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Archive for janeiro \27\-03:00 2013

O LIBERALISMO – BLASFÊMIA

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O liberalismo é realmente tão horrível como parece ser? Essa ou aquela pessoa é acusada de ser “liberal”, mas uma grande quantidade de acusados nega vigorosamente que o rótulo se atribua a ela. Quem está certo? Acusadores ou acusados? Como “liberalismo” é um nome para o erro abrangente dos tempos modernos, responsável por lançar um sem-número de almas no fogo do Inferno, ele certamente merece mais uma abordagem.
A liberdade tanto se relaciona com aquilo de que estou livre, ou seja, de uma ou outra restrição, como se relaciona com aquilo para o que estou livre, ou seja, para um ou outro propósito. Destes dois tipos de liberdade, a liberdade negativa da restrição vem antes do propósito positivo no tempo, mas depois dele em importância. Vem antes no tempo porque, se estou impedido de alcançar um objetivo, o alcançar o meu objetivo está fora de questão. Por outro lado, vem depois em importância porque o valor da não restrição dependerá do valor do objetivo para o qual ela é utilizada. Assim, segurar uma faca liberta-me de estar desarmado, mas, se eu usar essa “liberdade de” para cortar o pão para comer, a “liberdade de” é boa, enquanto, se eu usá-la para esculpir minha avó, a “liberdade de” se torna assassina.
Agora, o que o liberalismo faz é tornar a “liberdade de” um – ou o – valor supremo em si mesmo, independentemente da “liberdade de”, ou o propósito bom ou mau para o qual ela vai ser usada. Assim, a liberdade ou a “liberdade de” se torna independente de um propósito bom ou ruim, independente do certo e do errado. Mas a diferença entre o certo e o errado é parte essencial da criação de Deus, concebida do fruto proibido no Jardim do Éden em diante para o homem fazer a sua escolha entre o Céu e o Inferno. Portanto, colocar a falta de constrangimento do homem adiante da lei de Deus é colocar o homem antes de Deus.
Sendo, então, a negação implícita da lei moral de Deus, do certo e do errado, o liberalismo implicitamente faz guerra a Deus, colocando o “direito” humano do homem de escolher acima do direito divino de Deus para comandar. Agora, como o Arcebispo Lefebvre costumava dizer, os liberais vêm em 36 variedades diferentes, nem todas com a intenção de fazer guerra a Deus. Mas a guerra a Deus continua a ser a conclusão lógica dos liberais, que dão valor supremo à liberdade, que é a razão pela qual para muitos deles vale tudo. Deus e suas regras foram postos de lado, e então a adoração da liberdade se torna para os liberais a sua religião substituta, uma religião sem regras, exceto a sua própria vontade. Sendo, além disso, uma substituta da religião, ela deve livrar-se da verdadeira religião, que bloqueia seu caminho, e assim os liberais se tornam naturalmente cruzados contra a ordem de Deus em todos os cantos de sua criação: casamentos livres de gênero, famílias livres das crianças, Estados livres de um líder, a vida livre da moral, e assim por diante. Tal guerra contra a realidade de Deus é algo completamente insano, mas os liberais, aparentemente tão doces para com os seus companheiros a quem eles estão “libertando”, podem de fato ser totalmente cruéis para quem fica no caminho da sua cruzada. É na lógica do substituto da religião que eles não precisam ter nenhuma decência normal em tripudiar sobre os antiliberais, que não merecem compaixão.
Há 20 séculos a Igreja Católica condenou tal insanidade. No entanto, no Concílio Vaticano II a Igreja oficial deu lugar a ela, por exemplo, ao declarar (Dignitatis Humanae) que cada Estado deve proteger mais a liberdade das restrições civis na prática de sua religião que suas “liberdades-para” a prática da verdadeira religião. E agora os líderes de determinada sociedade religiosa querem colocá-la sob a autoridade dos romanos do Vaticano II. Para a religião verdadeira, tal ação é, como a chamou o Arcebispo Lefebvre, uma “Operação Suicida”. Sendo assim, o liberalismo é intrinsecamente suicida.
Kyrie eleison.

