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Ó Deus, que quisestes que o vosso Filho sofresse no patíbulo da Cruz para nos libertar do poder do inimigo, fazei que os vossos servos alcancem a graça da ressurreição. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo.

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Como podem os judeus negar os profetas?!
Como se atrevem os apóstatas a negar o caráter propiciatório da Missa?!
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Isaías 53: 1-12
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“Naqueles dias, disse Isaías: Senhor, quem dará crédito às nossas palavras? E a quem foi revelado o poder do Senhor? Apareceu diante de nós, como um arbusto, – como uma raiz em terra calcinada: não tem beleza nem formosura: vimo-lo, mas em nada nos atraía o olhar: por isso, nem o reconhecemos! Desprezado e rebotalho da espécie humana: homem de dores e experimentado no sofrimento! De desprezado, o seu rosto como que não se via, – e por isso nenhum caso fizemos dele! Ora ele tinha carregado verdadeiramente sobre si as nossas doenças e as nossas dores! E nós a julgá-lo como um leproso, como castigado e humilhado por Deus! Ora, foi por causa dos nossos crimes que ele foi triturado! Caiu sobre ele o castigo que nos devia trazer a paz, e foram as suas chagas que nos curaram! Todos nós andávamos como ovelhas desgarradas, extraviados cada qual por seu caminho: e foi sobre ele que o Senhor descarregou as iniquidades de todos nós! Foi oferecido em sacrifício, porque ele mesmo o quis, e nem abriu a boca. Como uma ovelha levada ao matadouro, e como cordeiro diante de quem o tosquia, assim guardou silêncio, e nem sequer abriu a boca! Foi julgado iniquamente no meio da sua angústia – e quem é que, no seu tempo, se preocupou com a sua causa? Ora ele foi ceifado de entre os vivos, – liquidado por causa dos nossos pecados! Sepultaram-no no meio dos ímpios, e ao morrer encontra-se entre malfeitores! Todavia, jamais fez o mal, e nunca se ouviu mentira na sua boca! Mas o Senhor quis consumi-lo com sofrimentos. Quando tiver oferecido sua vida em expiação dos pecados, verá uma descendência duradoira, e os desígnios do Senhor prosperarão em suas mãos. Verá os frutos do que a sua alma sofreu, e ficará satisfeito. Pelos seus sofrimentos, este meu servo justificará multidões, tomando sobre si as suas iniquidades. Por isso também eu lhe darei um lugar entre os grandes; distribuirá os despojos com os fortes, porque se entregou a si mesmo à morte, e se deixou contar no número dos malfeitores, tomando sobre si os pecados das multidões, e intercendendo pelos pecadores!”
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GRAVE PERIGO

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O desejo de certos padres da Fraternidade Sacerdotal São Pio X de buscar um acordo prático com as autoridades da Igreja sem um acordo doutrinal parece ser uma tentação recorrente. Há anos D. Fellay, como Superior Geral da Fraternidade, tem rejeitado a ideia, mas, quando ele disse em Winona, em 2 de fevereiro, que Roma está disposta a aceitar a Fraternidade tal como é, e que está pronta a satisfazer “todas as exigências da Fraternidade… no plano prático”, é como se Roma estivesse oferecendo a mesma tentação outra vez.
Não obstante, a última notícia vinda de Roma é conhecida por muitos de vocês: a não ser que o Vaticano esteja jogando com a FSSPX, ele anunciou na última sexta-feira, 16 de março, que julga a resposta de janeiro de D. Fellay a seu Preâmbulo Doutrinal de 14 de setembro passado “insuficiente para superar os problemas doutrinais que estão na base da fratura entre a Santa Sé e a FSSPX.” E o Vaticano deu à FSSPX um mês para “esclarecer sua posição” e evitar “uma ruptura de consequências dolorosas e incalculáveis”.
Mas e se Roma repentinamente cessasse de requerer a aceitação do Concílio e da Missa Nova? E se Roma repentinamente dissesse: “Tudo bem. Nós já pensamos sobre isso. Voltem à Igreja do modo que desejarem. Nós lhes daremos a liberdade de criticar o Concílio como muitos de vocês gostariam, e a liberdade de celebrar exclusivamente a Missa Tridentina. Mas entrem!” Poderia ser um movimento muito hábil da parte de Roma, pois como poderia a Fraternidade rejeitar tal oferta sem parecer inconsistente e completamente ingrata? Mas ainda por razões de sobrevivência ela teria de rejeitá-lo. Por razões de sobrevivência? Palavras fortes. Há, porém, um comentário do Arcebispo Lefebvre sobre o assunto.
Em 5 de maio de 1988, ele assinou com o então Cardeal Ratzinger o protocolo (redação provisória) de um acordo prático Roma-FSSPX. Em 6 de maio, retirou sua assinatura (provisória). Em 13 de junho, disse: “Com o Protocolo de 5 de maio nós logo estaríamos mortos.  Nós não teríamos durado mais um ano. A partir de agora a Fraternidade está unida, mas com aquele Protocolo nós teríamos tido de manter contato com eles, teria havido divisão na FSSPX, tudo seria causa de divisão” (destaque acrescentado). “Novas vocações poderiam ter acorrido até nós porque estaríamos unidos a Roma, mas essas vocações não suportariam desacordos com Roma, o que significaria divisão. Tal como são as coisas, as vocações peneiram-se a si mesmas antes de chegar até nós” (o que ainda é verdade nos seminários da Fraternidade).
E por que essas divisões? (Vocações hostis seriam apenas um exemplo entre incontáveis outros.) Claramente, porque o Protocolo de 5 de maio teria significado um acordo prático erigido sobre um radical desacordo doutrinal entre a religião de Deus e a religião do homem. O Arcebispo veio a dizer: “Eles nos estão puxando para o Concílio… ao passo que de nosso lado nós estamos salvando a Fraternidade e a Tradição mantendo cuidadosamente nossa distância deles” (destaque acrescentado). Então por que o Arcebispo buscou tal acordo inicialmente? Ele continua: “Nós fizemos um esforço honesto para manter a Tradição continuando dentro da Igreja oficial. O que se revelou impossível. Eles não mudaram senão para pior”.
E mudaram desde 1988? Muitos pensariam que apenas para pior ainda.
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Kyrie eleison.
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Extraído do blog SPES