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Conversão de São Paulo

Fonte: Escravas de Maria

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25/01 Sexta-feira

Festa de Terceira Classe
Paramentos Brancos
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Saulo, natural de Tarso, na Cilícia, filho da tribo de Benjamim e ao mesmo tempo cidadão romano, possuía talentos extraordinários, bons e nobres sentimentos, aliados a uma força de vontade inquebrantável. No tempo em que Jesus Cristo pregava o Evangelho na Palestina, Saulo, assentado aos pés do célebre Gamaliel, estudava as ciências dos Santos Livros. Os belos talentos que possuía, sua aplicação e sobretudo seu zelo ardente  pela lei de Moisés e as tradições do povo, chamaram a atenção dos fariseus.
O crescimento rápido da Igreja de Jesus de Nazaré, o aumento espantoso do número dos discípulos de Cristo crucificado fizeram com que no coração de Saulo se incendiasse um ódio mortal aos cristãos, por ele considerados traidores da causa pátria. Qual lobo voraz, tinha sede do sangue dos mesmos, e quando o primeiro mártir Santo Estevão morreu, vítima do ódio dos fariseus, os algozes depositaram as vestes aos pés de Saulo. Mas o jovem diácono vingou-se do jovem fariseu, alcançando-lhe a conversão, pelas suas orações.
Apenas dois anos depois da morte de Jesus, incitado constantemente pelo ódio dos fariseus, Saulo foi ao Sumo Sacerdote, e pediu-lhe cartas para a sinagoga de Damasco, com poderes para trazer presos para Jerusalém todos os partidários de Jesus, homens e mulheres. Em caminho, já  perto daquela cidade, de repente lhe reluziu em torno uma luz, vinda do céu. Caiu por terra e ouviu uma voz, que lhe dizia: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Ele respondeu: “Quem sois vós, Senhor?” O Senhor disse: “Eu sou Jesus, a quem persegues”. Tremendo e todo assustado, disse: “Senhor, que quereis que eu faça?” O Senhor respondeu-lhe: “Levanta-te e entra na cidade, lá se te dirá o que tens que fazer”. Os homens do séquito  atônitos, ouviram a voz, mas não viam pessoa alguma. Saulo levantou-se, abriu os olhos, mas estava cego. Tomaram-no pela mão e levaram-no para Damasco. Passou três dias sem ver e não comeu nem bebeu. Havia em Damasco um discípulo, chamado Ananias. O Senhor disse-lhe em visão: “Levanta-te e vai à Rua Direita; procura na casa de Judas um homem de Tarso, chamado Saulo. Neste momento ele ora” (e Saulo viu numa visão um homem, chamado Ananias, entrar e impor-lhe  as mãos, para que recobrasse a vista). Ananias respondeu: “Senhor, tenho ouvido falar muito desse homem e do mal que fez aos santos em Jerusalém. Mesmo para cá ele trazia plenos poderes dos Príncipes dos Sacerdotes para meter em ferros todos os que invocam vosso nome”. O Senhor, porém, disse-lhe: “Vai, este homem é um instrumento de minha escolha, para levar o meu nome às nações e aos reis, assim como aos filhos de Israel. Vou ensinar-lhe a ele quanto tem de sofrer por meu nome”. Ananias foi. Chegando à casa, impôs as mãos a Saulo e disse-lhe: “São Paulo, meu irmão, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho, manda-me para te restituir a vista, e encher-te do Espírito Santo”. No mesmo instante, lhe caíram dos olhos como que escamas, e pode ver. Levantou-se e fez-se batizar. São Paulo ficou ainda alguns dias em Damasco com os discípulos; e logo pregou nas sinagogas, que Jesus é Filho de Deus.
Os ouvintes ficaram admirados e diziam: “Não era ele, que em Jerusalém queria matar a todos que invocam o nome de Jesus? Não veio aqui com a determinação de levá-los amarrados aos Príncipes dos Sacerdotes?”  No entanto, Paulo ganhava de mais a mais, e levava a confusão no meio dos Judeus em Damasco, provando que Jesus é o Messias.
Decorridos alguns dias, os judeus deliberaram, em conselho, matá-lo. Estas intenções chegaram ao conhecimento de Paulo.  Os judeus vigiavam as portas da cidade dia e noite, para que não escapasse. Mas os discípulos, tomando-o de noite, fizeram-no descer pela muralha dentro de um cesto.
Chegando a Jerusalém, Paulo procurou achegar-se aos discípulos, mas estes o temiam, não acreditando na sua conversão. Então Barnabé tomou-o e levou-o aos Apóstolos. Contou-lhes que o Senhor tinha aparecido a São Paulo em caminho, e falou-lhes da coragem com que Paulo se tinha declarado, em Damasco, em favor do nome de Jesus. Desde então Paulo ia e vinha com eles em Jerusalém, e falava com toda a liberdade no nome do Senhor.
São Paulo, dantes inimigo do nome de Cristo, tornou-se-lhe o maior defensor. Outrora recebia cartas com ordens de destruir as Igrejas e aprisionar os cristãos; depois, como Apóstolo, escreveu muitas epístolas, para suma edificação dos fiéis, epístolas cheias de sabedoria e do Espírito Santo. Conhecendo o mal que fizera, conhecendo a gravidade dos seus pecados, empenhou toda a energia na propaganda da doutrina de Jesus Cristo.
Percorreu a Asia Menor, atravessou todo o Mediterrâneo em 4 ou 5 viagens. Elaborou uma teologia cristã e ao lado dos Evangelhos suas epístolas são fontes de todo pensamento, vida e mística cristãs. Além das grandes e contínuas viagens apostólicas e das prisões e sofrimentos por que passou, deve-se a ele que se denomina “servo de Cristo”, a revelação da mensagem do Salvador, ou seja, as 13 Epístolas ou Cartas. Elas são a doutrina a Teologia do Novo Testamento, exposta por um Apóstolo. São Paulo, Apóstolo, sofreu o martírio em Roma. O ano é incerto, mas deve ter ocorrido entre 64 e 67.
Duas festas litúrgicas foram criadas em homenagem a São Paulo. A primeira em 25 de janeiro, foi instituída na Gália, no século VIII, para lembrar a conversão do Apóstolo e entrou no calendário romano no final do século X. A segunda, lembrando o seu martírio a 29 de junho, juntamente com o do Apóstolo São Pedro, foi inserida no santoral (livro dos santos) e havia desde o século IV o costume de celebrar neste dia três Missas. A primeira na basílica de São Pedro no Vaticano, a segunda na basílica de São Paulo fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos dois Apóstolos tiveram de ser escondidas por algum tempo para subtraí-las à profanação. Há um eco deste costume no fato de que além da Santa Missa do dia é previsto um formulário para a Santa Missa vespertina da vigília.

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Epístola
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I Atos dos Apostolos 9, 1-22
Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes, e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos a Jerusalém todos os homens e mulheres que achasse seguindo essa doutrina. Durante a viagem, estando já perto de Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Saulo disse: Quem és, Senhor? Respondeu ele: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. [Duro te é recalcitrar contra o aguilhão. 6Então, trêmulo e atônito, disse ele: Senhor, que queres que eu faça? Respondeu-lhe o Senhor:] Levanta-te, entra na cidade. Aí te será dito o que deves fazer. Os homens que o acompanhavam enchiam-se de espanto, pois ouviam perfeitamente a voz, mas não viam ninguém. Saulo levantou-se do chão. Abrindo, porém, os olhos, não via nada. Tomaram-no pela mão e o introduziram em Damasco, onde esteve três dias sem ver, sem comer nem beber. 10 Havia em Damasco um discípulo chamado Ananias. O Senhor, numa visão, lhe disse: Ananias! Eis-me aqui, Senhor, respondeu ele. 11 O Senhor lhe ordenou: Levanta-te e vai à rua Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso, chamado Saulo; ele está orando.12 (Este via numa visão um homem, chamado Ananias, entrar e impor-lhe as mãos para recobrar a vista.) 13 Ananias respondeu: Senhor, muitos já me falaram deste homem, quantos males fez aos teus fiéis em Jerusalém. 14 E aqui ele tem poder dos príncipes dos sacerdotes para prender a todos aqueles que invocam o teu nome. 15 Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este homem é para mim um instrumento escolhido, que levará o meu nome diante das nações, dos reis e dos filhos de Israel. 16 Eu lhe mostrarei tudo o que terá de padecer pelo meu nome. 17 Ananias foi. Entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Saulo, meu irmão, o Senhor, esse Jesus que te apareceu no caminho, enviou-me para que recobres a vista e fiques cheio do Espírito Santo. 18 No mesmo instante caíram dos olhos de Saulo umas como escamas, e recuperou a vista. Levantou-se e foi batizado. 19 Depois tomou alimento e sentiu-se fortalecido. Demorou-se por alguns dias com os discípulos que se achavam em Damasco. 20 Imediatamente começou a proclamar pelas sinagogas que Jesus é o Filho de Deus. 21 Todos os seus ouvintes pasmavam e diziam: Este não é aquele que perseguia em Jerusalém os que invocam o nome de Jesus? Não veio cá só para levá-los presos aos sumos sacerdotes?22 Saulo, porém, sentia crescer o seu poder e confundia os judeus de Damasco, demonstrando que Jesus é o Cristo.
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Evangelho 
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São Mateus 19, 27-29
27 Pedro então, tomando a palavra, disse-lhe: Eis que deixamos tudo para te seguir. Que haverá então para nós? 28 Respondeu Jesus: Em verdade vos declaro: no dia da renovação do mundo, quando o Filho do Homem estiver sentado no trono da glória, vós, que me haveis seguido, estareis sentados em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. 29 E todo aquele que por minha causa deixar irmãos, irmãs, pai, mãe, mulher, filhos, terras ou casa receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna.

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DUAS VIAGENS

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Viagens desde meados de dezembro, pela América do Norte e pela França, têm-me permitido observar dentro da Fraternidade São Pio X um perigoso estado de indeterminação. Onde o Superior Distrital não está cego, o perigo é contido um pouco momentaneamente, de modo que a resistência é confusa. Onde, no entanto, o Superior Distrital é um servo voluntário da sede da FSSPX, há o movimento de avanço gradual para a neo-Igreja; mas também a Resistência está se formando. O que está em jogo?
Desde a ruptura do protestantismo, o mundo vem deslizando cada vez mais para longe de Deus. Graças ao Concílio de Trento (1545-1563) a Igreja Católica se manteve firme, mas graças ao Concílio Vaticano II (1962-1965) a Igreja Católica oficial começou a cair. Então, graças principalmente (mas não só!) ao Arcebispo Lefebvre (1905-1991) as relíquias da Igreja de Trento se reuniram para formar, no meio do deserto da modernidade, um oásis católico: a FSSPX. Mas era, com certeza, apenas uma questão de tempo para que a débil FSSPX fosse tentada, por sua vez, a participar da queda em que a Igreja poderosa não tinha sido capaz de resistir.
Entretanto, assim como no Concílio Vaticano II a liderança oficial da Igreja fora obrigada a fingir que não estava rompendo com a Igreja Tridentina (por exemplo, Bento XVI e a “hermenêutica da continuidade”), a liderança oficial da FSSPX agora é obrigada a fingir que não está rompendo com o Arcebispo Lefebvre. Assim, como a maioria dos políticos dos últimos 500 anos, os líderes da FSSPX estão falando para a direita enquanto andam para a esquerda, porque é isso o que um grande número de pessoas quer, ou seja, a aparência do Cristianismo sem a sua substância (veja II Tm. III, 1-5, especialmente o versículo 5). Como Descartes, tais líderes “avançam atrás de uma máscara”, procurando disfarçar o seu movimento para a esquerda por baixo de palavras para a direita, ou palavras ambíguas.
O que aconteceu com a FSSPX na primavera passada é que, como diz o Pe. Chazal, a máscara caiu, porque a liderança da FSSPX deve ter calculado que havia chegado o momento de fazer seu movimento aberto de volta para a Igreja mainstream. Infelizmente para esses líderes, surgiu, entre março e junho, resistência suficiente para bloquear, no Capítulo Geral da FSSPX, em julho, qualquer tentativa imediata para se juntar à neo-Igreja. E assim, a partir desse Capítulo, a máscara foi colocada de volta. Mas os liberais não se convertem, o que seria um milagre da graça, porque o esquerdismo é a sua religião real. É por isso que os líderes da FSSPX estão certamente esperando que o mundo moderno, a carne e o diabo continuem o seu trabalho de puxar o clero e os leigos da FSSPX para a esquerda, para que dentro de alguns anos, no máximo, já não haja nenhuma resistência significativa, como havia no verão passado, para a FSSPX voltar à neo-Igreja.
Isso deixa a FSSPX a meio caminho. No entanto, como o bom senso do Arcebispo Lefebvre observou, os superiores moldam os que lhes estão sujeitos e não o contrário. É por isso que, a menos que os atuais líderes da FSSPX sejam desviados por um milagre, a FSSPX está fadada a ser dissolvida na neo-Igreja. Não se pode dizer que a punição não terá sido merecida. Mas vamos rezar à Mãe de Deus por alguns milagres de misericórdia de seu Divino Filho.
Kyrie eleison.

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Onde está a reação?

http://intribulationepatientes.wordpress.com/2013/01/19/onde-esta-a-reacao/

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Devoção das 40 Horas

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Santo Antônio

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Santo Antônio e São Francisco

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PIUS PP. XII

LITTERAE APOSTOLICAE

EXULTA, LUSITANIA FELIX

SANCTUS ANTONIUS PATAVINUS, CONFESSOR,
ECCLESIAE UNIVERSALIS DOCTOR DECLARATUR

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Carta Apostólica
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EXULTA, LUSITANIA FELIX
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Pio XII Para perpétua memória