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A entrada solene de Jesus em Jerusalém é a realização da profecia de Zacarias (Zacarias 9:9) evocada no evangelho da benção dos ramos. As aclamações da multidão são tiradas do Salmo 117, dentre outros. Um hino a Cristo Rei deveria ser cantado por ocasião da saída em procissão de ramos.
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HINO A CRISTO REI
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Cristo, Rei e Redentor, a Vós a honra e a glória,
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Que as crianças inocentes Vos deram, cantando, hosanas!
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*Cristo, Rei e Redentor (todos repetem).
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Rei bentido, por direito, vindo em nome do Senhor,
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Vós sois o Rei de Israel, pois descendeis de David.
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*Cristo, Rei e Redentor.
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Louvam-Vos todas as coisas: no Céu, os coros dos Anjos;
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Cá na Terra, as criaturas, bem como os homens mortais.
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*Cristo, Rei e Redentor.
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Como os hebreus Vos festejam, com verdes palmas na mão
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Eis-nos aqui, ante Vós, com hinos, preces e cânticos.
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*Cristo Rei e Redentor.
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Todas estas homenagens, de antes da vossa paixão,
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Nós Vo-las damos agora, quando já reinais na glória.
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*Cristo, Rei e Redentor.
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Que esta antiga aclamação, que outrora Vos agradou,
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Vos agrade também hoje, Rei bondoso e Rei clemente!
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*Cristo, Rei e Redentor.
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Nosso Senhor Jesus Cristo ao entrar triunfante em Jerusalém cumpriu diversas profecias da Lei.
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Zacarias 9:9-10

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Exulta de alegria, filha de Sião!
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Solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém!
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Eis que o teu rei vem a ti:
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ele é justo e vitorioso,
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humilde, montado num jumento,
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sobre um jumentinho, filho de uma jumenta.
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Ele exterminará os carros de guerra de Efraim
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e os cavalos de Jerusalém;
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o arco de guerra será quebrado.
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Proclamará a paz para as nações.
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O seu império irá de um mar a outro mar
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e do Rio às extremidades da terra.
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A entrada por onde Cristo entrou triunfante em Jerusalém chama-se Portão Dourado e em Ezequiel 44:1-3 foi profetizado que esta porta haveria de ser selada após a vinda do Cristo.

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Ezequiel 44:1-3
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Ele conduziu-me ao pórtico exterior do santuário, do lado oriental. Mas estava fechado.
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E o Senhor disse-me: Este pórtico será fechado. Não será aberto e ninguém passará por ele, porque o Senhor, o Deus de Israel, entrou por ele. Ficará, pois, fechado.
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Mas o príncipe, ele, poderá sentar-se aí para tomar a sua refeição diante do Senhor. É pelo vestíbulo do pórtico que entrará e por ele sairá.

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