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“Exulta, ó feliz Lusitânia; regozija-te, feliz Pádua, porque a terra e o céu vos deram um homem que, qual astro luminoso, não menos brilhante pela santidade da vida e pela insigne fama dos milagres do que pelo esplendor da doutrina, iluminou e continua a iluminar todo o universo!
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António nasceu em Lisboa, a primeira cidade de Portugal, de pais cristãos, ilustres por virtude e sangue. Pode deduzir-se de muitos e certos indícios que desde os primeiros alvores da vida, foi abundantemente enriquecido pela mão do Omnipotente com os tesouros da inocência e da sabedoria.
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Ainda muito jovem, tendo vestido o hábito monástico entre os Cónegos Regulares de Santo Agostinho, durante onze anos dedicou-se com o maior empenho a enriquecer a sua alma com as virtudes religiosas e o seu espírito com a sã doutrina. Elevado depois à dignidade sacerdotal por graça do céu, enquanto vai aspirando à vida mais perfeita, os cinco Protomártires Franciscanos em missão de Marrocos consagram com seu sangue os princípios da Religião Seráfica.
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E António, cheio de entusiasmo por triunfo tão glorioso da fé cristã, sentindo-se inflamado de vivíssimo desejo do martírio, (vestido o hábito franciscano), dirigiu-se contente numa nau a Marrocos e chegou felizmente às praias africanas.
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Vítima, no entanto, pouco depois, de grave enfermidade, viu-se obrigado a retomar a nau para voltar à pátria. Desencadeando-se então formidável tempestade, e sendo levado para uma e outra parte nas asas do vento e das ondas, finalmente, por disposição divina, é arrojado ao mais remoto extremo da costa italiana. Dali, desconhecendo o lugar e as pessoas, pensou em dirigir-se à cidade de Assis, onde então se celebrava o Capítulo Geral da Ordem dos Menores.
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Chegado ali, teve a dita de ver e conhecer o Seráfico Pai São Francisco, cujo dulcíssimo aspecto o encheu de consolação e o incendiou de novo ardor seráfico. Tendo-se divulgado mais tarde a fama da celestial doutrina de António, o mesmo Seráfico Patriarca, ao tomar dela conhecimento, confiou-lhe o ofício de ensinar Teologia aos seus frades, mandano-lhe este suavíssimo diploma: “A Frei António, meu bispo, Frei Francisco deseja saúde.
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Apraz-me que ensines aos frades a sagrada Teologia, contanto que neste estudo não extingas o espírito da santa oração e devoção, como na Regra se prescreve”.
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António cumpriu fielmente o ofício do magistério, e deve considerar-se o primeiro professor da Ordem Franciscana. Ensinou primeiro em Bolonha, então primeira sede dos estudos; depois em Tolosa e, finalmente, em Montpellier, onde igualmente floresciam os estudos.
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António ensinou a seus irmãos, recolhendo frutos abundantíssimos e, como lhe ordenara o Seráfico Patriarca, não deixou esmorecer o espírito da oração, antes o Santo de Pádua procurou instruir os seus discípulos não só com o magistério da palavra, mas ainda muito mais com o exemplo duma vida santíssima, conservando e defendendo especialmente o branco lírio da pureza virginal.
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E Deus não deixou de lhe manifestar várias vezes quanto foi estimado pelo Cordeiro Jesus Cristo este amor que tinha à pureza. E fetivamente, enquanto Antônio estava rezando solitário na sua cela eremítica, todo absorto com o espírito em Deus e com os olhos voltados para o céu, eis que, de repente, num raio de luz lhe aparece o Divino Menino Jesus, cingindo-se ao colo do jovem franciscano, e com os seus bracinhos cumula de carícias o nosso Santo que, anjo em carne humana, arrebatado em suavíssimo êxtase, vai pascendo entre os lírios’ (Cant 2,16) junto com os anjos e com o Cordeiro Divino.
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Os autores coevos dão testemunho da muita luz que brilhou na doutrina de Antônio, aliada da pregação da palavra divina, e com eles os autores mais recentes que unanimemente celebram com altos louvores a sua sabedoria e exaltam até ao céu a sua robusta eloquência.
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Quem atentamente percorrer os “Sermões” do paduano, descobrirá em Antônio o exegeta peritíssimo na interpretação das Sagradas Escrituras e o teólogo exímio na definição das verdades dogmáticas, bem como o insigne doutor e mestre em tratar as questões de ascética e de mística – tudo o que, como tesouro da arte divina da palavra, pode prestar não pouco auxílio, especialmente aos pregadores do Evangelho, pois constitui rica mina de onde os oradores sacros podem extrair as provas, os argumentos oportunos para defender a verdade, impugnar os erros, combater as heresias e reconduzir ao recto caminho.
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Ademais, como António costumava confirmar as suas palavras com passos e sentenças do Evangelho, com pleno direito merece o título de “Doutor Evangélico”. De fato, de seus escritos, como de fonte perene de água límpida, não poucos Doutores e Teólogos e oradores sacros têm extraído, e podem continuar a extrair, a sã doutrina, precisamente porque vêem em António o mestre e o doutor da Santa Mãe Igreja.
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Sisto IV, na sua Carta Apostólica Immensa, de 12 de março de 1472, escreve o seguinte: “O bem-aventurado Antônio de Pádua, como astro luminoso que surge do alto, com as excelentes prerrogativas dos seus méritos, com a profunda sabedoria e doutrina das coisas santas e com a sua fervorosíssima pregação, ilustrou, adornou e consolidou a nossa fé ortodoxa e a Igreja católica”.
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Igualmente Sixto V, na sua Bula Apostólica de 14 de janeiro de 1486, deixou escrito: “O bem-aventurado Antônio de Lisboa foi homem de exímia santidade…, e cheio também de sabedoria divina”.
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Além disso, o nosso imediato predecessor Pio XI, de feliz memória, na sua Carta Apostólica Antoníana Sollemnia, publicada em l de março de 1931 por ocasião do sétimo centenário da morte do santo e dirigida ao Exmo. Sr. D. Elias da Costa, então Bispo de Pádua e agora Cardeal da Santa Igreja Romana e Arcebispo de Florença, celebrou a divina sabedoria com que este apóstolo franciscano se dedicou a restaurar a santidade e a integridade do Evangelho.
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Apraz-nos também recordar da mencionada carta do nosso predecessor as seguintes palavras: “O taumaturgo de Pádua levou à sociedade do seu proceloso tempo, contaminada por maus costumes, os esplendores da sua sabedoria cristã e o suave perfume das suas virtudes… O vigor do seu apostolado manifestou-se de modo especial na Itália. Foi este o campo das suas extraordinárias fadigas. Com isto, porém, não se quer excluir outras muitas regiões da França, porque António, sem distinção de raças ou de nações, a todos abençoava no âmbito da sua actividade apostólica: portugueses, africanos, italianos e franceses, a todos, enfim, a quem reconhecesse necessitados do ensinamento católico. Combateu depois com tal ardor e com tão feliz êxito contra os hereges, isto é, contra os Albigenses, Cátaros e Patarenos, na época enfurecidos quase por toda a parte a tentarem extinguir no ânimo dos fiéis a luz da verdadeira fé, que foi chamado com razão “martelo dos hereges”.
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Nem se pode calar aqui, pelo peso e importância que representa, o sumo elogio que Gregório IX tributou ao Paduano, depois de ouvir a pregação de Antônio e comprovar o seu admirável viver, chamando-o “Arca do Testamento” e “Arsenal das Sagradas Escrituras”.
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É igualmente mui digno de memória que, a 30 de maio de 1232, onze meses apenas depois da sua morte, o taumaturgo de Pádua seja inscrito no Catálogo dos Santos, e que, terminado o solene rito da canonização, o mesmo Gregório IX, segundo contam, tivesse entoado em voz alta, em honra do novo Santo, a antífona própria dos Doutores da Igreja: Ó grande Doutor, luz da Santa Igreja, Bem-aventurado António, amante da lei divina, rogai por nós ao Filho de Deus!
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Foi este precisamente o motivo por que desde o primeiro momento se começou a tributar na sagrada liturgia a Santo António o culto próprio dos Doutores da Igreja, e no missal, “segundo o costume da Cúria Romana”, se pôs em sua honra a missa dos Doutores. Esta missa, mesmo depois da correcção do calendário, introduzida pelo Pontífice São Pio V em 1570, nunca deixou de se usar até nossos dias em todas as famílias franciscanas e nos cleros das dioceses de Pádua, de Portugal e do Brasil.
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Pela mesma razão de tudo quanto até agora temos dito, logo depois da canonização de António, se impôs o costume de apresentar à veneração do povo cristão, na pintura e na escultura, a imagem do grande apóstolo franciscano, levando em uma das mãos ou perto um livro aberto, índice da sua sabedoria e da sua doutrina, e tendo na outra uma chama, símbolo do ardor da sua fé.
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Por isso, a ninguém deve admirar que não somente toda a Ordem franciscana, em especial por ocasião dos seus Capítulos Gerais, mas também muitos ilustres personagens de todas as classes e condições tenham exprimido muitas vezes o vivo desejo de ver confirmado e estendido a toda a Igreja o culto de Doutor, desde há séculos tributado ao Taumaturgo de Pádua.
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Estes desejos intensificados principalmente por ocasião do sétimo centenário da morte de Santo António, em vista também das honras extraordinárias a ele tributadas, a Ordem dos Frades Menores, primeiro ao nosso imediato predecessor Pio XI e recentemente também a Nós, apresentou súplicas ardentes para que nos dignássemos contar a António entre os Santos Doutores da Igreja.
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E como para exprimir o mesmo desejo concorre também o sufrágio tanto de muitos Cardeais da Santa Igreja Romana, de Arcebispos e Bispos, de Prelados, Ordens e Congregações religiosas, como de outras doutíssimas personagens eclesiásticas e seculares e, finalmente, de mestres de Universidades, instituições e associações, julgamos oportuno confiar ao exame da Sagrada Congregação dos Ritos assunto de tanta importância.
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Esta Sagrada Congregação, mostrando-se, como costuma, disposta a seguir as Nossas ordens, elegeu uma Comissão especial e oficial, para que fizesse exame cuidadoso da proposta. Pedido, pois, e obtido em separado e depois dado à estampa o voto de cada um dos comissionados, não faltava mais que interrogar os membros da Sagrada Congregação sobre se, dadas as três condições que o Nosso predecessor Bento XIV requer no Doutor da Igreja universal, isto é, santidade insigne, eminente doutrina celeste e declaração pontifícia, julgava que se podia declarar Santo António Doutor da Igreja universal.
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Na sessão ordinária celebrada no Vaticano a 12 de junho de 1945, os Eminentíssimos Cardeais encarregados dos assuntos da Sagrada Congregação dos Ritos, depois que o Nosso amado filho Rafael Carlos Rossi, Cardeal-Presbítero, Secretário da Sagrada Congregação Consistorial e relator desta causa, fez sobre ela o devido relatório, e depois de ter ouvido o parecer do Nosso amado filho Salvador Natucci, Promotor Geral da Fé, deram o seu próprio assentimento.
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Estando assim as coisas, Nós, por Nossa espontânea e boa vontade, secundando o desejo de todos os Franciscanos e de todos os demais citados, pelo teor da presente carta, de ciência certa e com madura deliberação e com a plenitude do poder apostólico, constituímos e declaramos a Santo António de Pádua, Confessor, Doutor universal da Igreja, sem que possam obstar as Constituições e Ordenações Apostólicas e qualquer outra coisa em contrário. E isto o estabelecemos, decretando que a presente carta deva ser e permanecer sempre firme, válida e eficaz, e surta e obtenha o seu pleno e inteiro efeito, que assim, e não de outra maneira se deva julgar e definir; como também, a partir deste momento, declaramos inválido e nulo tudo quanto porventura intente contra as preditas disposições qualquer pessoa ou autoridade por conhecimento ou por ignorância.
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Dada em Roma, junto de São Pedro, sob o anel do Pescador, no dia 16 de janeiro, festa dos Protomártires Franciscanos, no ano de 1946, sétimo do nosso Pontificado.”

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Fonte: Escravas de Maria

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14/01 Segunda-feira
Festa de Terceira Classe

Paramentos Brancos 
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Santo Hilário de Poitiers (ca. 300 – 368 d.C.) foi um bispo na cidade romana de Pictavium, atual Poitiers, na Gália, e é um dos Doutores da Igreja. Ele também é muitas vezes chamado de “Martelo dos Arianos” (em latim: Malleus Arianorum) e o “Atanásio do ocidente”. Seu nome vem da palavra grega para “feliz” ou “alegre”.
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«Sobre a Santíssima Trindade»
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A união entre o Pai e o Filho
«Eu e o Pai somos um só».
Como os hereges não podem negar estas palavras, ditas de modo tão absoluto, as corrompem e as falseiam no sentido de sua impiedade, para torná-las condenáveis. Tentam limitá-las a uma simples unanimidade, como se no Pai e no Filho a unidade fosse só de vontade e não de natureza, isto é, como se fossem Eles uma só coisa, não pelo que são, mas pelo que querem. A tal interpretação adaptam, a seu modo, aquele passo dos Atos dos Apóstolos onde se diz: “a multidão dos crentes era um só coração e uma só alma”. Almas e corações em número plural podem se unificar pela convergência das vontades a um único objeto. Servem-se também os hereges do que está escrito aos Coríntios: “quem planta e quem rega são um só”. Nesses dois haveria unidade moral, porquanto não difere o ministério instituído para a salvação. Abusam também daquilo que disse o Senhor, quando rogou ao Pai a salvação das nações que creriam em si: “Não só por estes rogo, mas também pelos que hão de crer em mim mediante a sua palavra, a fim de que todos sejam um, assim como Tu, Pai, és em Mim e Eu em Ti; que eles também sejam um em Nós”. Ora, como os homens não podem dissolver-se em Deus, nem misturar-se num conglomerado indistinto, sua unidade lhes virá só de uma vontade unânime. Quando os homens fazem o que é do agrado de Deus – argumentam – a harmonia dos espíritos os associa. Logo, concluem, não é a natureza, mas a vontade que os unifica. Ignora a sabedoria quem a Deus ignora. E como a sabedoria é o Cristo, está fora da sabedoria quem ignora o Cristo ou só o conhece através dessa gente que prefere ver no Senhor de Majestade, no Rei dos séculos e Deus Unigênito, uma simples criatura, em vez do verdadeiro Filho. E se se obstinam são ainda mais estultos na defesa de sua mentira. Deixando de lado por ora a questão da unidade do Pai e do Filho, podemos perfeitamente refutá-las com as mesmas armas que empregam. De fato, quando se diz que a alma e o coração dos fiéis eram um, pergunto se isso não acontecia pela Fé comum. Sim, pela Fé é que o coração e a alma dos fiéis eram uma só coisa. Interrogo agora se essa Fé é uma ou múltipla. Uma só, certamente, como aliás já o Apóstolo no-la assegura, pregando ser uma a Fé, um o Senhor, um o batismo, uma a esperança e um só Deus. Ora, se pela Fé, isto é, pela natureza de uma só Fé, todos eram um, como não aceitarás física a unidade dos que são um pela natureza da única Fé?Todos, na verdade, tinham renascido para a inocência, a imortalidade, o conhecimento de Deus, a Fé e a Esperança. E se essas coisas não podem divergir entre si, pois também a Esperança é uma só, e Deus é único, único é o Senhor, e único o banho regenerador,quem poderia dizer que elas são unificadas mais pelo acordo de vontade que por própria natureza? E que, igualmente, só pela vontade são unificados os que renasceram para aqueles bens? Se, porém, foram, antes, regenerados para a natureza de uma mesma vida e eternidade, (pelo que seu coração e sua alma se faziam um Só), não podemos aqui falar de mera unidade moral: muitos são um Só na regeneração da mesma natureza. Não estamos falando de nós mesmos, nem arranjamos algumas citações falsificadas, corrompendo o sentido das palavras para iludir os nossos ouvintes. Mantendo a forma da sã doutrina, só acolhemos e prezamos o que é genuíno. O Apóstolo, em verdade, ensina, ao escrever aos Gálatas, que a unidade dos fiéis lhes vem da natureza dos sacramentos: “todos os que fostes batizados em Cristo, vos revestistes de Cristo; não há mais nem gentio nem grego, servo nem livre, homem nem mulher: todos sois um só em Cristo Jesus”. Se, pois, tantos são um só, apesar da grande diversidade de nações, condições e sexo, quem poderá supor que isso lhes vem do mero consenso moral? Não será, antes, da unidade do sacramento, um só batismo, onde todos se revestiram do único Cristo? Que vem aqui fazer a mera concórdia das vontades, quando eles são um só, precisamente porque se revestiram do Cristo único, mediante a realidade do batismo único? Quando diz a Escritura serem um só o que planta e o que rega, não é também porque, renascidos eles mesmos de um só batismo, constituem, por sua vez, um ministério único na administração do banho regenerador? Não fazem, porventura, a mesma coisa? Não são um só, em um só? Ora, os que são um só pela mesma coisa, são assim por natureza, não apenas por vontade. Tornaram-se um, e são, ao mesmo tempo, ministros da mesma coisa e do mesmo poder. Sirvo-me sempre das alegações opostas pelos tolos, para demonstrar sua tolice. E claro: sendo a verdade firme e imutável, tudo o que uma inteligência perversa e insensata arranja para contradizê-la, vindo em sentido oposto, há de aparecer forçosamente falso e estulto. Procurando enganar-nos os heréticos arianos com o texto que diz: “Eu e o Pai somos uma só “, aduziram também outra palavra do Senhor, para levar a que se pensasse (em vez da unidade de natureza e da não diversa divindade) numa simples união de mútuo amor e concórdia de vontades. E este o texto: “para que todos sejam um só; assim como tu, Pai, és em Mim e Eu em Ti, que eles também sejam um em Nós”. Exclui-se, evidentemente, das promessas evangélicas quem se exclui da fé das mesmas. O crime da inteligência ímpia faz perder a esperança, que é simples. Ora, não ter o conhecimento daquilo que constitui o objeto da Fé, merece não castigo, mas prêmio, pois o maior estipêndio da Fé é esperarmos o que não conhecemos. A última loucura da impiedade é, ou não crer nas coisas que conhece, ou corromper o conhecimento do que deve crer. Mas ainda que a impiedade mude o sentido daquelas palavras, nem por isso perdem o verdadeiro significado. O Senhor roga ao Pai para que os que crerem nele sejam um só e, como ele mesmo está no Pai e o Pai nele, também sejam neles um só. Por que vens agora introduzir a simples concórdia, a unidade de alma e coração, fundada exclusivamente na harmonia das vontades? Seria assim, com plena propriedade da expressão, se o Senhor, ao dirigir-se ao Pai, tivesse usado termos como estes: Pai, assim como nós queremos uma só coisa, também eles queiram uma coisa, e sejamos todos um só pela concórdia das vontades… Terá acaso a própria Palavra ignorado a significação das palavras? Não saberá a Verdade dizer coisas verdadeiras? Falou com astúcia a Sabedoria? Aquele que é a Força terá sido incapaz de dizer o que queria? Ora, ele falou, enunciando os puros e verdadeiros mistérios da Fé evangélica. Nem se limitou a falar para só mostrar, mas ensinou à nossa Fé nestas palavras: “que todos sejam um só; assim como tu, Pai, és um em Mim e Eu em Ti, que eles também sejam um em nós”. O pedido do Cristo é, primeiro, “para que todos sejam um só”; em seguida, mostra o modelo da unidade a seguir, nestas palavras: “assim como Tu, Pai, és em Mim e Eu em Ti, que eles sejam também um em Nós”. Como o Pai está no Filho e o Filho no Pai, assim todos sejam um no Pai e no Filho, segundo o modelo e a forma da sua unidade! Mas porque só ao Pai e ao Filho compete a unidade por natureza (pois Deus não pode ser de Deus, nem o Unigênito provir do Pai eterno, senão na sua original natureza), assim também, para que se ressalve ao Filho a sua essência de origem e se reconheça à sua divindade a mesma verdade da Fonte de onde ela procede, eis que o Senhor, solícito em dissipar toda dúvida à nossa Fé, se apressa a ensinar-nos nas citadas palavras a natureza dessa absoluta unidade. Segue-se, pois: “a fim de que o mundo creia que Tu Me enviaste”. O mundo vai crer na missão do Filho, se todos os que crerem Nele forem um no Pai e no Filho. E como serão, logo acrescenta: “e Eu lhes darei a glória que Tu me deste”. Pergunto então se glória é o mesmo que “vontade”. Vontade é inclinação da mente, glória é reflexo ou dignidade da natureza. Logo, o que o Filho deu aos seus fiéis não é vontade, mas glória, aquela que Ele recebeu do Pai. Se, com efeito, tivesse dado não glória, mas vontade, já nossa Fé não teria prêmio, pois estaria obrigada por uma vontade prefixada e não livre. A doação da glória constitui o bem indicado nas palavras que se seguem: “para que sejam um como Nós o Somos”. É para que sejam todos um, que a glória por Ele recebida do Pai é dada aos crentes. São todos um só na glória concedida, pois não é outra a que Ele dá senão a que Ele recebe, nem para outro fim é dada senão para que todos sejam um. E, como pela glória dada pelo Filho aos fiéis, todos são um, pergunto como há de ter o Filho uma glória menor do que a do Pai, se aos próprios crentes a glória do Filho eleva à unidade da glória do Pai. Sem o aspecto da esperança humana, a palavra do Senhor será talvez insólita, mas seguramente não é infiel. Pois, embora fosse temerário esperar isso, seria irreligioso deixar de crer no Autor tanto da Fé quanto da esperança ali contida. Bem, trataremos melhor deste assunto a seu tempo. Por ora, baste-nos ver que nossa esperança não é vã ou temerária. Concluindo: todos são um pela glória que o Filho recebe do Pai e confere aos fiéis. Afirmo a Fé e ao mesmo tempo fico sabendo a causa da unidade. Só falta compreender melhor a razão por que essa glória dada ao cristão é capaz de fundar tal unidade. Não querendo o Senhor deixar algo incerto, referiu-se a um efeito da sua ação física, quando exclamou: “para que todos sejam um, como Nós Somos um Só. Eu neles e Tu em Mim para que sejam perfeitos na unidade”. Tenho vontade de perguntar agora aos que pretendem existir entre Pai e Filho unidade puramente moral, se hoje o Cristo está em nós na verdade da natureza, ou numa simples concórdia de vontades. Se, com efeito, o Verbo se fez carne e, se na Ceia do Senhor nós tomamos verdadeiramente esse Verbo-carne, como não há de permanecer ele em nós fisicamente? Nascido homem, não assumiu, de modo inseparável, a natureza mesma de nossa carne? E no mistério do seu corpo, dado a nós em comunhão, não o juntou à natureza de sua carne sua divindade eterna? Logo, todos são um só, porque no Cristo está o Pai e em nós o Cristo. Quem nega que o Pai esteja fisicamente em Cristo, deve primeiro negar que ele mesmo esteja fisicamente em Cristo e o Cristo em si. É porque em Cristo está o Pai, e em nós o Cristo, que nós somos também feitos uma só coisa. Se é verdade que Cristo assumiu a carne de nosso corpo, e que o homem nascido de Maria é Cristo; se é verdade que nós recebemos em mistério a carne de seu corpo (e por isso mesmo seremos um, pois o Pai está Nele e Ele em Nós), como ousam asseverar uma unidade puramente moral, quando pelo sacramento a propriedade natural (da Carne assumida por Cristo e por nós comida) é mistério da perfeita unidade? Não se deve falar das coisas de Deus segundo o espírito do homem e do século. Nem numa pregação violenta e imprudente. Da pureza das palavras divinas devemos excluir a perversidade de um entendimento ímpio e estranho. Leiamos simplesmente o que está escrito e entendamos o que lermos: é o modo de exercitar a perfeita Fé. Tudo que dissermos da realidade física de Cristo em nós, ou foi dele mesmo que aprendemos, ou então é ímpio e estulto o que afirmamos. Mas ele mesmo diz: “Minha carne é verdadeiramente comida e Meu sangue verdadeiramente bebida. Quem come a Minha carne e bebe o meu sangue, fica em Mim e Eu nele”. Quanto à verdade da carne e do sangue, não há lugar para dúvida: é verdadeiramente carne e verdadeiramente sangue, como vemos pela própria declaração do Senhor e por nossa Fé em suas palavras. Esta carne, uma vez comida, e este sangue, bebido, fazem que sejamos também nós um em Cristo, e o Cristo em nós. Não é isto verdade? Não o será para os que negam ser Jesus Cristo verdadeiro Deus! Ele está, pois, em nós por sua carne e nós Nele, e ao mesmo tempo o que nós somos está com Ele em Deus. Jesus mesmo atesta quão realmente estejamos Nele pelo mistério da comunhão de sua carne e sangue, dizendo: “o mundo já não Me Vê; vós, porém, Me vereis, pois, Eu vivo e vós vivereis; pois Eu estou no Pai e vós em Mim, e Eu em vós”. Se tencionou referir-se apenas a uma unidade de vontade, por que estabeleceu esta graduação e ordem na consumação da unidade? Não foi senão para que se cresse que Ele está em nós pelo mistério dos sacramentos, como está no Pai pela natureza da sua divindade, e nós Nele, por sua natureza corporal. Ensina-se, portanto, que pelo nosso Mediador se consuma a unidade perfeita, pois enquanto nós permanecemos Nele, Ele permanece no Pai, e, sem deixar de permanecer no Pai, permanece também em nós, e assim nós subimos até à unidade do Pai! Ele está no Pai fisicamente, segundo a origem de sua eterna natividade, e nós estamos Nele fisicamente, enquanto também está em nós fisicamente. Quão real seja esta unidade em nós, atesta-o, dizendo: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em Mim e Eu nele”. Só aquele no qual o Senhor estiver poderá estar Nele. Ele somente assume a carne daquele que o receber. Já tinha o Senhor ensinado antes o mistério desta perfeita unidade, ao dizer: “Assim como Me enviou o Pai, que vive, e Eu vivo pelo Pai, o que comer a minha carne também viverá por Mim”. Ele vive, pois, pelo Pai e do mesmo modo como vive pelo Pai nós vivemos por sua carne. Toda comparação, realmente, se emprega para determinar a forma que se quer dar a entender. Seu fim é fazer-nos atingir uma realidade segundo o modelo proposto. Esta é, pois, a causa de nossa vida: que, por sua carne, tenhamos o Cristo em nós. Nós somos corporais, mas destinados a viver por ele segundo a mesma condição em que ele vive pelo Pai. Se, portanto, vivemos por ele, fisicamente, segundo a carne, isto é, alcançando a natureza de sua carne mesma, como é que ele não tem fisicamente o Pai, segundo o espírito, se é pelo Pai que ele vive? Vive realmente pelo Pai; sua origem por geração não lhe confere uma natureza diversa, e é pelo Pai que é o que é, nunca se separando por qualquer dessemelhança sobrevinda. Por sua geração tem em si o Pai na força da mesma natureza.Se quisemos recordar tudo isto foi porque os hereges, afirmando falsamente uma simples unidade moral entre o Pai e o Filho usavam o exemplo de nossa própria unidade com Deus. Para eles, era como se, unidos ao Filho e ao Pai por mero vínculo de obséquio e vontade religiosa, estivéssemos excluídos de qualquer comunhão física pelo sacramento da carne e do sangue. Ora, a verdade é que, pela comunicação da própria honra do Filho e pela existência do próprio Filho em nós por sua carne, e de nós Nele, de modo corporal e inseparável, se tem de professar o mistério de uma unidade real e verdadeira.
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“Oh Trindade eterna! Vós sois um mar sem fundo no qual, quanto mais me afundo, mais Vos encontro, e quanto mais Vos encontro, mais ainda Vos procuro. De Vós jamais se pode dizer: basta! A alma que se sacia nas Vossas profundidades, deseja-Vos sem cessar, porque sempre está desejosa de ver a luz na Vossa luz”.

Santa Catarina de Sena

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Epístola
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Timóteo II 4,1- 8
1 Eu te conjuro em presença de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, por sua aparição e por seu Reino: 2 prega a palavra, insiste oportuna e importunamente, repreende, ameaça, exorta com toda paciência e empenho de instruir. 3 Porque virá tempo em que os homens já não suportarão a sã doutrina da salvação. Levados pelas próprias paixões e pelo prurido de escutar novidades, ajustarão mestres para si. 4 Apartarão os ouvidos da verdade e se atirarão às fábulas. 5 Tu, porém, sê prudente em tudo, paciente nos sofrimentos, cumpre a missão de pregador do Evangelho, consagra-te ao teu ministério. 6 Quanto a mim, estou a ponto de ser imolado e o instante da minha libertação se aproxima. 7 Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. 8 Resta-me agora receber a coroa da justiça, que o Senhor, justo Juiz, me dará naquele dia, e não somente a mim, mas a todos aqueles que aguardam com amor a sua aparição.
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Evangelho
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São Mateus 5,13-19
13 Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. 14 Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha 15 nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. 16 Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus. 17 Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. 18 Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. 19 Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus.

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Epiphania Domini


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Santíssimo Nome de Jesus

Fonte: Escravas de Maria

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02/13 Quarta-feira

Festa de Prmeira Classe
Paramentos Brancos
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No século XIII, o Papa Gregório X exortou os bispos do mundo e seus sacerdotes a pronunciar muitas vezes o Nome de Jesus e incentivar o povo a colocar toda sua confiança neste nome todo poderoso, como um remédio contra os males que ameaçavam a sociedade de então. O Papa confiou particularmente aos dominicanos a tarefa de pregar as maravilhas do Santo Nome, obra que eles realizaram com zelo, obtendo grandes sucessos e vitórias para a Santa Igreja.
A Santa Igreja, mãe próvida e solícita, concede indulgências a quem invocá-lo com reverência, inclusive põe à disposição de seus filhos a Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus, incentivando-os a rezá-la com frequência.
Em Lisboa em 1432. Todos os que podiam, fugiam aterrorizados da cidade, levando assim a doença para todos os recantos de Portugal. Milhares de pessoas morreram. Entre os heróicos membros do clero que davam assistência aos agonizantes estava um venerável bispo dominicano, Dom André Dias, o qual incentivava a população a invocar o Santo Nome de Jesus.
Ele percorria incansavelmente o país, recomendando a todos, inclusive aos que ainda não tinham sido atingidos pela terrível enfermidade, a repetir: Jesus, Jesus! “Escrevam este Santo Nome em cartões, mantenham esses cartões sobre seus corpos; coloquem-nos, à noite, sob o travesseiro; pendurem-nos em suas portas; mas, acima de tudo, constantemente invoquem com seus lábios e em seus corações este Santo Nome poderosíssimo”. Num prazo incrivelmente curto o país inteiro foi libertado da epidemia, e as pessoas agradecidas continuaram a confiar com amor no Santo Nome de nosso Salvador. De Portugal, essa confiança espalhou-se para a Espanha, França e o resto do mundo.
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(Atos dos Apostolos) Não tenho prata nem ouro, mas dou-te o que tenho: em nome de Jesus de Nazaré, levanta-te e anda. – Dando um salto, o aleijado pôsse de pé e entrou com eles no Templo, saltando e louvando a Deus. E de tal forma agarrou-se aos dois Apóstolos que em torno destes juntou-se uma multidão estupefata.
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(Isaías 9,5-6)porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz. Seu império será grande e a paz sem fim sobre o trono de Davi e em seu reino. Ele o firmará e o manterá pelo direito e pela justiça, desde agora e para sempre. Eis o que fará o zelo do Senhor dos exércitos.   
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Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus
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Kyrie, eleison.
Christe, eleison.
Kyrie, eleison.
Iesu, audi nos.
Iesu, exaudi nos.
Pater de caelis, Deus, miserere nobis.
Fili, Redemptor mundi, Deus,
Spiritus Sancte, Deus,
Sancta Trinitas, unus Deus,
Iesu, Fili Dei vivi
Iesu, splendor Patris,
Iesu, candor lucis aeternae,
Iesu, rex gloriae,
Iesu, sol iustitiae,
Iesu, Fili Mariae Virginis,
Iesu, amabilis,
Iesu, admirabilis,
Iesu, Deus fortis,
Iesu, pater futuri saeculi,
Iesu, magni consilii angele,
Iesu potentissime,
Iesu patientissime,
Iesu obedientissime,
Iesu, mitis et humilis corde,
Iesu, amator castitatis,
Iesu, amator noster,
Iesu, Deus pacis,
Iesu, auctor vitae,
Iesu, exemplar virtutum,
Iesu, zelator animarum,
Iesu, Deus noster,
Iesu, refugium nostrum,
Iesu, pater pauperum,
Iesu, thesaure fidelium,
Iesu, bone pastor,
Iesu, lux vera,
Iesu, sapientia aeternae,
Iesu, bonitas infinita,
Iesu, via et vita nostra,
Iesu, gaudium Angelorum,
Iesu, rex Patriarcharum,
Iesu, magister Apostolorum,
Iesu, doctor Evangelistarum,
Iesu, fortitudo Martyrum,
Iesu, lumen Confessorum,
Iesu, puritas Virginum,
Iesu, corona Sanctorum omnium,
Propitius esto, parce nobis, Iesu.
Propitius esto, exaudi nos, Iesu.
Ab omni malo, libera nos, Iesu.
Ab omni peccato,
Ab ira tua,
Ab insidias diaboli,
A spiritu fornicationis,
A morte perpetua,
A neglectu inspirationeum tuarum,
Per mysterium sanctae Incarnationis tuae,
Per nativitatem tuam,
Per infantiam tuam,
Per divinissimam vitam tuam,
Per labores tuos,
Per agoniam et passionem tuam,
Per crucem et derelictionem tuam,
Per languores tuos,
Per mortem et sepulturam tuam,
Per resurrectionem tuam,
Per ascensionem tuam,
Per sanctissimae Eucharistiae institutionem tuam,
Per gaudia tua,
Per gloriam tuam,
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
parce nobis, Domine.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
exaudi nos, Iesu.
Agnus Dei, qui tollis peccata mundi,
miserere nobis, Iesu.
Iesu, audi nos.
Iesu, exaudi nos.
Oremus: Domine Iesu Chiristi, qui dixisti: Petite, et accipietis; quaeriti, et invenietis; pulsate et aperietur vobis; quesumus da nobis, petentibus,divinissimi tui amoris affectum, ut te todo corde, ore et opere diligamus et a tua nunquam laude cessemus. Sancti nominis tui, Domine, timorem pariter et amorem facnos habere perpetuum. quia nunquan tua gubernatione destituis,quos in soliditare tuae dilectionis instituis. Qui vivis et regnas in saecula saeculorum. Amén.
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Oh, Nome de Jesus exaltado acima de todo o nome! Oh, gozo dos Anjos! Oh, alegria dos justos! Oh, pavor dos condenados: em Vós está a esperança de qualquer perdão, em Vós, toda a esperança da indulgência, em Vós, toda a expectativa de glória. Oh, Nome dulcíssimo, Vós dais o perdão aos pecadores, renovais os costumes, encheis os corações de doçura divina. Oh, Nome desejável, Nome admirável, Nome venerável, Vós, Nome do Rei Jesus, assim levantais ao mais alto dos Céus os espíritos! Todos os que principam a ter devoção a este Nome, graças a Ele encontram a glória e a salvação, por Jesus Cristo nosso Senhor.
(Homilia de S.Bernardino de Sena, o grande promotor da devoção ao SS. Nome de Jesus)
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_macarioSão Macário de Alexandria,Eremita (m. 395) Macário é Grego quer dizer Feliz, alegre foi um monge no deserto da Nítria (Wadi El Natrun). Ele era um pouco mais jovem que o seu contemporâneo e homônimo, Macário do Egito, e por isso também é conhecido como Macário, o Moço. Ele era também conhecido como ho politikos. Ele foi um asceta extremo e numerosos milagres foram atribuídos a ele. Ele presidia sobre um conjunto de 5.000 monges no deserto da Nítria.
Certa vez, ele foi ao mosteiro de São Pacômio numa roupa de leigo e ficou lá por quarenta dias na quaresma. Ninguém o viu comendo ou se sentando. Ele estava fazendo cestos de folhas de palmeira enquanto permanecia em pé. Os monges diziam à Pacômio: “Expulse este homem daqui, pois ele não é humano”. Uma inspiração divina posteriormente revelou a identidade de Macário para ele, e os o monges correram para receber suas bençãos. Quando Macário percebeu que suas virtudes tinham sido reveladas, ele retornou para o seu mosteiro em Scetes.
Macário de Alexandria foi exilado pelo imperador Valente, juntamente com Macário do Egito, para uma ilha, que eles prontamente cristianizaram.
De acordo com a tradição, Macário de Alexandria faleceu em 2 de janeiro de 395 d.C. Além de uma regra monástica e três breves apotegmas, uma homilia, “Sobre o destino das almas dos virtuosos e dos pecadores”, que é atribuída a ele.
Este estilo de vida religiosa começou no Egipto e depois continuou na Abissínia (Etiópia). Segundo a tradição, no século III, Antão do Deserto foi o primeiro cristão a adoptar este estilo de vida. Passado algum tempo, outros o seguiram. Originalmente, todos os monges cristãos foram eremitas, levando uma vida de completo afastamento da sociedade. Esses eremitas reuniam-se semanalmente para assistir à Santa Missa, onde recebiam a Comunhão, e para ouvir a Palavra de Deus proclamada nas igrejas. Numa etapa seguinte, esses homens começaram a agrupar-se em pequenos recintos (chamados celas) ao redor de uma Igreja, com alguma organização central. Assim, em várias partes do deserto egípcio, surgiram as primeiras comunidades monásticas, sob a orientação de um pai espiritual.
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Epístola
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Atos dos Apóstolos 4,8-12
Então Pedro, cheio do Espírito Santo, respondeu-lhes: Chefes do povo e anciãos, ouvi-me: se hoje somos interrogados a respeito do benefício feito a um enfermo, e em que nome foi ele curado, 10 ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: foi em nome de Jesus Cristo Nazareno, que vós crucificastes, mas que Deus ressuscitou dos mortos. Por ele é que esse homem se acha são, em pé, diante de vós. 11 Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se a pedra angular. 12 Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos.  
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Evangelho
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São Lucas 2,21
21 Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno.

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